Veredito de Horizon Forbidden West

20/02/2022 - POSTADO POR EM Jogos

Após o sucesso de Zero Dawn em 2017, a franquia exclusiva da Sony finalmente ganhou sua sequência para PS4 e PS5: Horizon Forbidden West.

Considerado um dos maiores lançamentos do ano, o jogo chega com a promessa de expandir todo o conceito e mundo do primeiro título, com novas máquinas, colecionáveis, mecânicas e personagens. Confira agora o que achamos! 

P.S: Testamos o jogo apenas no PS5. 

Update Gratuito 

Antes de qualquer coisa, é importante falar que este é o último jogo da Sony com update gratuito para PS5. Então, você pode comprar a versão do PS4 por R$ 299,90 em vez de desembolsar R$ 349,90 pela versão de PS5. Fica a dica! 

História envolvente 

Logo de cara precisamos falar que Forbidden West é uma continuação direta da história de Zero Dawn. Agora, a humanidade está ameaçada com o surgimento de uma praga misteriosa, que provoca tempestades, poluição aquática e infertilidade da terra. A nossa protagonista Aloy parte em busca de respostas para entender o que acontecimento e como tudo pode ser resolvido. 

O caminho encontrado é a restauração de Gaia (Personificação da Mãe Natureza), inteligência artificial responsável pela terraformação do planeta. Para isso, a Guerreira Nora precisa capturar cada uma das funções subordinadas espalhadas pelo continente norte-americano, como Poseidon e Deméter

Durante a jornada, exploramos diversas cidades e tribos, incluindo aquelas baseadas em Las Vegas e São Francisco. O mapa pode não ser tão maior do que Zero Dawn, porém compensa demais ao oferecer espaços aéreos, terrestres e marítimos. Não vai faltar coisa para fazer! 

No entanto, para algumas pessoas, a campanha pode parecer cansativa devido ao fato de prolongar algumas missões principais. Ainda assim, a Salvadora de Meridiana sempre estará lá com muito carisma e coragem. 

Diferente do título original, Forbidden West traz personagens/amigos interessantes para ajudar a Aloy. Certamente, algum vai lhe impressionar e incentivar a fazer missões secundárias cheias de surpresas. 

Você pode platinar o jogo com 70 horas ou apenas focar na história e concluir com 25 horas. A escolha é sua, mas preciso deixar registrado o quanto é prazeroso realizar todas as atividades

Após dito tudo isso, é possível dizer que a história é boa? Sim, não há como negar o excelente trabalho investido no roteiro. Temos uma protagonista massa e grandes reviravoltas na trama, que deixa tudo mais gostoso de acompanhar.  Também temos a oportunidade de conhecer tribos peculiares com culturas totalmente únicas. Ficamos totalmente imersos nos conflitos e embates “selvagens”, indo muito além do universo tecnológico

Porém, há um ponto que não gostei: O jogo termina com um grande plot para um terceiro título, não encerrando devidamente este segundo arco. Zero Dawn deixou saudades com aquele final tão bem fechado. 

Imagem: Divulgação

Gameplay inesquecível 

Simplesmente tudo ficou maior. Agora, Aloy pode explorar as profundezas do oceano e a imensidão dos céus, algo inédito até então na franquia. Cada lugar tem sua fauna e itens exclusivos, que são necessários para criar ou melhorar equipamentos

Existem inúmeras possibilidades de armas, trajes e itens personalizáveis. Inclusive, é possível até fazer uma pintura de rosto na Aloy, além de mudar as cores das roupas. 

Os combates estão ainda mais desafiadores, mesmo que opte pela dificuldade normal. Não se engane, você vai passar por poucas e boas para conseguir vencer tanto os humanos quanto as máquinas

Uma novidade é a variação alfa, com armamentos e resistências superiores ao modelo tradicional. E como se isso não bastasse, há 35 máquinas diferentes, dando destaque para Agouro, Rasante e Galgante. Eles são os próprios demônios.

Também temos novos dispositivos equipáveis: Planador, Máscara de Mergulho e Gancho. Todos foram bem implementados e deixaram o gameplay ainda mais dinâmico. 

Em relação ao combate propriamente falando, temos um Dualsense rico em vibrações e gatilhos. Você vai sentir o disparo de cada de tiro realizado pelo arco, ou até mesmo as pancadas recebidas. A experiência é digna da nova geração. 

Imagem: Divulgação

Árvore de habilidades expandida 

A árvore de habilidades cresceu bastante, e por isso foi dividida em seis segmentos: Guerreira, Emboscada, Caçadora, Sobrevivente, Sabotadora e Maquinista. Cada um necessita de inúmeros pontos para conseguir ser concluído, tendo direito à técnica de arma e reforço passivo.

Contudo, nem tudo são flores. Claramente vemos que não era necessário fazer essa divisão de habilidades. Existem segmentos que não são tão atrativos e acabam sendo esquecidos ao longo da jornada. 

O caminho para um terceiro título da franquia seria criar uma árvore de habilidades com itens realmente interessantes e desejáveis. Neste aspecto, o título da Sony pareceu que estava enchendo linguiça para garantir mais horas de jogo

Imagem: Divulgação

Gráficos e Trilha Sonora 

Forbidden West é sem dúvidas um dos jogos mais bonitos dos últimos anos. O estúdio Guerrilha conseguiu entrar algo nunca antes visto no mercado gamer. 

É impressionante a riqueza de detalhes tanto nos personagens quanto nos cenários. O efeito de iluminação está incrível, e deixa tudo muito vivo e real. E digo mais: você vai parar muitos momentos para ficar apenas apreciando a beleza dos gráficos

Gente, é possível ver até a luz dentro do olho da Aloy. Vocês têm noção disso?? O trabalho é impecável. Se você achou Zero Dawn magnífico, aguarde para jogar Forbidden West

Em relação à trilha sonora, temos músicas já conhecidas com efeitos de mixagem, e novas que arrepiam qualquer pessoa, principalmente em grandes combates. Mais um acerto para conta! 

Performance satisfatória

Na semana de lançamento, tive acesso antecipadamente ao jogo pela PlayStation Brasil. Pude presenciar problemas de performance, mas nada muito preocupante. É o tipo de coisa que deve ser corrigida logo nas primeiras atualizações

Em Forbidden West, podemos jogar em dois modos: Resolução (prioriza a alta fidelidade e uma taxa de quadros menor) e Desempenho (prioriza taxa de quadro maior e uma fidelidade menor). Ambas estão muito bem otimizadas

Basicamente, de um lado você terá uma experiência bonita e rica em elementos visuais, e do outro terá um jogo muito mais orgânico e fluido no que diz respeito à movimentação e combate

Imagem: Divulgação

Veredito 

Após cinco anos de espera, podemos dizer que Horizon Forbidden West é tudo o que os fãs tanto esperavam e precisavam. A Aloy nunca foi tão corajosa e destemida para encarar todos os desafios. Agora, podemos sentir que finalmente a nova geração de consoles está entre nós, com gráficos insanos, Dualsense rico em vibrações e história envolvente. 

Tudo o que nos resta é torcer para que o terceiro capítulo da Salvadora de Meridiana chegue logo às nossas vidas. 

Imagem: Divulgação

Pontos Positivos

  • Dualsense fantástico 
  • História envolvente 
  • Gráficos insanos 
  • Variedade de atividades 

Pontos Negativos

  • Pequenos bugs 
  • Árvore de habilidades grande demais 
  • História sem final fechado 

NOTA: