O novo jogo da Capcom, Exoprimal, vem dando o que falar desde seu anúncio em 2022, principalmente por mexer com o coração dos fãs de Dino Crisis (1999 – 2003). O título mistura diversos elementos de ação com dinossauros e exotrajes num ambiente caótico. Uma coisa, ao menos, já sabemos: o lançamento está previsto para 14 de julho de 2023 no Xbox Series X|S, Xbox One, Windows, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC via Steam. 

No último Capcom Spotlight, o game anunciou o seu primeiro período de teste beta aberto entre 16 e 19 de março com o modo Wargame, onde duas equipes competem entre si para cumprir objetivos e dominar um mapa. O estúdio entrou em contato com a nossa redação e recebemos o convite para participar de um teste antecipado exclusivo para jornalistas. 

Confira agora o que achamos do beta de Exoprimal!

Bom ou ruim? 

Logo nos primeiros segundos do beta, somos direcionados para criar o nosso personagem. Há uma variedade interessante de personalização, dando possibilidades para os jogadores criarem o que quiserem. Em seguida, somos levados para uma área onde os principais comandos são ensinados. Posso dizer com tranquilidade que a funcionalidade é simples e não deve apresentar dificuldades para os jogadores. Tudo acontece de forma prática e orgânica. 

Após esse período de “aprendizado”, finalmente temos a oportunidade de participar da primeira partida online com jogadores. A equipe é formada por cinco membros, cada um escolhe o exotraje que desejar e assume uma postura, seja ofensiva, defensiva ou suporte. Somos transportados para um campo, e lá precisamos trabalhar em conjunto para detonar uma horda de dinossauros. 

O combate é divertido, mas não muito desafiador. A coisa só fica mais complicada quando os dinossauros “maiores” aparecem, e você precisa de dedicação para matá-lo. Porém, uma coisa boa (e que comento há anos que falta em Monster Hunter) é uma barra de vida dos inimigos. Exoprimal resolve essa questão logo de cara e deixa as coisas “explícitas”. 

Não poderia deixar de comentar sobre os exotrajes. No teste, tivemos a oportunidade de utilizar dez modelos diferentes. Curti bastante o modelo da metralhadora e os tanques, me lembrando bastante a turma de Transformers (2007 – ). Acredito que precisa só melhorar a experiência daqueles que são suporte, pois realmente o “tiro” é fraco e quase não tem impacto nos inimigos.

O embate final da missão fica por conta de outro grupo de jogadores. Em resumo, você começa fazendo desafios aleatórios de extermínio de dinossauros, e no final você enfrenta outros jogadores. Normalmente, é necessário proteger áreas específicas ou coletar certa quantidade de itens antes dos rivais. Ao mesmo tempo, os dinossauros controlados continuam aparecendo, mas focar seus esforços nele não é mais tão recompensador.

Agora, vamos para as críticas gerais. Primeiro, achei confusa a dinâmica e as coisas não são explicadas devidamente na etapa final. Pra mim, os desafios são totalmente sem sentido, porque não recompensa o jogador com nenhuma nova arma ou poder. Você basicamente tem que derrotar os dinossauros para seguir em frente sem nada que lhe incentive. 

Quando chega na parte final da missão, o momento de enfrentar os jogadores é totalmente confuso. Não fica claro qual é a sua missão: defender área ou coletar itens? Simplesmente você vai no impulso até descobrir a resposta. Sendo bem sincero com vocês, faria muito mais sentido que o jogo fosse focado em derrotar o time inimigo, e oferecesse recompensas para quem derrotar os dinossauros, como armas ou itens especiais. 

Mesmo sendo beta, a Capcom conseguiu entregar partidas com qualidade. Não tive nenhum problema de travamento ou instabilidade, nem parece o estúdio que fez Resident Evil Re:Verse (2022), que é um caos de bug. A parte visual também funcionou bem, trazendo belos efeitos e os dinossauros. No final das contas, o que sobrou dessa experiência foi uma mistura entre doce e amargo. Exoprimal não é ruim, mas precisa percorrer um longo caminho para entregar uma experiência solida em seu lançamento em julho.