Análise de The Quarry 

16/06/2022 - POSTADO POR EM Jogos

Todo ano temos um novo jogo de horror da Supermassive Games. Desta vez, em parceria com a 2K Games, a desenvolvedora lançou um thriller adolescente repleto de estrelas de hollywood, como David Arquette ( Franquia Pânico), Ariel Winter (Modern Family), Justice Smith (Jurassic World) e Lin Shaye (A Hora do Pesadelo). 

Confira agora o que achamos do jogo, que está disponível para PC (Steam), PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e Xbox One

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>> Leia também o veredito de TMNT: Shredder’s Revenge. 

História de horror 

A premissa é bem clichê, como quase todo filme de terror. Basicamente, vamos acompanhar a história de oito jovens que devem sobreviver a uma noite horripilante no acampamento Hackett’s Querry. Sem adultos e crianças por perto, os monitores promovem uma festa “clandestina”, mas algo sobrenatural acontece e causa muitas reviravoltas. 

Se você jogou Until Dawn (2015), você certamente vai amar muita coisa que verá aqui. Inclusive, é possível encontrar diversas referências ao jogo exclusivo de PlayStation 4, desde dos personagens principais até aspectos visuais e comportamentais do “vilão”. Tudo é muito parecido, mas ainda assim é possível se surpreender positivamente com The Quarry, principalmente em relação aos elementos de horror

Como estamos falando de um jogo onde as escolhas influenciam na história, é complicado afirmar se temos uma narrativa boa ou não, já que o meu final pode ser totalmente diferente para outra pessoa. Mesmo assim, me arrisco a dizer que o título possui uma história interessante. Isso porque joguei algumas vezes para ver e testar o resultado das minhas ações. Em um final, por exemplo, três protagonistas morreram e não consegui resolver o mistério, enquanto no segundo final consegui salvar todos os protagonistas e resolver o mistério. Basta tomar uma decisão ruim e tudo cairá por terra. 

O jogo é dividido em um prólogo e 10 capítulos, garantindo em média 12 horas de campanha para zerar tudo. Particularmente, achei o tempo ideal para garantir uma narrativa divertida e dinâmica, impedindo que houvesse momentos cansativos e cheios de “barrigadas”. O ritmo é bom e certamente vai prender sua atenção. 

Imagem: Divulgação de The Quarry

Personagens marcantes 

Em histórias de terror, é normal encontrarmos personagens “aleatórios” que não agregam em nada, e muitas vezes temos vontade de matá-los. Porém, em The Quarry, grande parte do elenco se mostra carismático, até mesmo o núcleo do mal. Sempre tentei ao máximo proteger a vida dos monitores para ter um final feliz, mas foi aí que encontrei grandes problemas

Aparentemente, existem alguns personagens que acabam sobrando na história. Algo acontece, e depois eles ficam de escanteio, mesmo que não tenham morrido. Teve um personagem em específico que gostaria de saber mais sobre, mas acabou tendo uma jornada muito fraca e irrelevante para o todo. Claro que não vou dar spoilers aqui, mas foi bem decepcionante.

Imagem: Divulgação de The Quarry

Gameplay desafiador

A regra aqui é bem simples: preste atenção em todos os detalhes da narrativa e tome as melhores escolhas, evitando ao máximo que os protagonistas morram. Você sempre terá duas opções de falar e ação, normalmente, uma mais “calma/compreensiva” e outra mais agressiva/direta. 

Além disso, terá momentos de quick time attack, ou seja, terá que apertar um botão rápido para realizar ações estratégicas, como segurar respiração, esquivar de golpes, pular de troncos e atirar em monstros. Confesso que nos primeiros capítulos tive dificuldades para realizar ações com o analógico, e isso se deve ao fato do “círculo” parecer o botão “bola” e confundir a pessoa na hora da execução. Então, tirando apenas esse último detalhe, todo o gameplay é bastante sólido e funciona formidavelmente. 

Imagem: Divulgação de The Quarry

Gráficos e trilha sonora 

Aqui, não há muito o que dizer. Apenas parabenizar o excelente trabalho realizado pela Supermassive Games. Os gráficos são extremamente realistas, e isso é fundamental para uma trama de horror, já que adoramos todas as caras e bocas dos momentos de tensão. Em determinadas horas, parece que estamos assistindo a um filme em vez de estar jogando um game. Pode acreditar que o resultado é top!

Já a trilha sonora não brilha tanto quanto deveria. Confesso que percebi poucas músicas, e quando isso acontecia era para suavizar o clima. Não posso dizer que o saldo é negativo, mas também não posso falar que brilhou os olhos como os gráficos fizeram. 

Imagem: Divulgação de The Quarry

Veredito 

The Quarry é o verdadeiro presente para quem ama jogos e filmes de terror. O título funciona quase como uma sucessão espiritual de Until Dawn, e serve uma história interessante com personagens carismáticos e intrigantes. Mesmo com tantas qualidades e poucos problemas técnicos, o jogo foi lançado por  R$350, e se tornou inviável para muitas pessoas. Por isso, a minha sugestão é aguardar por uma promoção, para que o custo benefício seja melhor. 

Pontos positivos

– Narrativa de terror imersiva 

– Longa duração 

– Gráficos impressionantes

Pontos negativos

– Jogabilidade com falhas

– Personagens “perdidos” na trama

– Preço elevado 

NOTA: 9