O mês de fevereiro está recheado de grandes novidades para o universo gamer, como Dying Light 2, Horizon Forbidden West e Elden Ring. Diante desses rivais, Sifu finalmente chega aos consoles da família PlayStation (PS4 e PS5) e PC, com a promessa de entregar um combate desafiador.
Confira agora o que achamos do novo jogo da Sloclap.
P.S: Tive a oportunidade de jogar Sifu no PlayStation 5.
História clichê
Logo nos primeiros minutos do jogo, presenciamos o grande acontecimento que servirá de motivação para o nosso protagonista: o assassinato do seu pai, o mestre de um dojo de kung fu. É nesse momento, inclusive, que devemos escolher se vamos jogar na pele de uma mulher ou de um homem.
Após 8 anos de muito treinamento, finalmente temos a oportunidade de realizar a vingança tão desejada. O nosso personagem sai em busca de todos os vilões que invadiram o dojo do seu pai, dando início a uma longa investigação repleta de sangue.
De modo geral, a história é clichê mas serve muito bem como plano de fundo para a porradaria de Sifu. Não vai faltar momentos de emoção e tensão, principalmente por conta do excelente trabalho de sincronia entre trilha sonora e gráficos. Então, pode ficar tranquilo que terá uma jornada com uma narrativa bem decente.
Evolução do personagem
A regra do jogo é clara: quanto mais morrer, mais o personagem ficará mais velho e fraco. O desafio é justamente terminar a fase sem morrer ou com menos mortes possíveis para conseguir vencer os desafios, até porque a idade é acumulada de fase a fase, e se você passar dos 70 anos já era.
No primeiro cenário, por exemplo, temos 20 anos e a cada morte vamos subindo essa idade. Na minha primeira jogatina, terminei a primeira fase com 70 anos e morri logo de cara na segunda fase, perdendo todo o progresso. Vale ressaltar que são cinco cenários lineares que devemos encarar para finalizar o título.
Para ajudar nesse desafio, há uma árvore de habilidades com técnicas para desbloquear, tanto de forma temporária quanto definitiva. Cada uma delas vai ajudar a balancear mais o jogo e deixar as coisas mais fáceis, embora seja complicado afirmar isso pois o game é difícil demais.
Porém, a dica que deixo é: sempre priorize upar as habilidades de forma definitiva para que possa utilizar em próximas partidas após sua morte. Mesmo que seja necessário gastar muitos pontos, a estratégia é mais assertiva do que ficar upando as habilidades de forma temporária. Pense a longo prazo e terá um sucesso mais garantido!
Gameplay desafiador
Como estamos falando de um jogo de kung fu, o maior desafio fica por conta das mecânicas e como isso se aplica bem ou não na prática. E sendo bem sincero: nem tudo são flores.
Há muitas técnicas e nem todas são fáceis de serem executadas, principalmente quando você está cercado por inimigos e aperta qualquer botão para sair daquela situação (o desespero bate real). Na minha experiência, a técnica só consegue ser realmente bem aplicada quando você está lidando apenas com um adversário, e ainda assim é complicado conseguir lembrar de tantos comandos.
Apesar disso, é importante dizer o quanto é prazeroso realizar combos no PS5. A Sloclap consegue entregar uma experiência rica em efeitos e vibrações no Dualsense, não ficando atrás de títulos como Far Cry 6. Você praticamente consegue sentir pelo controle cada movimento para realizar um simples soco ou chute. É só jogando para acreditar!
Ah.. e tem um ponto que não pode ficar de fora do gameplay. A câmera é algo complicado durante a jogatina. Em muitos momentos ela fica desalinhada e as coisas saem fora de controle, facilitando e muito o adversário dar uma surra. Espero, realmente, que a Sloclap melhore isso nas próximas atualizações.
Gráficos e trilha sonora
Não há muito o que falar aqui. Sifu é um deleite visual e sonoro para quem tiver a oportunidade de jogar no PS5. Cada fase é única e rica em diversos elementos, com cores bastante vivas e expressivas, que variam de acordo com o estilo do chefão. É extremamente gratificante e, até mesmo, saboroso passar por todos os desafios.
E o melhor: mesmo com toda essa entrega gráfica, o jogo não apresentou nenhum problema de performance ou travamento durante a minha jogatina. Aqui, vemos o porquê de tantos adiamentos e entendemos a importância do polimento para um resultado de qualidade.
Veredito
Em um mês com tantos lançamentos de peso, Sifu merece mais do que a atenção de todos. O título da Sloclap consegue entregar uma experiência sólida para quem ama porradaria e luta ao estilo kung fu, além de ótimos gráficos, trilha sonora e performance.
Sem dúvida alguma, o jogo é muito desafiador, e pode até ser um problema para jogadores mais casuais. Talvez esse seja um ponto para o estúdio incluir uma opção de seleção de dificuldade em próximas atualizações, mas isso é um papo que sempre rende discussão no Twitter. O jogo deve ser difícil para ser bom? Independente da resposta, dê uma chance a Sifu.
Pontos Positivos
- Gameplay desafiador
- Gráficos excelentes
- Mecânica de envelhecimento
Pontos Negativos
- Dificuldade pode desanimar
- Câmera atrapalha durante as lutas
- Poucas habilidades
NOTA: 8.5