Análise de Avatar: Frontiers of Pandora

18/12/2023 - POSTADO POR EM Jogos

Durante o Ubisoft Forward de agosto deste ano, Avatar: Frontiers of Pandora foi anunciado do mais absoluto nada, e ninguém estava preparado. Hoje, seis meses depois, o título já está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, oferecendo uma chance de imersão nos encantos e desafios do planeta Pandora.

Sob a tutela da Ubisoft Massive, o jogo tem o enorme desafio de apresentar a mesma qualidade dos filmes de James Cameron. Nesta análise, vamos te falar se vale a pena ou não embarcar nessa aventura!

>> VEREDITO DE AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA

História

Na trama, você assume o papel de uma criança Na’vi que foi sequestrada pela RDA para ser treinada como um soldado e servir como símbolo da ‘humanidade’. Após uma série de eventos, você se vê livre, buscando descobrir suas origens e unir as tribos de Pandora para resistir à ameaça militar.

O Na’vi protagonista é totalmente personalizável, permitindo escolher entre diferentes tipos de corpos, vozes e pinturas corporais. Assim como os jogadores, ele precisa aprender a ser um Na’vi, aproveitando sua incrível força e agilidade para navegar pelo mundo aberto.

A campanha principal tem duração de 15 horas, e pode ser enfadonha principalmente no começo, pois tem um ritmo lento e desinteressante. Aos poucos, vai melhorando, mas no final não tem uma entrega satisfatória digna do universo criado por James Cameron. Tive a sensação de que o estúdio quis fazer várias coisas, mas não conseguiu fazer um bom trabalho narrativo em quase nada, já que há muita coisa repetitiva que está ali somente para ocupar tempo de tela.

Resultado: Embora a história prometa um épico de resistência e autodescoberta, a narrativa peca por não explorar totalmente seu potencial, resultando em uma jornada que, apesar de interessante, deixa um gosto amargo na boca.

Imagem de Avatar: Frontiers of Pandora

Gameplay

O jogo oferece uma experiência de mundo aberto imersiva, onde a exploração desempenha um papel importante. Ao personalizar nosso Na’vi, somos incentivados a nos integrar ao modo de vida desse povo e a utilizar suas habilidades de forma estratégica.

A progressão do personagem por meio de níveis oferece melhorias graduais, mas a sensação de desafio nem sempre é equilibrada. Por exemplo: Se você estiver no nível 5, e a missão for nível 6, você dificilmente vai conseguir passar daquela fase. Para isso, vai precisar fazer alguma missão secundária para subir de nível e equilibrar as coisas. O problema mora exatamente aí: porque a missões secundárias são repetitivas e cansam demais, o que quebra demais o ritmo da campanha principal.

A mecânica de combate oferece opções de especialização, permitindo que os jogadores personalizem seus personagens para se tornarem caçadores, guerreiros, sobreviventes ou criadores. A variedade de armas disponíveis, incluindo rifles e arcos artesanais, adiciona uma camada de escolha estratégica ao combate. Porém, a simplicidade geral do sistema pode deixar a desejar para aqueles que procuram desafios mais complexos.

Os postos de observação da RDA destacam-se como pontos de confronto principais, proporcionando batalhas mais intensas. A falta de variedade nos inimigos pode levar a encontros que se tornam previsíveis e menos envolventes com o tempo.

Por outro lado, a verticalidade do ambiente é uma característica legal, permitindo escaladas e movimentação única, adicionando dinamismo à exploração. A interação com o ecossistema, a coleta de recursos e a caça são elementos-chave, proporcionando uma conexão mais profunda com o mundo de Pandora.

Imagem de Avatar: Frontiers of Pandora

Gráficos e trilha sonora

A beleza visual de Pandora é indiscutível. O jogo cativa com ambientes expansivos e detalhes meticulosos que capturam a essência do mundo imaginário de James Cameron. Quanto à trilha sonora, os elogios são direcionados aos efeitos de áudio envolventes e à localização completa para o Brasil, enriquecendo a conexão emocional do jogador com o universo de Pandora.

Inclusive, aqui temos um ponto de atenção: a dublagem em português está com um bug. Por exemplo, se você definir o seu personagem como masculino, os NPCs se referem a você como feminina. E se você definir seu personagem como feminino, você é tratado como masculino. No X (antigo Twitter), encontrei algumas pessoas passando pelo mesmo problema. Espero que o problema seja resolvido numa atualização futura.

Imagem de Avatar: Frontiers of Pandora

Veredito

Avatar: Frontiers of Pandora entrega uma jornada visualmente deslumbrante, mas enfrenta diversos desafios técnicos. A história, embora promissora, oscila entre momentos legais e outros desinteressantes, deixando um gosto agridoce na experiência global. A progressão de personagem, embora ofereça opções de especialização, é prejudicada pela necessidade de missões secundárias repetitivas, impactando o ritmo da campanha.

Apesar dos obstáculos, a exploração de Pandora continua sendo uma experiência cativante, proporcionando momentos de encanto e imersão no universo de Avatar. A exploração, especialmente ao voar no majestoso ikran, oferece momentos deslumbrantes.

E aí, vale a pena comprar? A minha resposta é simples: utilize o serviço de assinatura da Ubisoft, o Ubisoft +, por R$ 49,90 e faça um bom proveito, até porque se você for comprar terá um custo básico de no mínimo R$ 299,99 (dependendo da plataforma).

Pontos Positivos:

  • Ambientes expansivos e detalhes meticulosos.
  • Totalmente dublado em português.
  • Gráficos competentes.
  • Personalização do personagem.

Pontos Negativos:

  • Narrativa que não atinge seu potencial.
  • Progressão desbalanceada e missões secundárias repetitivas.
  • Simplicidade no sistema de combate.
  • Bug na dublagem em português.

Nota: 7.0 / 10