O universo Star Wars ganhou mais uma série em 2024: The Acolyte. A série, lançada no Disney+, conta com um elenco mais diverso do que o de outras produções da saga, o que logo chamou atenção dos fãs. Além disso, o seriado prometia servir como uma introdução para o universo criado por George Lucas, por se passar muito antes da saga Skywalker. Será que funcionou? Vamos te contar agora!
Enredo
Um século antes da ascensão do Império, a República vivia tempos de paz com auxílio da Ordem Jedi. Quando alguns dos Jedi são assassinados, porém, o respeitado Mestre Sol (Ele Jung-jae) é enviado pelo conselho da Ordem para investigar o acontecido. Durante sua missão, ele precisa confrontar seu passado ao encontrar sua antiga padawan que agora teria se convertido para o lado sombrio da Força.
O plot da série é bem interessante e de certa forma prometia mostrar em live-action aquilo que só vimos em animações e livros de Star Wars. Infelizmente, o roteiro não conseguiu desenvolver bem a história e vários episódios acabam sendo redundantes, fracos e perdidos, chegando a contradizer aquilo que já havia sido dito em outros produtos da saga.
A ideia de duas irmãs gêmeas opostas que precisam se confrontar, mesmo sendo batida e já explorada demais na cultura pop, poderia ter funcionado, mas aqui não faz tanto sentido, uma vez que o desfecho das duas é capaz de surpreender negativamente o espectador. Amandla Stenberg, entretanto, conseguiu entregar um trabalho primoroso interpretando as duas irmãs, apesar da construção perdida de sua personagem.
Imagem: Divulgação
Curiosidade
É inegável que existem muitas referências da cultura pop em The Acolyte, mas uma em especial chama atenção: a luta final. Aqui, caro leitor, aviso que haverão possíveis SPOILERS a seguir e peço que pule esse tópico caso não tenha assistido a produção.
Se você assistiu Clube da Luta (1999) com certeza deve ter guardado na memória o quão interessante era Tyler (Brad Pitt), personagem que tinha um verdadeiro poder de persuasão e que conseguia convencer os outros sobre os problemas do sistema. Em The Acolyte, Qimir (Manny Jacinto) chega a parafrasear uma das falas de Tyler ao tentar seduzir Osha (Stenberg) para o outro lado da força. A produtora executiva da série Leslye Headland confirmou para a Vulture que se inspirou no personagem de Brad Pitt e ainda afirmou que o filme foi uma grande inspiração para a série.
Imagem: Divulgação
Veredito
The Acolyte prometeu muito aos fãs, mas infelizmente não foi capaz de atender as expectativas. O enredo é interessante, mas o roteiro em si é fraco, com problemas sérios no seu desenvolvimento que deixam o espectador perdido e se perguntando qual o ponto da série – que até agora é a produção mais fraca do universo Star Wars.
Outro problema está na edição dos episódios que é bastante mal feita e brega, colocando efeitos demais onde sequer faz sentido ter. Apesar disso, algumas cenas tem uma fotografia bonita, que complementam cenas de luta bem coreografadas. O elenco é competente em sua diversidade, o que é bem vindo e faz bastante sentido para uma produção de Star Wars. O destaque central vai para Amandla Stenberg, que traz uma interpretação com nuances para as gêmeas mesmo diante de um roteiro que não lhe dá tantas possibilidades.
Pontos positivos:
- Amandla Stenberg como protagonista
- Temas do enredo
Pontos Negativos:
- Roteiro fraco
- Direção sem brilho
- Edição clichê
Nota: 5/10