Veredito da 2ª temporada de The Umbrella Academy

31/07/2020 - POSTADO POR EM Séries

Depois de conquistar o público na primeira temporada, os desajustados irmãos Hargreeves estão de volta no segundo ano de The Umbrella Academy. A Netflix liberou os episódios com antecedência para a equipe do Roteiro Nerd e agora você vai saber tudo o que achamos dos novos episódios.

Anos 60

No final do primeiro ano de The Umbrella Academy, os seis irmãos da academia escaparam por um triz do apocalipse graças ao Número Cinco (Aidan Gallagher), que fez todos viajarem no tempo para longe dali. O problema é que todos acabaram voltando para a Dallas da década de 60, mas separadamente, sendo o último a aparecer o próprio Cinco

Assim, cada um dos irmãos acabou criando para si uma maneira de viver naquele tempo, chegando a se envolver com pessoas e momentos importantes da história. Porém, logo após Cinco chegar, ele recebe de Hazel (Cameron Britton) a informação de que o apocalipse os seguiu, então eles novamente terão de lidar com um prazo apertado para tentar impedir o fim do mundo.

Se você está com dúvidas para lembrar quem são e quais os papéis de cada personagem na trama, nós preparamos um guia que fala um pouco de cada um, confira aqui.

Foto: Divulgação

Fim do mundo (de novo)

Mesmo com uma motivação semelhante à do ano anterior, a nova temporada de The Umbrella Academy consegue desenvolver uma trama própria, na qual os protagonistas se inserem de uma maneira bastante orgânica. Dois pontos que contribuem para isso são a ambientação diferente e a adição de personagens inéditos com os quais os irmãos interagem.

A princípio vemos eles com vidas parcialmente estabelecidas na década antiga, e ao longo dos episódios é revelado o que exatamente os fez chegar lá. Vanya (Ellen Page) logo que chega sofre um acidente e perde a memória, então ela passa a ser babá de uma família do interior sem fazer ideia de sua família ou poderes. Já Alisson (Emmy Raver-Lampman) está casada com um ativista e se tornou parte do movimento por direitos civis.

Diego (David Castañeda) foi posto em um manicômio ao tentar impedir o assassinato de JKF, lá ele se torna próximo da mentalmente instável Lila (Ritu Arya). Luther (Tom Hopper) tornou-se um lutador de luta-livre e guarda-costas de um mafioso. Klaus (Robert Sheehan), com seus poderes e a ajuda de Ben (Justin H. Min), iniciou um culto espiritual, mas agora tenta fugir deles e encontrar seu namorado da época do Vietnã antes que ele parta para a guerra. 

Cinco foi o último a chegar, então ele não estabelece uma vida nos anos 60, ao contrário dos seus irmãos que ficam até bem confortáveis com tudo. É um tanto inconsistente a maneira como eles se adaptam e deixam suas vidas para trás, mas nada que incomode demais o espectador. O que acontece é que o foco do personagem se torna encontrar os irmãos e juntos impedir o apocalipse, Cinco viu todos eles lá e irá fazer de tudo para evitar suas mortes. 

Foto: Divulgação

Família disfuncional

Sem dúvida, o ponto alto da série é a relação entre os irmãos, claramente não é algo saudável, ou normal, porém é a coisa mais importante em suas vidas. Na maioria dos episódios, eles acabam fazendo missões em duplas, trios ou solos, o que facilita para o roteiro e também durante as gravações, mas as melhores cenas entre eles são aquelas em que os seis estão juntos. A dinâmica é ágil e afiada, também fica claro como o objetivo deles acaba sendo sempre proteger uns aos outros. 

Porém, os momentos de desavenças ainda estão lá, e acabam se agravando quando eles descobrem algo importante: a presença de seu pai, Sir Reginald Hargreeves (Colm Feore), em Dallas. A figura paterna acaba trazendo um pouco do caos e das mágoas do passado, ele é a pessoa que aflora o pior de seus filhos, ao mesmo tempo que ainda consegue ajudá-los. De um jeito torto e duro, mas no fim funciona.

Foto: Divulgação

Veredito

A segunda temporada de The Umbrella Academy consegue melhorar o que vimos no primeiro ano, ela aprimora as melhores características de seus personagens e também as piores, já que eles são dados a cometer muitos erros antes de acertar. A dinâmica entre os irmãos vem como um ponto forte, aumentando o carisma deles e reforçando o sentimento bom que sabemos que existe ali.

Os personagens novos cumprem os seus papéis dentro da narrativas, apenas de algumas se alongarem desnecessariamente. A trilha sonora volta de maneira impecável, não há como não se divertir com as músicas que acompanham empolgantes cenas de luta, além da tradicional cena de dança entre os irmãos.

A temporada termina com um ótimo gancho e que parece se distanciar dos plots que moveram os anos anteriores e ainda assim trazendo algo plausível com o que foi apresentado até então. Agora nos resta esperar ansiosos por uma terceira temporada e que ela possa ter tanto êxito quanto suas antecessoras. 

Pontos positivos 

– Trama bem desenvolvida
– Ótima dinâmica entre os personagens
– Excelente trilha sonora

Pontos negativos

– Alongamento desnecessário em subtramas paralelas
– Pouco desenvolvimento para o personagem Número Cinco

NOTA: 9,5