Doctor Who: The Ghost Monument, uma corrida para a sobrevivência

20/10/2018 - POSTADO POR EM Séries

Depois de uma estreia de temporada incrível, o segundo episódio de “Doctor Who” foi ao ar no último domingo, 14 de outubro. Em “The Ghost Monument” (O Monumento Fantasma), finalmente foi revelado o que estava faltando: a nova abertura, o novo tema musical e a nova cara da nave. Por isso, assistimos tudo e contamos aqui o que achamos dessa aventura.

A aventura continua…

O segundo episódio da temporada nos leva para o planeta chamado Desolação. Quando a doutora calcula a localização da TARDIS e se teletransporta para o local, levando acidentalmente Ryan, Graham e Yaz, ela vai parar no vácuo do Espaço Sideral. Por sorte, a turma é resgatada por dois pilotos, Epzo e Angstrom (Shaun Dooley e Susan Lynch), que passavam, coincidentemente, com suas naves pelo local, e competindo entre si em uma corrida onde a última parada era esse perigoso planeta.

Descobrindo que sua nave também encontra-se, por mais uma coincidência do universo, no ponto de chegada da corrida, a Doutora e seus companheiros acompanham os competidores na jornada. Durante a percurso, pudemos saber um pouco sobre passado trágico de Epzo e Angstrom e suas motivações para estarem participando da corrida, além de se familiarizar mais com a personalidade e peculiaridades dessa nova regeneração da Doutora e dos seus companheiros.

Foto: BBC/Divulgação

Nova abertura e música-tema

Houve uma renovação do seriado como um todo, porém, sem perder a sua essência. Pelo contrário, são perceptíveis para fãs mais assíduos as referências do passado, incluindo a era clássica, de 1963, quando o programa ainda era transmitido em preto e branco. A abertura é um dos elementos que trazem essa referência, mas com uma cara mais moderna.

Diferente das outras aberturas, a atual ficou mais breve, como antigamente, e mostrou o famoso vórtice, desta vez com um padrão onde uma gosma amorfa cresce enquanto a sequência dos créditos vão surgindo. Além disso, não vemos mais a TARDIS como a protagonista, o que era de costume.

Assim como o visual, o tema de abertura também faz uma revisitação à série clássica, trazendo um clima vintage, porém repaginado. As quatro batidas clássicas começam bem discretas e explodem junto com o vórtice e, de repente, tudo vai se expandindo e dá a impressão de que estamos sendo engolidos. Ficou arrepiado? Eu fiquei. (#Demms)

“Oh, você redecorou!? Não gostei… gostei de verdade”

Durante a Era Matt Smith, o Doutor teve que se despedir dramaticamente dos Ponds e ficou recluso e introspectivo, decidindo não se envolver mais nos problemas do universo (mesmo que não por muito tempo). Isso refletiu na apresentação da TARDIS: predominância do azul escuro, que é uma cor fria e, de acordo com a teoria das cores, remete ao nostálgico, à monotonia e trazendo calma em momentos de estresse.

Dessa vez foi a própria nave que se auto redecorou, surpreendendo positivamente a própria Doutora e a todos os whovians. As cores quentes voltam a ser o padrão interno da nave, sendo o laranja a cor predominante. O novo ambiente traz mais vida e alegria, com um clima convidativo e frenético, mostrando todo o entusiasmo da nova fase da série.

Assim como a chave de fenda sônica e a própria abertura, a nova decoração traz um quê mais de alienígena, além de também revisitar a série clássica como a plaquinha preta na porta igual a da TARDIS do Primeiro Doutor, de William Hartnell.

Foto: BBC/Divulgação

Algo de bom para nos ensinar!

“Doctor Who” é uma série que sempre podemos tirar coisas boas de cada episódio. Uma das lições que aprendemos  é a ideia de que “juntos somos mais fortes”. Quando os rivais demonstram sua competitividade e indiferença, a Doutora mostra que é preciso acreditar e confiar nas pessoas sim!

Outro momento alto da aventura é quando o grupo se vê em um ambiente repleto de robôs prontos para atirar. Então, a Senhora do Tempo nos relembra da sua aversão por armas e mostra porque “cérebros vencem armas”, de acordo com suas próprias palavras e, agindo de forma inteligente, sem o uso da força física, consegue neutralizar os atiradores.

Foto: BBC/Divulgação

Veredito

Apesar de ser bem previsível, onde nossos heróis, incapazes de usar a TARDIS, tem de desbravar um ambiente hostil de um ponto a outro para escapar, o episódio é bastante agradável de se assistir. Além disso, os dois primeiros episódios tem elementos em comum, mostrando que a história tem continuidade, ao invés de aventuras isoladas com o vilão da vez, que era comum nas temporadas anteriores. Logo, já é possível imaginarmos qual o arco principal da temporada.