Precisamos conversar sobre as mudanças de Doctor Who

17/07/2018 - POSTADO POR EM Séries

Recentemente, a BBC divulgou um teaser da décima primeira temporada de “Doctor Who” (2005 -), apresentando os novos personagens e Jodie Whittaker – que ocupará o papel principal da série. Essa mudança não apenas trouxe a sensação de novos ares, como também causou bastante burburinho entre os fãs, os chamados “whovians”. As reações foram as mais diversas, da total excitação ao ódio gratuito por, pela primeira vez em mais de 50 anos, a série ser protagonizada por uma mulher!

Apesar de tanta confusão, essa não é a primeira vez que o seriado apresenta uma mudança “radical”! Cola com a gente que a viagem agora é no tempo e espaço para entender melhor que, no universo do “Doutor” mudar é sempre bem-vindo e divertido.

Regeneração

De cara, nós já podemos falar do principal fator que contribui para a longevidade de “Doctor Who”: a regeneração, processo pelo qual um timelord consegue prolongar sua vida alterando completamente suas células – novo rosto, nova personalidade, novos rins! Pra quem já é fã da série isso é bobagem, mas quem acaba de conhecer sempre se pergunta “será que vou gostar do Outro Doutor?”.

E sim, existe uma dificuldade, afinal de contas, passamos anos vendo o mesmo rosto interpretando o papel do viajante do tempo… mas, nas palavras do próprio: “o tempo muda, e eu também”. De toda forma, o que surge para retirar o ator William Hartnell do papel de 1⁰ Doutor e substituí-lo por alguém mais jovem pode até ser visto como uma forma de lucrar em cima de série, mas também é o que a impulsiona a alcançar novas gerações.

Hiato

Entre os anos de 1989 e 2005 houve um grande hiato em “Doctor Who”, com apenas um filme lançado em 1996. Esse tempo “morto” enquanto série televisiva (audiodramas eram produzidos, mas não tiveram o alcance da TV) serviu para, mais uma vez, reformular as coisas. A verdade é que um show sendo visto durante 26 anos cansa até mesmo a mais dura das audiências, então a BBC decidiu, por fim, colocar nosso amigo espacial na geladeira… até que em 2005, com Christopher Eccleston, a série retornou com um enorme sucesso.

Tudo novo: Doutor, companhia (à época, Rose Tyler, interpretada por Billie Piper), e, claro, nova TARDIS, a nave com capacidade para viajar no tempo e espaço. Essa renovação da série causou desagrado entre os fãs mais antigos (essa é uma regra do universo, inclusive: quanto mais velho o fã, mais chato ele é [#George]), mas a verdade é que a franquia britânica foi alçada a um patamar jamais visto antes, sendo apreciada não só na terra da Rainha, como no mundo todo!

Foto: Divulgação

Companhias

Ao longo de “Doctor Who” tivemos muitas pessoas viajando com o Doutor. E cada uma dessas pessoas foi especial de alguma forma. Elas eram, em si, pequenas mudanças feitas pela direção do show: é sobre as companhias que pairam os questionamentos sobre as questões raciais, sexuais, religiosas, entre outras. Temos casais de diversas orientações sexuais, temos mulheres fortes e homens que sentem-se à vontade para demonstrar suas fraquezas.

Enfim, cada nova companhia adiciona não apenas riqueza no enredo, como traz aos espectadores as novas circunstâncias do mundo. Talvez por isso “Doctor Who” agrade aos mais diversos públicos, pois com variados escritores, produtoras, atrizes e atores, a série consegue sempre manter-se atual! E viva a diversidade.

Foto: Divulgação