Análise de Cult of the Lamb 

10/09/2022 - POSTADO POR EM Jogos

Cult of the Lamb finalmente chegou e está disponível para Nintendo Switch, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S. O título da Massive Monster e Devolver Digital apresenta uma proposta bem inovadora ao combinar o melhor de dungeon crawler, roguelite e simulador. E para quem ama bichinhos fofinhos, pode se preparar para muitas surpresas e emoções. 

A Devolver Digital nos enviou um código do jogo e tivemos a oportunidade de testar tudo no PlayStation 5. Vale até comentar que somente a resposta tátil do DualSense é explorada, e não encontramos nenhuma utilidade para o gatilho adaptável

Confira agora o que achamos do jogo! 

>> Leia também o veredito de The Last of Us Parte I

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História cativante

Em Cult of the Lamb, controlamos o último cordeiro do mundo. O mesmo é capturado por magos da Antiga Fé, porém é salvo pela entidade maligna The One Who Waits (Aquele que Espera) que o impede de ser sacrificado. Como nada é de graça, o bichinho precisa pagar essa dívida, e é obrigado a criar um culto terrível para ressuscitar o “mal” e derrotar todos os deuses antigos. Por isso, a nossa missão é conquistar fiéis, explorar calabouços e coletar e construir itens. 

A história serve muito bem como plano de fundo para sustentar os momentos de dungeon crawler, roguelite e simulador. Então, não espere longos diálogos ou grandes cutscenes, porque tudo é explicado nos primeiros 10 minutos. Isso não é ruim e nem deixa as coisas monótonas, já que temos ação do começo ao fim. Inclusive, para mim, é melhor ter menos texto e mais diversão do que diálogos cansativos para encher linguiça. 

Imagem de divulgação de Cult of the Lamb

Gameplay divertido 

Um dos pontos que mais brilha do jogo é a capacidade de mesclar dinâmicas completamente diferentes. Após a introdução inicial, você é levado ao assentamento onde deve gerenciar todos os recursos para fortalecer e expandir o culto. Para isso, existem recursos importantes que devem ser conquistados, como devoção, comida e servos. Não espere que as coisas sejam fáceis simplesmente porque os bichinhos são fofos, pois há grandes desafios para manter uma boa gestão e garantir a felicidade de todos. 

Para ganhar novos recursos, é importante seguir para os calabouços. Lá, você vai precisar derrotar uma sequência de monstros até chegar à sala final do grande boss, que possui poderes e pontos fracos únicos. A dificuldade é crescente e vai aumentando com o passar do tempo. Uma coisa legal é que cada começo de calabouço oferece uma arma aleatória, então a experiência nunca será a mesma, até porque quando morremos somos transportados para a entrada e uma nova arma é definida.

Fique tranquilo, pois o conceito de roguelite é bem aplicado e não estraga a aventura. Bem sabemos que muitos jogos são “ótimos” em criar missões impossíveis para entreter o público. Tenho preguiça quando seguem nesse formato, até porque não quero nada impossível, mas sim o final da história. Por isso, Cult of the Lamb consegue equilibrar bem as coisas e usar o melhor do gênero sem deixar as coisas maçantes e cansativas. Ninguém curte ficar numa mesma fase por décadas. 

No PlayStation 5, o gameplay fica extremamente divertido, pois a resposta tátil do DualSense é precisa e deixa as coisas imersivas. Posso afirmar com todas as letras que esta versão possui a experiência mais completa para o jogador. Não porque tem conteúdo extra, mas sim porque as vibrações agregam demais e garantem sensações como medo, alegria e nervosismo. De modo geral, o gameplay é simples, orgânico e intuitivo. Acredito que qualquer pessoa pode jogar e não terá nenhuma dificuldade, independente da idade. 

Não posso deixar de mencionar que algumas pessoas reclamaram na internet sobre encontrar pequenos bugs e instabilidades no game. Na minha jogatina, não tive nenhum problema, mas como joguei no PS5, talvez isso tenha sido minimizado. Por isso, se você enfrentou problemas, deixe seu comentário aqui na matéria e vamos ver como podemos ajudar. 

Imagem de divulgação de Cult of the Lamb

Gráficos e trilha sonora 

Logo quando o primeiro trailer foi divulgado, todo mundo ficou em êxtase com os gráficos em 2D. Não tinha nada feio para criticar, só restava aclamar o excelente trabalho feito pelas empresas Massive Monster e Devolver Digital. Vou até mais longe, acho que muita gente vai comprar o jogo pelo aspecto visual e depois vai tentar entender sobre o que realmente é e como funciona. Inclusive, sou incapaz de julgar pois faria o mesmo (rsrs). 

Cada cenário, calabouço, servo e boss tem suas peculiares e todos são visualmente atrativos. Pra mim, isso é um acerto em cheio e só reforça a qualidade que os jogos indies podem proporcionar para o mercado. 

Em relação à trilha sonora, temos uma diversidade bacana. O que brilha mesmo são as músicas e sons sinistros, até porque estamos formando um culto do mal. No geral é satisfatório, mas não supera a qualidade dos gráficos. É importante deixar registrado! (rsrsrs)

Imagem de divulgação de Cult of the Lamb

Veredito 

Cult of the Lamb vale a pena? É impossível dizer que não. O jogo entrega tudo que promete e muito mais, conseguindo fazer uma bela mistura entre dungeon crawler, roguelite e simulador. A história e o gameplay são deliciosos e garantem boas horas em frente a televisão. Sem dúvidas, é um título que todos devem guardar com carinho no coração e torcer para uma sequência. 

Talvez os únicos pontos ruins sejam os bugs (encarados por alguns jogadores) e o pós-game limitado e nada estimulante. Mas como diria o próprio Homem de Ferro, o “fim” faz parte da jornada, e é muito sobre isso. Aproveite cada minuto até o fim chegar. 

Pontos positivos:

  • História cativante
  • Gameplay divertido 
  • Gráficos lindos 
  • Dificuldade equilibrada

Pontos negativos: 

  • Pequenos bugs 
  • Pós-game fraco

NOTA: 9