5 motivos para assistir Fleabag

17/06/2020 - POSTADO POR EM Séries

Criada e estrelada por Phoebe Waller-Bridge, “Fleabag” é uma série de televisão britânica que ganhou destaque e despertou o gosto do público e dos críticos, ganhando prêmios no Globo de Ouro e no Emmy em várias categorias, incluindo a de “Melhor Série”, “Melhor Roteiro” e “Melhor Atriz”. 

Por isso, decidimos reunir 5 motivos pelos quais você deve assistir a “Fleabag”, produzida pela BBC e distribuída pela Amazon Prime. Saiba mais agora! 

1. Quem é Phoebe Waller-Bridge? 

Escritora, dramaturga e atriz, ela é criadora, roteirista e atua como a protagonista da série, Fleabag. Apesar de a personagem ser creditada com esse nome, curiosamente ele não é mencionado em nenhum momento. O termo “Fleabag” não tem uma tradução literal, mas significa algo como “estar na lama, na sarjeta”, o que particularmente, deixa a reflexão se esse é realmente um nome próprio.

Entre os vários trabalhos que Waller-Bridge tem no seu currículo, podemos destacar a criação e atuação na peça de teatro que levou “Fleabag” para a televisão, participação no longa “Han Solo: Uma História Star Wars” dando voz à android L3-37, e atuando nas séries “Bad Education” e “Broadchurch”. 

Além disso, participou da equipe de produção executiva do seriado “Killing Eve”, mas teve de se afastar para dar atenção a “Fleabag”. Atualmente, ela é uma das roteiristas do próximo filme do 007, “Sem Tempo Para Morrer”, que marca a despedida do ator Daniel Craig no papel de James Bond.

Foto: Divulgação

2. E vamos de dramédia!

Apesar de ser considerada uma série de humor, trata de assuntos bem pesados. Para falar a verdade, você não vai dar altas gargalhadas com a Fleabag (talvez até dê) e, por isso, pode não se identificar de cara, esperando um sitcom cheio de humor escrachado.

“Fleabag” poderia muito bem concorrer a prêmios em categorias de drama. A produção retrata uma jovem passando por um momento de sua vida em que tudo está dando errado, e acaba vendo no sexo e no humor uma forma de fugir de tudo, tomando decisões e mostrando uma conduta de gosto duvidoso.

Ela tem bastante dificuldade de lidar com todos os seus relacionamentos, sejam familiares, amorosos ou apenas sexuais. Porém, o drama principal é ter de encarar a perda da sua melhor amiga e como continuar gerenciando a cafeteria que as duas abriram em parceria.

Ao longo dos episódios, tudo vai se encaixando na história, entre os acontecimentos em tempo real e os flashbacks, que ajudam a explicar (porém, não justifica) certas atitudes tomadas pela jovem, mas que servem para aproximá-la cada vez mais do público.

Foto: Divulgação

3. Desenvolvimento dinâmico do contexto

A série desenvolve bem suas personagens, desde as mais recorrentes até as mais pontuais. As suas peculiaridades pessoais e a relação delas com a Fleabag deixam as cenas bastante atrativas. Seja o pai que é incapaz de terminar uma frase, ou a madrasta que está pronta para dar uma alfinetada, ou um padre com zero filtro para falar palavrões.

Um tema bastante presente é a quebra de tabu sobre o sexo e como Fleabag, uma mulher moderna e jovem, lida com ele. Inclusive, a forma como as cenas em que o sexo está acontecendo pode causar certa estranheza pela naturalidade como é mostrado. Calma, não estamos falando de nada explícito, pelo contrário.

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4. Quebra da quarta parede

Para quem não sabe, esse conceito trata-se do ato de um personagem sair do ambiente onde a cena está acontecendo e passa a interagir e conversar com o espectador, olhando diretamente para a câmera. Um exemplo bem atual do uso desse recurso é nos filmes do “Deadpool”, da Marvel.

Em “Fleabag”, a quarta parede é quebrada já na primeiríssima cena, quando a protagonista está conversando com o espectador e narrando tudo o que está para acontecer em seu encontro amoroso. Sendo a peça original um monólogo, essa foi uma ótima estratégia na adaptação do enredo para a mídia televisiva.

Um ponto inusitado que torna o recurso ainda mais divertido é quando uma pessoa específica (e não por acaso) que está em cena, percebe o momento em que a quarta parede é quebrada e questiona Fleabag sobre o que estava acontecendo e para onde ela tinha ido.

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5. Breve e relevante

Com apenas duas temporadas de 6 episódios cada, a série é bem curta. Por outro lado, isso deixou o roteiro bastante dinâmico, com diálogos que sempre vão direto ao ponto e, ainda assim, com uma abordagem bem profunda, mesmo com cerca de 25 minutos por episódio.

Não se admire caso você esteja se divertindo em uma cena e, logo em seguida, comece a se emocionar. Fleabag consegue trazer um pouco de humor no meio de momentos de angústia. Ainda que esse seja seu mecanismo de defesa para fingir que está tudo bem, a cada momento, ela pode jogar na sua cara uma fala para te fazer refletir, ou seja, é impossível não sentir o mínimo de empatia.

A segunda temporada encerra de forma bem amarrada e sua criadora já confirmou não ter interesse de fazer uma nova temporada. Por mais que o espectador possa desejar uma continuação, ele também se sente bastante satisfeito com o desfecho de tudo.

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