“Dark” chegou ao fim. A terceira e última temporada da série alemã da Netflix chegou à plataforma e você já pode assistir e entender como acabará a saga de Jonas e a cidade de Wilden.
Nós tivemos acesso antecipado à série e por isso conseguimos fazer um veredito antecipado. Valeu, Netflix!
*Esse texto contém spoilers para quem não assistiu a segunda temporada.*
Em nossos conteúdos anteriores sobre a série, que você pode conferir aqui e aqui, citamos personagens e dúvidas sobre a origem e/ou o futuro deles. Que tal dar uma lida pra acompanhar direitinho a linha de pensamento?
Visão geral
“Dark” é uma das séries que só teve a ganhar de ter sido concebida na era do streaming. Isso porque temporadas completas são filmadas de uma vez, sem esperar pela reação do público por cada episódio, patrocinadores, audiência… Enfim. Isso pode garantir mais solidez ao roteiro e também a presença de personagens que podem significar muita coisa, mas também não podem significar nada.
Para acompanhar essa história é necessário largar o celular e prestar atenção. Não só porque o áudio original é em alemão, mas porque tudo é tão complexo que perder 10 segundos pode fazer muita diferença.
Não foi diferente com a terceira temporada. Quando todos achavam que não iam aguentar decorar três fisionomias de mais algum personagem, somos apresentados a outra Martha, e seu mundo, e também a um personagem sem identidade. Nada disso comprometeu a qualidade da história.
Com fotografia e cenário impecável, “Dark” trouxe uma parte entediante e calma da Alemanha à vida, em um contexto onde todos compartilham conexões, segredos e, porque não dizer, sangue.
Tome seu tempo. Respire, assista cada episódio com calma e aceite o que vier. Muita coisa vai vir e, se você tinha muitas expectativas e teorias, tente abrir a mente, porque coisas inesperadas vão acontecer e pode não ser o que você deseja.
Tudo se conectou
A resposta estava lá na nossa cara o tempo inteiro, mas era difícil colocar os pontos nos is. Martha e Jonas sempre foram um par perfeito, mas não na sua definição de perfeição.
Ao longo dos episódios, é possível construir uma linha do tempo, uma árvore genealógica e um tipo de diagrama que conecta tudo a todos. Claro que há personagens que não fazem parte de nada e acreditamos que isso foi feito para que fosse possível criar teorias.
A partir daqui, acho importante avisar que precisamos explicar algumas coisas que podem ser spoiler. É difícil decorar exatamente em que episódio cada coisa aconteceu. Se você não tem problema com pequenos spoilers, continue lendo. Prometo que não vou revelar nenhum grande detalhe – até porque a Netflix processaria a gente por isso.
O trailer da terceira temporada revelou que existiria algum tipo de mundo paralelo. As teorias físicas sobre viagem no tempo falam da possibilidade dessa existência. Nesse outro mundo, algumas pequenas coisas mudam. Cicatrizes, condições hereditárias, detalhes na aparência dos personagens.
No entanto, na maior parte do tempo, as decisões tomadas são as mesmas. Quem está do lado das sombras e quem está do lado da luz… Muta coisa é semelhante.
As respostas vão chegar. Ao iniciar a série, pensamos que ela deixaria muitas coisas em branco, que o final teria um quê de Lost, em que anos e anos depois as pessoas ainda discutem as cenas finais e diferem sobre o que elas realmente significam.
Conceitos como suicídio, vida, morte, existência e coexistência em mundos paralelos – tudo isso será abordado e aparecerá como resposta de alguma outra pergunta.
Porém, há um final para “Dark”. Chegando perto do fim de tudo, pode parecer que não há, mas é possível.
Veredito
Além de responder muitas dúvidas, a terceira temporada conseguiu criar novos questionamentos – e os respondeu. A série é muito bem elaborada e, sem precisar prometer demais, cumpre muito bem seu dever de entreter.
- Base teórica: o assunto principal de “Dark” é a viagem no tempo. Sobre isso, a série conseguiu abordar as teorias que já existem, e que foram formuladas por físicos de verdade. 10/10
- Ambientação: a escolha de uma cidade pequena faz bem à série, que consegue justificar o uso dos mesmos espaços sempre. 9/10
- Personagens: o ponto mais forte de Dark é o desenvolvimento dos seus personagens, é tudo incrível. 10/10
Pontos negativos:
- A galera só vive suja. Corre, fica suada, se arrasta na caverna, pega em sangue, mas não pode parar um momento pra lavar as mãos ou tomar banho. Dá muuuuuita agonia ver todo mundo sujo o tempo inteiro.
- Poderiam ser mais episódios, pra que a experiência de assistir se tornasse um pouco mais fluida. Por ser densa, quem decide maratonar a série (como eu) acaba ficando um pouco cansado com o tamanho dos episódios.
- Jonas adolescente é lindo e Jonas adulto é feio demais. Isso, particularmente, me incomoda. O Magnus é bonito até quando tá velho, podiam ter feito isso com o protagonista também, né?
E você, o que achou da série? Entendeu tudo? Se tiver alguma dúvida, manda aqui que a gente responde! Quem sabe não rola uma matéria ou live só pra tirar dúvidas?