Veredito de Dying Light 2

27/02/2022 - POSTADO POR EM Jogos

Lançado em fevereiro para as principais plataformas (PC, PlayStation e Xbox), Dying Light 2 Stay Human chega com a promessa de garantir 500 horas para aqueles jogadores que buscam completar 100%, com direito a muito zumbi, parkour e terror

O novo jogo da Techland tem um imenso desafio: superar o título lançado em 2015 nos diferentes aspectos, como história, inovação e vendas (que já somam 25 milhões de cópias vendidas). Mas será que veremos isso acontecer? Confira agora o nosso veredito! 

P.S: Tivemos a oportunidade de testar o título no PlayStation 5

História cansativa 

Em Dying Light 2 Stay Human, o mundo é devastado pelo vírus Harran, obrigando a humanidade a morar em refúgios e assentamentos isolados. O nosso protagonista se chama Aiden, que vive como Peregrino desde seus 14 anos. Agora, você deve estar se perguntando: mas o que é isso? São pessoas que viajam pelo mundo pós-apocalíptico, servem de conexão entre os enclaves, transportando recursos e informações importantes. 

O nosso objetivo é encontrar sua irmã Mia, que se perdeu quando esse caos começou. Em busca de esperança, partimos para explorar os mistérios da “Cidade”, conhecida como o último reduto da humanidade na luta contra o vírus que devastou tudo. Pronto, agora você já sabe o básico da trama. 

Sem entrar em muitos detalhes e spoilers, o jogo não tem uma história cativante. Em muitos momentos, é preciso realizar missões principais e, até mesmo, secundárias que não acrescentam muito e nem motivam o jogador. Diferente do que vimos recentemente em Horizon Forbidden West, não temos um sistema que retribua e incentive o usuário a continuar, como distribuição de pontos de habilidade e equipamentos poderosos.  

O fato é que o jogo gera uma sensação de “encher linguiça” para conseguir entregar mais horas de jogatina, e eu particularmente não vejo isso com bons olhos. Prefiro que a história seja menor e com mais qualidade. Infelizmente, Aiden não convenceu!

Imagem: Divulgação

Jogabilidade divertida 

Basicamente, você vai ficar pulando de um lado para o outro em busca de realizar missões pela “Cidade”. O jogo não dá um minuto de paz, parece até o Governo Federal Brasileiro. Toda hora é um monstro aparecendo e querendo te matar, independente do horário do dia. Isso é um ponto positivo que faz você sempre pensar e ter receio ao sair dos assentamentos. 

O mundo aberto é o ponto mais divertido do jogo. Não há dúvidas que houve um trabalho massivo para deixar tudo mais vivo e desafiador. Em todo lugar, tem algo acontecendo, como zumbi atacando pessoas ou bandidos assaltando desavisados. Fora isso, você vai praticar muito parkour para sobreviver nesse caos, além de coletar muitos itens para criar novos equipamentos

Inclusive, neste ponto, você só consegue usar armas brancas, como facas e foices. Não tem nada de armas de fogo, como foi visto em Dying Light. Para alguns isso é bom porque deixa tudo mais imersivo, para outros é ruim porque possui menos variedade de armas. 

Mesmo com uma proposta completamente diferente, o título ainda consegue apresentar diferentes referências aos mundos criados pela Ubisoft, desde mecânicas até personagens secundários. É quase como se fosse um Far Cry (2004 – ) com zumbi e parkour. E diferente do jogo de 2015, a sequência não consegue inovar no gênero de zumbi, onde temos grandes concorrentes como Resident Evil (1996 – ), Days Gone (2019) e The Last of Us 2 (2020). 

Gráficos e vibrações de geração passada? 

Após alguns adiamentos, era esperado que o jogo chegasse com mais qualidade gráfica e sensorial, além de performance sólida. Porém, o que vimos aqui foi um jogo da geração passada que ganhou “port” para PlayStation 5 e Xbox Series. Simplesmente, o título da Techland não possui um bom aproveitamento dos recursos do console da Sony.

Os gatilhos do Dualsense, por exemplo, não foram levados em consideração para criar uma experiência mais imersiva para Dying Light 2 Stay Human. Apenas o botão “R2” tem um peso maior, pois é utilizado para desferir golpes. Os demais não possuem nenhum tipo de vibração ou efeito realmente interessante. Até a Ubisoft fez um trabalho mais imersivo em Far Cry 6

Em relação aos gráficos, temos uma entrega excelente para PlayStation 4, mas nada que brilhe os olhos no PS5. Isso ficou ainda mais claro com os lançamentos dos seus concorrentes em fevereiro, como Sifu (2022). Isso quer dizer que o jogo é feio? Não, está longe disso, porém não entrega uma experiência digna de nova geração, o que acaba gerando uma sensação de frustração. 

E a performance tá boa? No PS5, não tive nenhum problema, seja no modo qualidade gráfica ou desempenho. O jogo rodou liso e sem nenhuma dificuldade, garantindo loadings rápidos e eficientes. Neste aspecto, a Techland arrasou demais.

Imagem: Divulgação

Veredito 

Vale a pena? Em linhas gerais, Dying Light 2 Stay Human é mais um título que chega para entreter o público que ama zumbis e ação. Porém, não vai muito além disso e nem consegue superar o seu antecessor. Mesmo com esse argumento de 500 horas de jogatina, o jogo da Techland não consegue ficar atrativo por tanto tempo. 

Com história cansativa, combate divertido e mundo aberto interessante, a dica é esperar por alguma promoção nas principais lojas para viver essa experiência pós-apocalíptica.

Pontos positivos

  • Mundo aberto interessante 
  • Dublagem em português maravilhosa 
  • Combate divertido 

Pontos negativos

  • História cansativa 
  • Dualsense mal aproveitado 
  • Personagens sem carisma 

NOTA: 7