Desenvolvido pela Zenovia Interactive e publicado pela Tribute Games, Steel Assault já está disponível para Nintendo Switch e PC. O game de ação 2D retrô revive toda a glória dos jogos arcade dos anos 1990, como Gunstar Heroes (1993), The Adventures of Batman and Robin (1994) e Castlevania: Bloodlines (1994).

Confira o veredito e descubra se vale a pena ou não jogar! 

P.S: A análise foi escrita a partir da versão do Nintendo Switch.

História

Porque choras, Brasil? Numa realidade paralela ao nosso país (rsrs), Steel Assault apresenta Taro Takahashi, um soldado da resistência que entra numa missão de vingança contra o ditador que governa sobre as cinzas de tudo que restou da América. 

Apesar de toda a nostalgia e inúmeras referências, a história acontece de forma muito sutil e sem grandes diálogos, estando ali apenas como plano de fundo para muita ação e bomba. A narrativa não pode ser vista como um grande forte do game, que erra ao investir muito nos combates e pouco na construção do personagem. 

É importante reforçar que o jogo está totalmente localizado em português brasileiro, o que podemos considerar uma vitória quando falamos de jogos para o Nintendo Switch, conhecidos por ficarem apenas em inglês.

Fases e chefes 

Não há como negar que as fases e tudo que está ali é bonito e bem caprichado. Se você, assim como eu, também jogava muito Super Nintendo ou Mega Drive, vai encher os olhos ao explorar e viver cada uma das cinco fases disponíveis. 

Inclusive, lembrou demais a dinâmica de Metal Slug (1996-2018), um dos meus jogos preferidos da infância, tanto no quesito técnico quanto na variedade de inimigos. Os chefes também são bem divertidos e requerem que você pense em estratégias para vencer, então não basta ficar só apertando o botão e batendo, você precisa pensar! 

E claro, o design de cada chefe é muito bom. Vale até reforçar que o maior desafio do jogo fica por conta deles mesmo, pois as fases em si não são tão desafiadoras. Todo jogador vai conseguir superar os desafios com tranquilidade, porém somente quando chega nos chefes que será possível enfrentar verdadeiras dificuldades. 

Gameplay

Matar os inimigos com chicote e se “pindurar” com o gancho é massa. Você consegue ter agilidade para explorar diversos pontos das fases, trazendo mais dinamismo e diversão. Porém, confesso que senti um pouco de falta de elementos inovadores para o gênero, ou até mesmo novos itens para usar contra os chefes. 

Como falei, chicote e gancho são bons, mas o jogo ficaria muito melhor se houvesse uma maior variedade de itens equipáveis, e também até novas fases. O fato é que o título apresenta bons momentos de ação, e você certamente vai gostar tanto que vai pedir mais coisas para fazer ou para atirar. 

Vale a pena?  

Antes de qualquer coisa, é preciso reforçar que joguei o título no Nintendo Switch. Logo de cara já tive uma frustração, pois o game não funcionava quando o console utilizava a língua portuguesa. Para realizar esta análise, tive que mudar o idioma do console para inglês e somente assim pude experimentar o jogo. A situação deve se resolver nos próximos dias, mas não poderia deixar de registrar aqui para os donos de Nintendo Switch. 

Dito isso, vamos para o principal: o jogo é divertido, tem bons momentos de ação, gráficos perfeitos e referências sensacionais. Se você gosta desse gênero, pode sim dar uma chance, mas é importante estar ciente que o game poderia ser muito melhor. 

Infelizmente, o filho da Zenovia Interactive e Tribute Games, não se propõe a trazer novidades para o gênero e acaba ficando muito preso na nostalgia. O desejo que fica em quem jogou é o de querer novas fases, novos equipamentos e mais chefes. 

Pontos positivos

• Gráficos incríveis 
• Chefes desafiadores 
• Nostalgia pura 

Pontos negativos

• Poucas fases
• História poderia ser melhor trabalhada
• Pouca variedade de equipamentos

NOTA: 7,0