Desde sua estreia em março deste ano, Generation (estilizada como Genera+ion) tem dado o que falar e é uma das séries sobre a vida adolescente mais relevantes do momento. Voltada principalmente para a comunidade LGBTQIAP+, a produção da HBO Max traz à tona as problemáticas e preocupações da Geração Z. Se você curte esse tipo de seriado, que tal conferir cinco motivos para assistir Genera+ion?

1) Fora do comum

A série é escrita por Zelda Barnz, que atualmente tem apenas 19 anos, mas começou a escrever a série aos 16. A garota tenta mostrar o mundo com os olhos da geração na qual está inserida, trazendo os conflitos e as descobertas sexuais de uma forma sensível, mas com uma pitada de humor – o que torna os diálogos bem interessantes.

O pai de Zelda, Daniel Barnz, é co-criador da série. É possível observar que muito da experiência pessoal da garota está na produção, já que ela é filha de um casal de pais gays e sabe como falar com a geração que trata a fluidez de gênero de forma natural (assim como deveria ser).

Em resumo, Genere+ion evita colocar caixinhas ou rótulos. Ela é o retrato do que é uma geração que já nasceu conectada e é engajada quando o assunto é discriminação, por exemplo.

2) Humor na medida certa

Dizer que Genera+ion é apenas uma comédia não é justo. A série mistura drama com humor em pontos bem específicos, principalmente em diálogos entre adolescentes e adultos. Atenção: devo avisar que não é nada para morrer de rir; diria que seria algo mais próximo a um alívio cômico causado por algum toque de ironia ou comentário mais ácido.

Existem sim momentos que são bem possíveis que uma ou outra lágrima seja arrancada do espectador, principalmente por tratar de assuntos bem espinhosos e mais sensíveis para uma grande parte das pessoas. Porém, mesmo assim, sinta-se convidado a assistir, pois eles são poucos e vale a pena passar por eles.

3) Referências

Se você era adolescente nos anos 2000, é bem provável que conheça séries como The O.C. (2003 – 2007) e Freaks and Geeks (1999 – 2000), e vai notar que existem referências bem gritantes. A primeira é o lugar onde o enredo se passa, Orange County, justamente o lugar onde Seth Cohen (Adam Brody), personagem de O.C., morava. Já o visual da escola de General+ion parece muito com o de Freaks and Geeks.

Nada disso é por acaso. Em entrevista ao jornal Estadão, Zelda comentou que é fã de séries dos anos 2000 e citou justamente a produção estrelada por James Franco. Para quem amadureceu assistindo a esse tipo de produção, é uma sensação muito gostosa e nostálgica. Chega a parecer que estamos viajando por um túnel do tempo.

4) Episódios curtos

Genere+ion tem 16 episódios com cerca de 30 minutos de duração cada, e a trama acaba sendo extremamente fluida. Por causa dos diálogos dinâmicos, com cenas que mesclam o passado e o presente e dos cortes que focam nos personagens envolvidos nos acontecimentos, o espectador acaba tendo uma visão geral de tudo que está acontecendo e não consegue se sentir entediado.

O roteiro também ajuda muito na montagem do episódio sintético. Não existe espaço para “enchimento de linguiça”. Assim como a Geração Z, o que está sendo mostrado na tela tem um único objetivo: explicar exatamente o que aconteceu e o porquê. Assim, é praticamente impossível não se envolver logo com a história e com os personagens. 

Você talvez possa estar achando que 16 episódios são demais, porém relaxa, te juro que você vai querer maratonar tudo logo depois do primeiro episódio!

5) Temas atuais com lugar de fala

Assim como Sex Education (2019 – ), Genera+ion segue na mesma linha ao tratar de assuntos que permeiam a vida dos adolescentes e até então ainda podem ser tratados como tabus por alguns. Porém, ao contrário da série da Netflix, a produção tem um viés de comédia menor.

Outra coisa interessante é que temos atores praticamente da mesma faixa etária de seus personagens, o que possivelmente ajuda os espectadores a acreditarem nos dilemas dessa fase tão complexa da vida.