Análise de Horizon Forbidden West: Burning Shores 

21/04/2023 - POSTADO POR EM Jogos

Aloy está de volta em mais uma aventura: Burning Shores. Exclusivo de PlayStation 5, o DLC expande ainda mais o universo de Horizon Forbidden West, implementando novas habilidades, armas e máquinas, além de uma história inédita e missões secundárias. Mas será que vale a pena pagar R$104,90 pelo conteúdo? É o que vamos responder nessa matéria. 

>> Leia também a nossa análise de Horizon Forbidden West

História apressada

A narrativa de Burning Shores não é um mero conteúdo adicional. Ela é uma continuação direta dos acontecimentos da campanha principal, e tem como objetivo resolver novos mistérios que serão importantes no terceiro jogo da franquia (que ainda não tem data de lançamento ou título oficial confirmado). Ou seja, só dá para acessar a região de “Litoral Ardente” quando concluir a história de  Horizon Forbidden West. 

A sinopse é algo bem simples. Sylens liga para Aloy avisando que algo de suspeito está acontecendo nessa região (antes conhecida como Los Angeles), assim a nossa heroína parte em uma jornada solo para enfrentar uma nova ameaça. Não vou entrar em mais detalhes para evitar spoilers, mas pode se preparar para reviravoltas e muitos momentos de ação

Confesso que achei o vilão meio fraco, com um tom clichê de “quero conquistar o mundo” que todo filme da Disney gosta. Diferente de Forbidden West, não consegui ter sentimento algum e nem temor perante ao “jovem” do mau, interpretado por Sam Witwer. Muito provavelmente isso tenha acontecido porque a história é curta e apressada, impedindo que os personagens e tribos tenham mais espaço para desenvolvimento

O que falta de “capricho” nesse ponto é recompensado pelos momentos de ação, incluindo a luta final. A parte triste é porque o gigante Horus já havia sido revelado nos trailers, e estragou um pouco a surpresa. Porém, fica muito claro porquê esse conteúdo é exclusivo do PS5, pois nenhum PS4 daria conta do recado. O embate com a máquina é simplesmente épico do começo ao fim.

Em média, o jogador pode levar entre 3 e 5  horas para concluir a missão principal e o saldo é “Ok”. E o que isso significa? Significa que a história não é ruim, mas dificilmente será lembrada pela sua trama. Talvez realmente tudo se atenha à relação da Aloy com Seyka, que pode ganhar novos rumos a partir da decisão do jogador. Mesmo assim, achei que Seyka merecia mais tempo de tela, até mesmo para se diferenciar da protagonista, pois a Guerrilha fez praticamente uma “cópia” da Aloy. Espero que “corrijam” isso no próximo game e mostrem mais dessa guerreira Quen!

Imagem de de Horizon Forbidden West: Burning Shores

Novidades bem-vindas

O “Litoral Ardente” reserva uma série de atividades secundárias. Pra mim, o que mais brilha é o quesito de exploração com a implementação da Asa Marinha, que permite voar pelos céus e mergulhar pelas águas. A máquina inédita dá uma nova ótica ao jogo, e permite tanto uma “exploração” mais profunda em Burning Shores, quanto uma revisitada nos oceanos de Forbidden West. Confesso que me lembrou bastante Avatar: O Caminho da Água (2022). Basicamente, você pode alcançar grandes vôos, depois cair numa reta e mergulhar profundamente sem que haja qualquer tipo de travamento ou queda de frame. Toda a dinâmica é bastante fluida e imersiva, com 60 fps em 4K. E não precisa nem falar que o jogo continua lindo demais, né?

Novos trajes e equipes também estão disponíveis, podendo ser adquiridos com facilidade. E detalhes: achei os trajes super “roubados”, porque tem propriedades muito boas e deixam qualquer um apaixonado, além de deixar os trajes de Forbidden West no chinelo. Porém, o grande destaque fica para a arma Zenith, que dispara tiro de plasma poderoso. É gostoso demais usá-la, principalmente por causa dos gatilhos do DualSense, que brilham mais do que nunca e tornam a experiência indescritível. 

Em relação às máquinas, posso dizer que Biliáticos e Ferroadas são excelentes adições. O primeiro é um sapão poderoso que pula de um lado para outro soltando veneno, enquanto o segundo não passa de seu filhote. Todos os embates com esses dois são incríveis e desafiadores. Você vai pensar duas vezes antes de querer confusão.  

Imagem de de Horizon Forbidden West: Burning Shores

Veredito

Apesar da trama curta e apressada, Burning Shores é uma boa pedida para quem adorou  jogar Horizon Forbidden West. O conteúdo expande tudo aquilo que gostamos (como máquinas e armas), e deixa uma ponta “solta” para ser resolvida no terceiro jogo da franquia, e talvez esse seja o seu maior triunfo. Ou seja, é um DLC que cria hype para o futuro, dando pequenas amostras do que se consegue fazer com o poder do PS5

Imagem de de Horizon Forbidden West: Burning Shores

Pontos positivos:

– Momentos de ação da história. 

– Novas armas, trajes e máquinas.

– Exploração do Litoral Ardente.  

Pontos negativos:

– Vilão sem carisma. 

– Trama curta e apressada.

– Tempo de duração.

NOTA: 8/10