Primeiras impressões de Mulher-Hulk

06/09/2022 - POSTADO POR EM Séries

Desde que a série Mulher-Hulk chegou ao Disney+ em agosto, a internet ficou lotada de comentários, tanto positivos quanto negativos. A produção é inspirada em HQs homônimas e faz parte do universo do herói Hulk. Conferimos os primeiros episódios e vamos contar nossas impressões.

Humor bobo

O humor já havia sido explorado nas produções da Marvel, principalmente nas recentes WandaVision (2021) e Miss Marvel (2022), mas definitivamente Mulher-Hulk não recebeu a mesma fórmula. A nova série utiliza um humor de continuidade e busca explorar a “graça” no cotidiano da personagem Jennifer Walters (Tatiana Maslany).

A grande sacada da série é não se levar a sério, sendo perfeita para quem está procurando algo para se desestressar e apenas se divertir. E essa característica não é apenas audiovisual, mas também está presente nas HQs nas quais a produção foi inspirada.

Inclusive, um dos melhores trunfos dos episódios em questão de humor é justamente trazer momentos engraçados para suas cenas pós-créditos, que andam viralizando nas redes sociais por conta do conteúdo leve e divertido

Imagem de divulgação de Mulher-Hulk

Um pouco mais do Universo Marvel

Desde a aparição do personagem  Rei do Crime (Vincent D’Onofrio) na série Gavião Arqueiro (2021), muito se especulou sobre a possível volta do Demolidor (Charlie Cox) às telinhas. Apesar de já ter sido confirmado que há um projeto solo do herói em andamento, também poderemos conferir o personagem na série de Jen, inclusive, veremos um lado mais leve de Matt Murdock, segundo a criadora e roteirista principal do seriado, Jessica Gao. Será que vem uma batalha de tribunal aí?

Além disso, não é segredo nenhum que a Marvel se aproveitou de Mulher-Hulk para mostrar mais sobre o universo de seu primo, Hulk (Mark Ruffalo), já que por questões de licenciamento e direitos autorais ele não pode receber nenhuma produção solo, então essa é a oportunidade perfeita para explorar sem nenhum problema. Até porque a série já serviu para nos dar um gostinho do que virá para o personagem no futuro com uma cena do segundo episódio.

Imagem de divulgação de Mulher-Hulk

Protagonismo feminino

É bem verdade que as heroínas estão recebendo um destaque maior do que anteriormente no cinema e na TV. Esse é um fenômeno bem interessante de se observar já que entre o público consumidor das produções nerds as mulheres são uma presença mais que garantida, mesmo que ainda exista quem torça contra.

Inclusive a própria série aproveita para transformar essa questão em humor. No terceiro episódio pudemos ver a melhor amiga de Jen, Nikki (Ginger Gonzaga), acompanhar os comentários sobre a heroína nas redes sociais e se deparar com pessoas falando: “Por que transformaram o Hulk em mulher?” ou “Eu gosto de heroínas mulheres, mas vocês deveriam criar as suas próprias”. Comentários claramente machistas que acompanharam outras produções do MCU, como Capitã Marvel (2019). 

Então isso é o estúdio nos dizendo que ele sabe de onde esse ódio vem e que escolhe fazer piada, pois não vai parar de trazer heroínas protagonistas por conta desse tipo de comentário. É claro que a Marvel ainda precisa evoluir na sua representatividade, que vem caminhando a passos lentos, porém em 2022 conseguimos ter uma melhora nesse aspecto, algo que Mulher-Hulk parece estar ilustrando bem. 

Imagem de divulgação de Mulher-Hulk

Efeitos visuais

Infelizmente, nem tudo são flores e não dá para deixar de comentar o grande defeito da série: os efeitos visuais. Que estamos acostumados com a excelente qualidade técnica da Marvel estamos, então é impossível fechar os olhos para as cenas em que fica perceptível o uso de chroma key e outros efeitos visuais computadorizados, o que atrapalha um pouco a imersão de quem for mais atento e detalhista.

Mas não se preocupe, é possível sim assistir e se divertir com o que está sendo proposto na tela. Só tenha em mente que a série não se leva a sério e nem você deve levá-la.

Imagem de divulgação de Mulher-Hulk