Veredito da 5° temporada de The Handmaid’s Tale

20/11/2022 - POSTADO POR EM Séries

A quinta temporada de The Handmaid’s Tale chegou ao final e, infelizmente, essa não foi a última, já que a série foi renovada para mais um ano. Conferimos a nova temporada e você confere a nossa opinião a seguir.

ATENÇÃO: O texto contém SPOILERS da quarta temporada.

Enredo

Após matar Fred Waterford (Joseph Fiennes), June (Elizabeth Moss) certifica-se que Serena (Yvonne Strahovski) fique sabendo que ela foi a responsável pelo assassinato de seu marido. Enquanto isso, a viúva cuida para que nada dê errado em sua gravidez fazendo acordos com o governo do Canadá e Gilliard.

Essa é a temporada mais lenta de toda a série, principalmente porque ela tem uma trama mais política e mostra como funcionam os acordos para manter o regime totalitário em pé. Além disso, é impossível não observar que passamos a ter um sentimento um tanto dúbio com relação a alguns personagens – em especial a figura de Serena. Deixamos de vê-la como alguém que é unicamente má e em alguns momentos até torcemos por ela.

A direção conta com dois episódios dirigidos pela cineasta brasileira Natalia Leite. O sexto e o sétimo capítulo são extremamente bem conduzidos e possuem cenas chocantes, das quais o espectador precisa de um tempo para se recuperar. Infelizmente, essa é uma temporada que demonstra a necessidade da história ser finalizada, já que sabemos que haverá uma continuação da história futuramente.

Imagem: Divulgação

Trama Política

Desde que Fred foi preso vemos que Gileard está cercada e sofrendo com vários embargos econômicos dos outros países. O regime está muito enfraquecido, porém por conta da queda da natalidade crescente no resto do mundo, o número de fanáticos religiosos está crescendo vertiginosamente. Isso fica nítido quando Serena, mesmo presa por ser cúmplice de estupro, tem mulheres que a admiram a ponto de se reunir na frente de cadeia.

Em contrapartida, Gileard precisa urgentemente mostrar que ela não é tão fundamentalista quanto parece e para isso ela precisa da ajuda de June, já que ela é a refugiada mais famosa do antigo Estados Unidos. É claro que isso não é tão simples e ela sabe disso muito bem – o pode deixar a trama desagradável, mas é algo que se assemelha bastante com a realidade.

Outro aspecto importante dessa temporada é como ela toca no assunto de refugiados e como eles nem sempre são bem vistos nos países onde são recebidos. A xenofobia é algo muito relevante no mundo em que vivemos e não poderia deixar de ser abordada em uma trama que se propõe pensar os riscos do autoritarismo. Aliás, é por conta desse problema que a temporada tem uma das cenas mais chocantes.

Imagem: Divulgação

Veredito

Apesar de alguns episódios não terem a mesma energia frenética, essa é uma temporada interessantíssima, principalmente se olharmos com calma os diálogos. Eles não são tão expositivos, mas falam aquilo que é necessário e complementado com a atuação e as expressões faciais.

As atualizações mais uma vezes estão maravilhosas, mas o destaque vai para Elizabeth Moss e Yvonne Strahovski que conseguem chamar atenção em todos os momentos em cena. Além disso, não é possível não mencionar Madeline Brewer no papel de Janine, que emociona e finalmente faz com que entendamos sua relevância para a história. 

O único problema da temporada está na quantidade de episódios, os quais poderiam ser facilmente diminuídos. Retirando três episódios, a trama ficaria mais coesa e evitaria voltas desnecessárias.

Pontos Positivos:

  • Temas relevantes
  • Atuações
  • Diálogos interessantes

Ponto Negativo:

  • Quantidade de episódios desnecessária deixando a trama longa sem necessidade.

Nota: 9/10