Desde o anúncio da renovação de The Crown (2016 – ) para quarta temporada, muitos rumores e promessas surgiram. Nos novos episódios, serão abordados os acontecimentos do fim dos anos 1970 e também da década de 80, com um foco todo especial para Lady Diana Spencer, que será interpretada pela atriz Emma Corrin. Pensando nisso, listamos algumas das nossas expectativas para estreia, confira agora.

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1. A relação turbulenta entre Coroa e povo

Não é segredo para ninguém que a Coroa estava com a imagem bem deteriorada em meados de 1970. O estilo de vida abastado da monarquia se contrapunha com a crise que a população passava. Problemas na economia, desemprego, greves e protestos violentos marcaram o início da década de 1980. 

Diana foi vista pela Coroa como a melhor forma de melhorar sua imagem, afinal quem não gosta de acompanhar um suposto romance? E foi exatamente o que aconteceu. Ao perceber que a jovem era adorada pela população, a monarquia não pensou duas vezes em explorar sua imagem e pressionar Charles (Josh O’Connor) à se casar com ela.

Segundo a historiadora Kate Williams, o namoro/noivado foi rápido e com pouco tempo para se conhecerem melhor, os dois sequer ficaram sozinhos por muito tempo. Mesmo assim, todo o Reino Unido, o mundo inteiro na verdade, passou a acompanhar atento o desenrolar da história.   

2. A Dama de Ferro

No trailer da quarta temporada, Gillian Anderson aparece como uma figura dura, que tenta intimidar a Rainha Elizabeth (Olivia Colman) em seu papel de Margaret Thatcher. Conhecida pela sua personalidade fria, calculista, dura e por uma política de austeridade, a Primeira Ministra mostra que está disposta a bater de frente com as decisões da Coroa.

A semelhança física entre a atriz e a verdadeira ministra é assustadora, mas ainda podemos comparar a forma como Gillian e Margaret se comportam, que são igualmente parecidas. Veja esse discurso e observe como ela se comporta sendo uma minoria no Parlamento. Não é à toa que as más línguas afirmam que alguns de seus assessores tinham medo dela.

Nas reuniões entre a monarca e a Primeira Ministra surgiram algumas farpas, como publicou em 1986 a agência Reuters, ou seja, o trailer realmente fez alusão à algo que aconteceu e nos deixa ainda mais curiosos para saber como serão as cenas na íntegra. 

3. O romance entre Charles e Camilla Parkes Bowels 

Ainda na terceira temporada, vemos nos últimos episódios Camilla (Emerald Fennell) e Charles (Josh O’Connor) juntos, desagradando bastante a Família Real. Apesar de não ter um compromisso oficial, os dois mantinham contato, o que culminou no caso extraconjugal do príncipe. 

Diana sempre soube, ela mesmo afirmou em uma entrevista em 1991, ao jornalista Andrew Morton, que Camilla esteve presente na cerimônia de casamento e enquanto ela caminhava para o altar, não parava de procurar a moça. Além disso, a plebeia ainda enviou para o príncipe um broche com dois CC, que aparentemente significariam apenas pertencer a grife francesa Chanel, mas na verdade seria um símbolo do amor entre Charles e Camila.

Em 2017, a entrevista polêmica da Princesa de Gales se transformou no documentário Diana, Suas Últimas Palavras, também disponível na Netflix,. Nele ela conta detalhadamente a intimidade dos anos em que foi casada e a traição do marido, além de uma conversa em que confrontou Camilla, afirmando já saber de absolutamente tudo.   

4. A perseguição da mídia

Em pouquíssimo tempo Diana se tornou um ícone de estilo e comportamento para os ingleses. A belíssima moça tímida chamava atenção dos jornalistas, que se tornaram verdadeiros stalkers dela. Principalmente durante os preparativos do Casamento Real. Segundo a estilista responsável pelo vestido, Elizabeth Emanuel, as provas do modelo nupcial eram aguardadas pela mídia por horas, até dias, na frente do ateliê. 

Outro momento, quando ela ainda trabalhava em uma creche em Londres, Diana foi fotografada com duas crianças e a foto se tornou polêmica por acentuar as curvas de uma mulher, principalmente por se tratar de uma possível futura rainha. Segundo jornalistas da época, ela tentou ignorar as perseguições no começo, mas depois a Princesa de Gales e a imprensa passaram a ter uma relação complicada.

Os jornais e revistas da época pagavam mais por fotos de Diana, já que quando estavam nas publicações, elas se tornavam mais valiosas e vendiam mais. É claro que nem sempre as notícias sobre ela e tudo que estava relacionado eram boas, o que acabou se tornando uma verdadeira dor de cabeça para a monarquia.

5. Problemas com a depressão

Diana desde a infância se sentiu solitária. Ainda criança, ela precisou lidar com a separação dos pais. Na entrevista concedida a Andrew, a princesa conta que durante sua adolescência passou muito tempo sozinha em um colégio interno, tendo o balé como válvula de escape.  

Um poucos antes do casamento, Charles contou para Diana que não estava apaixonado, nem a amava, além de reclamar que a noiva estava um pouco gorda. Tudo isso contribuiu para moça, que não tinha nem 20 anos completos, desabar, deixando-a depressiva e com problemas alimentares, como a bulimia. 

Como se não bastasse todos os problemas, Diana também desenvolveu depressão pós-parto. Era nítido que havia algo errado com a princesa, mas ninguém sabia dizer exatamente o que era. Constantemente, ela era vista magra e com uma aparência cansada. Esperamos que a série possa abordar essas questões com seriedade e profundidade.