Veredito de Backbone

29/10/2021 - POSTADO POR EM Jogos

Mistério, investigação e aventura! Esse é o cenário do novo jogo do estúdio Raw Fury, Backbone. A aventura de mistério pós-noir chega para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X/S e Game Pass, trazendo como novidade a tão aguardada localização para o português brasileiro.

As versões Switch, Mac e Linux permanecem em desenvolvimento e estão previstas para o final deste ano. Tivemos a oportunidade de testar no PS4 e vamos contar nossa opinião. Que tal conferir?

História

Howard Lotor é um detetive particular bem solitário e pessimista. Apesar de ser pouco sucedido, é contratado para resolver um caso de suposto adultério.

Em uma cidade fictícia e bastante opressora, cheia de corrupção e onde os moradores aparentam muito sofrimento, Howard começa sua investigação no The Bite, um bar bem barra pesada. Inicialmente, o caso não parece que terá muita reviravolta, mas logo no prólogo, temos o primeiro plot Twist.

Quando Howard começa sua investigação, o caso inicial de adultério parece bem bobo tendo em vista os acontecimentos seguintes: uma conspiração política cheia de corrupção e assassinatos.

A história está dividida em prólogo, cinco atos e epílogo. Entre cada uma das partes, temos um arremate do enredo com uma animação bem interessante, onde de certa forma o jogador consegue ter uma espécie de resumo de tudo que aconteceu.

O ato mais longo é o segundo, onde temos uma noção melhor de quem é o Howard, suas aspirações e como é sua relação familiar. É nele também onde precisamos ir mais fundo, exige maior concentração.

Nas duas vezes que joguei, tive dois finais diferentes, porém até o quarto ato o desenrolar foi praticamente o mesmo, com pouquíssimas mudanças. Já o quinto ato e o epílogo foram bem diferentes, apesar de igualmente tristes. 

No primeiro final, foram praticamente seis horas de jogo, já no segundo foram sete. Ambos os finais faziam todo sentido para a história, o que me fez ficar mais interessada ainda no título.

Imagem: Divulgação

Personagens

Quando começamos a investigar, novos personagens são apresentados gradualmente. Além de Howard, logo conhecemos a investigadora Renee que começa a ajudá-lo a solucionar o mistério. 

Backbone não tem um único vilão, mas tem várias pessoas que nem são boas nem más, porém possuem personalidades com vários traços de desvio de caráter. É claro que existe uma quadrilha, mas só vamos entender a sua motivação no epílogo, ou seja, não adianta julgá-los só por alguns momentos de desconfiança.

Em muitas missões, mais personagens vão surgindo, a grande maioria deles tem pouco espaço no jogo, mas são muito importantes para o desenrolar de tudo.

Vale lembrar que só é possível jogar com Howard, os outros personagens são apenas NPCs ou aparecem nas animações de cenas que amarram a história.

Imagem: Divulgação

Gameplay

O jogo é todo feito em 2D, lembrando bem títulos de consoles como Mega Drive e Nintendinho. Só é possível andar de um lado para outro, em alguns momentos é necessário que Howard pule ou se agache para fugir de possíveis inimigos ou conseguir acessar locais que ajudem na busca.

O jogo tem uma mecânica bem parecida com títulos como Detroit: Become a Human (2018), porém com menos sofisticação. O jogador precisa tomar decisões a cada situação que surge e a partir das respostas, haverá um final diferente.

À medida em que vamos andando pela cidade, vão aparecendo além de personagens para conversar, também pistas a investigar. Nos diálogos, precisamos fazer com Howard escolha a melhor opção entre as alternativas para evitar que ele seja pego ou para fazer com que a testemunha ou investigado fale.

Imagem: Divulgação

Veredito

Backbone é um jogo indie bem interessante, não só pelo seu gameplay, mas também pelo seu visual belíssimo. É praticamente impossível não ficar contemplando a beleza da arte.

A história é cheia de plot twist, o que deixa o jogador bastante interessado em saber qual será o desenrolar da trama. É impressionante como Howard não deixa de ser pessimista, mas evolui bastante no decorrer através da reflexão sobre a condição humana, como por exemplo qual seria a “missão” de cada um e seus feitos. 

Além disso, também é possível notar que o protagonista se torna mais envolvido e decide fazer qualquer coisa para desvendar os mistérios e salvar todos que precisarem.

As animações ajudam o jogador a ter uma experiência praticamente cinematográfica da história. Também possuem uma estética muito bonita, com cores e traços que chamam bastante atenção.

Os finais são interessantes, mesmo quando parecem tristes, apesar de um único problema, em um deles, quando joguei, o caminho foi muito curto no quinto ato e acabou ficando muito corrido, o que chega a ser um tanto abrupto. Lembrando que, eu joguei duas vezes e obtive dois finais.

Com certeza, a Raw Fury fez um excelente trabalho, já que mesmo quando não estamos jogando, o título nos convida a refletir o tempo inteiro por discutir bastante filosofia na investigação e ter um tom bastante minimalista. 

Imagem: Divulgação

Ponto Positivo:

  • História 
  • Gameplay
  • Animações

Ponto Negativo:

  • Dependendo do final que o jogador tiver, o jogo se tornará muito curto e o mesmo não terá uma experiência tão completa do jogo.

Nota: 9.0