Primeiras Impressões de Life & Beth

18/03/2022 - POSTADO POR EM Séries

Que tal uma série que mistura humor irônico com drama? Dirigida e produzida pela atriz Amy Schumer, Life & Beth é o novo seriado de comédia dramática do Hulu, e estreou no Brasil pelo streaming Star+ neste dia 18 de março. Conferimos os dois primeiros episódios e vamos contar nossas impressões iniciais.

Ironias cotidianas

Beth (Amy Schumer) é uma mulher de cerca de 30 anos que mora em Manhattan e trabalha como representante comercial de uma empresa de bebidas e com um relacionamento duradouro. Aparentemente, ela tem uma vida “perfeita” e impressionante para os padrões daqueles que cresceram com ela. 

Um dia, um incidente inesperado acontece e a tira completamente dos trilhos, fazendo com que ela seja obrigada a reviver momentos da sua adolescência através de flashbacks – e assim ela finalmente consegue perceber como sua vida chegou a tal ponto. A partir daí, ela começa uma fase de busca por autoconhecimento, aprendendo a se expressar e a viver de forma mais plena.

Imagem: Divulgação

Piadas nos momentos certos

Quando pensamos em uma série de comédia, a primeira coisa que vem à cabeça são piadas atrás de piadas, porém não é o caso de Life & Beth. O roteiro mescla momentos engraçados, bem estilo vergonha alheia (lembrando muito The Office (2005 – 2013)) com reflexões um tanto profundas, mas sem ser chatas ou clichês.

Essa mistura faz realmente lembrar o dia-a-dia de uma pessoa normal, onde mesmo quando tudo parece mais complicado, pode surgir um alívio cômico que ajude a relaxar nem que seja por dez minutos. Além disso, o roteiro não é nem um pouco tedioso, gerando curiosidade e empatia pela vida de Beth.

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Protagonista interessante

À primeira vista, Beth pode ser alguém que pareça não ter nada para dividir com o espectador ou mesmo a ser contado. Porém, cinco minutos depois do início do primeiro episódio você já começa a se colocar no lugar dela e ver pelo menos algo da sua personalidade nela. Isso acontece principalmente porque ela não é nenhuma diva, mas alguém normal, que acontece de ter uma vida invejável que está sendo vivida no piloto automático.

O roteiro coloca o espectador para rir de Beth em determinadas situações, mas, na verdade, estamos rindo de nós mesmos já que encontramos uma certa identificação com aquela mulher que está vivendo uma vida como se nada demais estivesse acontecendo e todos os dias estivessem fadados a serem os mesmos.

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Ótima direção

A forma como a história é contada é bem interessante, principalmente pela escolha dos flashbacks nos momentos certos, da trilha sonora e dos enquadramentos das cenas. Alguns momentos um close no rosto da personagem nos dá a sensação de que ela está perdida ou com sentimento de vazio muito grande. Em outros, é através dos efeitos sonoros e de pequenas sutilezas que acontecem no dia-a-dia, como mexer no celular durante uma conversa em que não estamos prestando atenção.

Por falar em direção, estamos curiosos para ver o rumo que a série vai seguir ao longo da temporada e mal podemos esperar para continuar acompanhando a jornada de Beth e descobrir onde essa jornada vai levar a personagem.

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