Lista: Melhores filmes de 2022

28/12/2022 - POSTADO POR EM Filmes

Que ano, hein? 2022 enfim está acabando e foram várias produções incríveis que chegaram ao cinema e aos streamings. Com a vacinação em massa contra a Covid, o escurinho e a telona voltaram a fazer parte da rotina, felizmente. 

Para destacar os melhores do ano, montamos uma lista de sete filmes que brilharam mais que os outros, marcando nossas memórias, sem ranking. 

Ainda faltam títulos que serão lançados nos próximos meses no Brasil e que já estão em cartaz em outros países, como Babilônia, Os Fabelmans, Tár, Decisão de Partir, Pearl, etc. 

Para essa lista, nos atemos apenas àqueles lançados em território nacional, excluindo as obras atrasadas que chegaram nos primeiros meses, como A Pior Pessoa do Mundo, Drive My Car e outros. Confira!

Marte Um – Gabriel Martins

A mais nova joia do cinema brasileiro, Marte Um impressiona por sua sensibilidade ao nos apresentar uma família mineira com grandes sonhos e muitas dificuldades para alcançá-los. 

O modo como o diretor Gabriel Martins reitera a força da união diante de desgraças aquece nosso coração brasileiro de esperança por um futuro melhor. Afinal, para tudo “dá-se um jeito”.

The Batman – Matt Reeves

O retorno do “Morcegão” sombrio. A extensa teia de corrupção alastrada e aos poucos sendo exposta mostra um Batman (Robert Pattinson) que nunca vimos antes, mais imerso no seu “habitat” como criatura da noite.

A estética neo noir revitaliza o protagonista, com um jovem Batman aplicado na investigação do submundo de Gotham ao lado de uma Mulher-Gato (Zoë Kravitz) com o mínimo de motivação e sem piadinhas a cada 5 minutos, como a última adaptação do personagem. Mudanças bem-vindas para uma nova franquia.

Veja também o veredito do longa aqui.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo – Daniel Scheinert, Daniel Kwan

Um manifesto de amor ao cinema oriental e uma eufórica abordagem ao filme de multiverso. Os Daniels tiram o melhor de Michelle Yeoh, praticamente uma homenagem à sua carreira em forma de longa. 

As cenas de ação são melhores do que muitas obras de grandes estúdios, que dependem de fundo verde para 80% dos elementos em tela. Tudo isso aplicado ao conflito familiar rende uma produção divertida tematicamente, rica de ideias visualmente e sensível dramaticamente.

Veja também o veredito do longa aqui.

Não! Não Olhe! – Jordan Peele

O mais ousado do Peele até agora no aspecto visual. Comparado aos dois primeiros filmes, tem a temática mais “simples” e direta, sem aquele momento de catarse moral de Us (2019).

Isso ajuda muito no ritmo de Nope porque ele não assume, totalmente, uma proposta sci-fi ou de terror, mas usa bem instrumentos pontuais de ambos para criar um mistério durante a metade inicial.

Bem empolgante ver que Peele mantém um estilo firme e consegue entregar um espetáculo pé no chão com grandes orçamentos. Uma esperança de um cinema blockbuster mais autoral para o futuro.

Veja também o veredito do longa aqui.

Avatar: O Caminho da Água – James Cameron

O filme mais esperado do ano prometeu tudo e quase entregou tudo mesmo. O sucesso do original de 2009 rendeu uma sequência ainda mais impressionante no aspecto de efeitos especiais, alçando o patamar novamente para o teto.

O investimento do dinheiro da produção e do foco na história no ecossistema aquático de uma nova tribo Na’vi compensa tanto visualmente quanto pela emocionante evolução no relacionamento familiar dos protagonistas. A expectativa para os filmes restantes da franquia só aumentaram depois disso.

Veja também o veredito do longa aqui.

Top Gun: Maverick – Joseph Kosinski

Por outro lado, esse não prometeu tanto e entregou mais do que o imaginado. Muito superior ao original de 1986 e com mais sentimento do que muitos blockbusters recentes. 

Tom Cruise novamente escrevendo seu nome na história do cinema de ação, tanto como ator quanto como produtor. E a obra aproveita isso ao endeusá-lo enquanto brinca por ser “velharia”, mas a clara admiração pelo ator-símbolo reafirma sua figura lendária na própria indústria.

Além disso, há o fato de boa parte das cenas terem sido gravadas dentro dos caças, com os próprios atores regulando iluminação e ângulo de câmera, gerando sequências reais de empurrar o espectador para o fundo da cadeira. 

Veja também o veredito do longa aqui.

Aftersun – Charlotte Wells

Talvez o drama mais doloroso de 2022. O exemplo perfeito de como a arte modula processos emocionais que demorariam dias ou até anos para de fato decantar. 

As memórias da infância, nossa época mais feliz (na maioria das vezes), podem esconder ou revelar informações que só serão compreendidas totalmente na fase adulta. Levar isso à tela da maneira como Charlotte Wells fez, ainda mais em sua estreia como diretora de um longa, é para poucos.

A química incrível entre os atores e a montagem que questiona mais do que responde o “mistério” da história rendem momentos que ecoam após semanas, como a cena de dança ao som de Under Pressure. Um ensaio atemporal sobre luto, alegrias e arrependimentos.

Veja também o veredito do longa aqui.