Caros leitores… A segunda parte da terceira temporada de Bridgerton está na Netflix, e com ela, chegou nosso veredito. Lembrando que essa temporada é baseada no quarto livro da série Os Bridgertons, da autora Julia Quinn, e você pode também conferir nossa matéria sobre o livro.
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Temporada de casamentos
Deixando onde a primeira parte acabou, nós temos a confirmação do noivado de Colin (Luke Newton) e Penelope (Nicola Coughlan), após declarações fervorosas no retorno para casa de carruagem, mas nem todo mundo está feliz com a notícia. Eloise (Claudia Jessie), contrariada pelo compromisso surpresa do irmão com a ex-melhor amiga, dá um ultimato à jovem: “diga a meu irmão quem é a Lady Whistledown ou mesma direi”.
Além disso, a nova temporada de casamentos para os Bridgertons parece não se limitar ao irmão do meio, enquanto Francesca (Hannah Dodd) também decide que encontrou seu par perfeito.
Normativas e representatividade
Bridgerton é uma série de romance de época, por isso, não é incomum focar tanto em relacionamentos. Enquanto relações normativas são esperadas, é um frescor observar o protagonismo ser creditado a uma pessoa gorda, enquanto personagens de outras etnias também estão presentes na tela.
Nessa temporada temos a apresentação de John Stirling (Victor Alli), pretendente de Francesca, que ainda atua como um personagem secundário, visto que essa temporada não tem a irmã Bridgerton como protagonista. Além dele, Kate (Simone Ashley), esposa de Anthony (Jonathan Bailey), está presente na trama como uma cunhada amável e companheira para todos da família. Ambos os atores não são brancos, e esse espaço é creditado ao diferencial da série.
A protagonista do terceiro ano, Penelope Featherington, é interpretada por uma atriz gorda e isso dá à produção pontos positivos de forma esplêndida, ainda mais com o tanto de química que os atores colocam em cenas, não julgando de forma alguma as diferenças de biotipo.
Outro ponto em que a série vem acertando, e que deu um salto nessa temporada, é na representatividade queer. Nos anos anteriores chegamos a ver personagens secundários se envolvendo com pessoas do mesmo sexo, mas agora conseguimos um personagem com mais relevância na trama sendo inserido na comunidade LGBTQIAP+. Além da diversidade de grupos étnicos, isso é uma evolução que a produção trouxe em relação aos livros.
Reviravolta e expectativas
O que, infelizmente, deixou a desejar um pouco nessa temporada foi a maior reviravolta que estávamos esperando: a identidade de Lady Whistledown. Enquanto essa história de gato e rato com a rainha vem acontecendo em todas as temporadas, sabíamos (quem leu o livro principalmente) que esse roteiro deveria, em algum momento, falar sobre a exposição da escritora, mas o que aconteceu deixou a desejar.
A sinuca de bico envolvendo Penelope, Colin, Eloise e até Cressida (Jessica Madsen), que estão sendo pressionados pela própria Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel), parece que não tem saída. Porém, o desfecho acontece e vem de uma forma muito simples e genérica, o que deixa quem assiste à cena com a seguinte pergunta: é isso? Todo esse barulho para essa conclusão? Sinceramente, o resultado dessa narrativa não foi tão surpreendente assim.
O que a torna tão meia boca, foram as expectativas criadas, ainda mais levando em consideração como o roteiro de temporadas passadas sempre surpreendia os fãs. Mas talvez a trama tenha acumulado tantos subplots que não foi possível desenvolver essa parte da forma como deveria. É só pensar no tanto de tempo que passamos em narrativas secundárias, que mal foi possível apreciar o casamento de Colin e Penelope, quanto mais o drama de Whistledown.
Veredito
A terceira temporada de Bridgerton brilha quando se fala de Melhor Redenção. É só ver como Penelope precisou encarar seus maiores medos para não perder o que lutou tanto para conseguir, como Lady Featherington (Polly Walker) finamente demonstrou ser a mãe que todos esperávamos, e como Colin entendeu que a aparência e a sociedade pouco tem a ver com seus interesses.
O roteiro ainda conseguiu guardar boas surpresas para o espectador, como o relacionamento de Benedict (Luke Thompson), a família de John, o ímpeto da Rainha Charlotte e a amizade entre Lady Danbury (Adjoa Andoh) e Lady Violet Bridgerton (Ruth Gemmell).
A química na história não deixa em momento algum de faltar, independente do arco de personagens. E, embora tenhamos que esperar ao menos 2 anos para a próxima história, já sabemos que essa situação é constante e vai continuar com Bridgerton, em seus personagens e seus atores.
Pontos positivos:
- Protagonismo
- Roteiro
- Presença de diferentes etnias.
- Química
Pontos negativos:
- Desfecho de Lady Whistledown
- Excesso de subtramas prejudicou o desenrolar principal
NOTA: 9.5/10