Veredito de Top Gun: Maverick

24/05/2022 - POSTADO POR EM Filmes

A esperada continuação de Top Gun (1986) finalmente chegou, para a alegria dos fãs. 36 anos após o primeiro filme, Top Gun: Maverick (2022) traz Tom Cruise reprisando um dos papéis mais icônicos da sua carreira, o piloto Pete Mitchell. Conferimos o longa em uma sessão especial e contamos nossas impressões a seguir.

Enredo

Mais de 30 anos depois, o piloto da marinha Pete Mitchell (Tom Cruise), Maverick, é convidado de volta para o programa Top Gun, onde ele se formou. Dessa vez, Maverick é chamado para treinar alguns dos melhores pilotos de caça da divisão e escolher os que se destacarem para ser enviados à uma missão dificílima. Lá, Pete encontra o filho de seu melhor amigo Goose (Anthony Edwards), o jovem Bradley (Miles Teller), o que desperta traumas e inseguranças no piloto veterano.

O roteiro é bem inteligente quando logo no primeiro ato mostra Maverick em momentos que lembram o seu passado, o que faz o espectador sentir nostalgia e já se “apegar” ao filme. Em seguida, somos apresentados ao plot da trama e aos novos personagens de uma forma bem natural, sem rodeios.

A trama do filme é esperta e intrigante, principalmente porque os momentos de tensão foram bem preparados, fazendo o enredo fluir. Outro fator que é importantíssimo ressaltar é a construção dos personagens, o que faz o espectador sentir empatia e se preocupar com o que acontece com cada um deles.

Imagem: Divulgação

A fórmula que deu certo

Na década de 80, quando Top Gun foi lançado, o cinema ainda não contava com tantos artifícios tecnológicos como hoje, o que levou o título a usar efeitos práticos com maquetes e aviões de verdade, por exemplo. Isso com absoluta certeza foi um diferencial e contribuiu para seu sucesso. É claro que isso foi possível porque Tom Cruise tem licença para pilotar aviões e topa tudo que vem pela frente.

A sequência de Top Gun faz pouco uso de CGI, utilizando computação gráfica praticamente apenas nas cenas que eram impossíveis de serem realizadas ou para retocar cenas com efeitos práticos, mas nada que comprometesse a naturalidade do filme. Além disso, Tom se dedicou ao máximo para interpretar novamente o papel que o deixou famoso e, mais uma vez, dispensou dublês. Segundo o ator, sua dedicação ao papel foi inteira, recusando inclusive convites para festas do elenco durante as filmagens.

Outro elemento que faz a sequência ganhar o coração do público é a presença de Val Kilmer interpretando Iceman. O ator, que por causa de um câncer de garganta precisou fazer uma traqueostomia de emergência que ocasionou na perda de sua habilidade vocal, se emocionou ao voltar ao set de filmagem. Segundo sua filha, em entrevista para o The Post, reinterpretar um dos papéis mais importantes de sua carreira significou muito para o ator. Para o novo filme, Val precisou ter sua voz recriada com inteligência artificial através de uma tecnologia que utilizou arquivos de áudio com a própria voz de Kilmer.

Imagem: Divulgação

Veredito

Top Gun: Maverick é com certeza um dos melhores filmes de 2022. Ele consegue dosar nostalgia (cumprindo o papel de servir aos fãs antigos), ao mesmo tempo que apresenta a história de uma forma inteligente e natural para quem nunca teve contato. Se você nunca viu Top Gun, tudo bem, pode ir ao cinema que dá para entender o enredo sem problemas. Porém, se você assistir antes, vai conseguir ter uma experiência incrível e única.

O roteiro é fluido e consegue um feito admirável ao apresentar vários personagens e dar um desfecho interessante para todos sem esquecer pontos importantes. Além disso, é necessário ressaltar que o filme consegue colocar uma personagem feminina entre vários homens sem nenhum envolvimento amoroso, além de mostrar uma piloto que não deixa nada a desejar tanto aos seus colegas quanto ao seu trabalho.

A trilha sonora é outro fator importantíssimo que contribui para o filme ser excelente. As músicas vão de “Let’s Dance de David Bowie, lançada em 1983, a uma canção nova da banda OneRepublic. Quanto a música original escrita e interpretada por Lady Gaga, “Hold My Hand, apesar de boa e bonita, não consegue fazer frente a Take My Breath Way e repetir o sucesso que tornou-a tão icônica quanto o longa.

Pontos Positivos:

  • Excelente roteiro
  • Elementos de nostalgia na dose certa
  • Trilha sonora excelente

Ponto Negativo:

  • A nova música original deixou a desejar

Nota: 10