Análise de Fire Emblem Warriors: Three Hopes

29/06/2022 - POSTADO POR EM Jogos

A franquia Fire Emblem é conhecida pela sua qualidade em jogos de RPG, rendendo diversos prêmios no mercado. Em fevereiro deste ano, a Nintendo anunciou Fire Emblem Warriors: Three Hopes para o Nintendo Switch, tendo uma abordagem bastante parecida com Hyrule Warriors: Age of Calamity (2020). Aqui, o jogo promete ação frenética e foge do tradicional RPG com batalha de turnos. 

Embora o título tenha Three Hopes e conte com a presença dos protagonistas Edelgard, Dimitri e Claude, o game não se trata de uma continuação de Fire Emblem: Three Houses (2019), mas sim como um tipo de “releitura”. Então não é necessário jogar nenhum título anterior para conseguir entender a história. 

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História envolvente

Em Three Hopes, temos uma versão alternativa da história de Fire Emblem: Three Houses, quase como se fosse o multiverso da Marvel. Desta vez assumimos o controle do mercenário Shez em vez do professor Byleth, que se torna o grande vilão da trama. Assim como em Three Houses, temos que escolher uma das três casas para ingressar e seguir nossa jornada rumo a guerra: Águias Negras (com liderança de Edelgard), Leões Azuis (com liderança de Dimitri) e Cervos Dourados (com liderança de Claude).

É importante falar que cada casa tem suas peculiaridades, seja personagens iniciais diferentes e, até mesmo, história com desfecho único. Isso faz com que o jogo tenha um fator de replay enorme para aqueles que querem entender todos os lados e acontecimentos da guerra. Só uma casa já deve render mais de 40 horas para concluir tudo, e três casas devem triplicar o tempo.  

Durante toda a campanha, também temos o fator de “escolhas/decisões”. Basicamente, em determinados momentos, somos obrigados a tomar decisões que influenciam no desfecho da história, como estratégia de combate e formação de alianças. No geral, gostei da narrativa e como os personagens evoluem diante das vitórias e derrotas. O grande problema é a ausência da localização dos textos em português brasileiro. Como se trata de um jogo repleto de conteúdo, fica complicado tomar determinadas ações sem ter total domínio de inglês ou espanhol. 

Imagem: Claude, Dimitri e Edelgard

Gameplay frenético 

Esqueça o combate tradicional de vez. Aqui, você vai entrar num grande campo de batalha e “tacar a espadada” (rsrs) nos inimigos com golpes básicos ou especiais. Cada fase tem suas missões específicas e se resume a atividades como derrotar chefes, dominar fortes, defender fortalezas e escoltar aliados. Um ponto interessante é que você não precisa se prender ao Shez. Em toda batalha, você pode definir no mínimo quatro personagens e alternar o seu controle. Isso é algo bom, porque dá dinâmica ao jogo e deixa tudo mais divertido, já que você pode controlar um mago, arqueiro, soldado ou assassina numa mesma fase.

Fora do campo de batalha você tem que desenvolver seu acampamento, evoluindo locais como lojas, batalhões e centro de treinamento. Todo local possui uma árvore de características que podem ser desbloqueadas com dinheiro e recursos, como aumentar a qualidade das armas e diminuir o custo delas. A mesma lógica meio que se repete com os personagens. É possível evoluí-los para qualquer classe do jogo. São várias disponíveis e cada uma tem suas ramificações organizadas em “certificados”. 

Na minha experiência, posso afirmar que o gameplay funciona perfeitamente e entrega o que promete: ação frenética. Porém, como o jogo apresenta diversos personagens, é comum encontrar e visualizar golpes e poderes bem parecidos. Isso não estraga a jogatina, mas acaba deixando de inovar e encantar o jogador por novas animações. 

Imagem: Divulgação

Performance satisfatória 

Não há como negar que jogos Warriors causam medo em relação à performance, principalmente para os donos de Nintendo Switch. Sabemos que o console não tem o hardware mais potente da geração, e isso sempre causa aquela dúvida: será que o jogo roda bem? 

Pra mim, o desempenho de Three Hopes está satisfatório. Mesmo enfrentando hordas de inimigos, o jogo não apresentou travamento, embora em raros momentos tenha percebido uma queda de quadro. Isso é algo positivo, pois a mesma qualidade não foi vista em Hyrule Warriors: Age of Calamity.

Imagem: Divulgação

Veredito

E aí, Fire Emblem Warriors: Three Hopes vale a pena? Claro que sim. Para quem curtiu Fire Emblem: Three Houses como eu, é massa estar de volta no controle dos personagens que amamos. A história segue interessante do começo ao fim, com boas adições de cutscenes que deixam tudo mais vivo e emocionante. O gameplay não fica para trás e garante ação frenética com direito a magia e flecha. 

Os maiores problemas ficam por conta da ausência da localização em português e a queda de quadro em momentos pontuais. Se você não tiver questões com isso, terá muitas horas de jogatina. 

Pontos positivos

  • História interessante 
  • Gameplay frenético
  • Sistema de crescimento dos personagens e acampamento

Pontos negativos

  • Sem localização em português 
  • Pequenas quedas de quadro

NOTA: 9.0