Lista: 7 diferenças entre as duas trilogias de Cinquenta Tons

21/07/2021 - POSTADO POR EM HQs/Livros

Esse ano, a Editora Intrínseca trouxe para o Brasil o último livro do fenômeno Cinquenta Tons de Cinza pela visão de Christian Grey. A sexta obra da franquia, intitulada Livre, narra os acontecimentos de Cinquenta Tons de Liberdade (2012) pela perspectiva do empresário. 

Os livros anteriores estiveram no mesmo padrão, com Grey (2015) sendo um paralelo a Cinquenta Tons de Cinza (2011) e Mais Escuro (2017), de Cinquenta Tons Mais Escuros (2012), narrados pela protagonista Anastasia Steele.

Mas só porque um personagem conta uma história de um jeito, não quer dizer que aquela é a total verdade ou mesmo sua versão completa. Por isso, nós decidimos fazer uma lista comparando o que há de diferente entre as visões de Ana e Christian nos livros da franquia.

ATENÇÃO! O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DA FRANQUIA DE LIVROS CINQUENTA TONS.

1. Ordem narrativa

Nem todos os livros possuem a mesma ordem cronológica dos eventos. Apesar de muito similares, eles possuem certas divergências e a maior parte delas está, inclusive, no último. Enquanto Tons de Liberdade começa com Ana e Christian já casados e curtindo as praias da Europa, Livre vai se iniciar exatamente onde Mais Escuro acaba: na noite de noivado do casal. 

Aqui nós temos as versões completas de conversas que Ana só nos dá um vislumbre em seu livro, como uma lembrança da breve época de noivado, e narradas de forma cronológica. Além de nos passar mais cenas do que já é um curto período de relacionamento, sendo apenas dois meses entre se encontrarem e casarem.

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2. Diálogos diferentes

É comum que aconteça uma alteração nos diálogos quando se troca de voz de protagonista de uma mesma história. Vale ressaltar que nos livros de Christian existem diversas conversas que acontecem tal qual a versão de Anastasia, mas com outra perspectiva. 

Em Cinquenta Tons de Cinza, a visão de Ana e sua voz são românticas, o que torna a personagem bastante passiva em diversos momentos. Com ela vemos Christian como um homem mais carinhoso e misterioso, enquanto na versão dele tudo é objetivo e detalhado, além de ter momentos com maior riqueza de informações, e uma Ana mais brincalhona e sedutora.

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3. Mais sobre Christian

Enquanto nos livros de Ana nós conhecemos a versão dela de Christian, na nova trilogia é possível vê-lo pelos seus próprios olhos. O empresário vai nos dando vislumbres do seu passado no decorrer da história, e se firma como um personagem melhor desenvolvido para o papel principal, já que ele também é o objeto da ação. 

As novas obras nos mostram também o relacionamento que Christian possui com cada personagem, além de vermos sua personalidade completa, para que possamos compreender suas atitudes. Para Ana, ele conta pequenas frações de sua história, até chegar em uma versão resumida.

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4. O charlatão caro

Inclusive, se já havia discussões sobre a personalidade e as atitudes de Christian perante a versão de Ana, quando entramos em sua cabeça, essa visão não melhora. O empresário não é um homem mais fácil porque estamos na cabeça dele, na verdade, vemos como ele é volátil, lembrando mesmo um adolescente impulsivo, ou até mesmo uma criança em alguns pontos. 

Por isso, temos um personagem que, para Ana, não passa de um charlatão caro, mas que ajuda seu amado de formas que só descobrimos em sua versão. Esse é John Fynn, o terapeuta de Christian, que traz assuntos e conversas bem esclarecedoras em suas sessões.

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5. As pessoas da minha vida

Em Cinquenta Tons todo o mundo de Ana parece girar apenas focado em Christian. Ela consegue ignorar completamente todos os homens ao seu redor para deixá-lo feliz, o que é bastante perturbador, mas que parece ser feito de forma clara, rápida e fácil. Para ele, no entanto, há um paralelo interessante a ser discutido em seus livros. 

O protagonista, como se pode ser observado, também se cerca do sexo oposto, mas ao contrário de Ana, esses relacionamentos são profundos e cheio de motivos. Por isso quando Christian começa a corta esses laços há toda uma repercussão nos livros.

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6. A família Grey

Durante toda a primeira trilogia nos parece que Christian quer manter um distanciamento de sua família propositalmente. Os seus pais, por exemplo, aparecem de forma rasa, e ele mesmo não dá muitas informações até que seja conveniente para a história. E mesmo assim, o foco é quase todo na Dra Grace, da forma mais rápida que se pode ser.

Já na visão de Christian, a impressão que recebemos é a de que ele não sabe como se aproximar dessa família tão diferente dele. Além disso, suas conexões são diversas com cada membro, um exemplo é o avô do empresário, ao qual ele tanto preza.

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7. O grande vilão

A história da franquia Cinquenta Tons possui alguns problemas, e pelo menos um grande vilão, que é o ex-chefe de Ana, Jack Hyde, sendo que ele só vai realmente mostrar suas cores no último livro, mas já começa sua trama no segundo. E aqui vem uma crítica à escrita da autora. 

Na visão de Ana, os acontecimentos parecem ser quase isolados devido à limitação que a personagem a respeito de conhecer os fatos que a rodeiam. Contudo, nos livros de Christian, nós conseguimos ver esse desenvolvimento de uma forma bem gradual, e isso se dá devido à evolução que a escritora tenha sobre a própria história e personagens. O mesmo pode ser dito de outras questões apontadas como a Sra Robson e os traumas de Christian.

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