De Sangue e Cinzas é o primeiro livro da série que leva o mesmo nome. Iniciada em 2020 pela norte-americana Jennifer L. Armentrout, a história já conta com quatro livros e um spin-off, todos lançados no Brasil pela Editora Galera, do Grupo Editorial Record. Confira o que achamos do primeiro volume desta saga.

A donzela cansada

Poppy é uma jovem que está cansada de viver presa sobre o título de Donzela do Reino. Ela tem apenas 18 anos, mas sabe que seu trabalho requer um sacrifício enorme para sua juventude. Utilizando-se da vantagem de ninguém conhecer seu rosto, a jovem tira proveito para fugir de suas obrigações por uma noite, mas que é suficiente para mudar toda sua vida.

Buscando viver algo diferente, ela conhece o mais novo guarda de sua escolta em um local nada ortodoxo, e imediatamente se interessa pela forma como o rapaz conduz o encontro. Hawke Flynn vira o mundo de Poppy pelo avesso, em mais de um sentido.

Quando é exigido o retorno da Donzela à capital, após um ataque de feras sanguinárias conhecidas como Vorazes ao Palácio do Duque, Flynn é o cavaleiro mais hábil da guarda para levar a jovem em segurança. Mas nem tudo é o que parece ser, e um dos maiores segredos de Poppy acaba escapando, enquanto os do jovem guarda parecem estar cada vez mais seguros.

A morte é como uma velha amiga que faz uma visita: às vezes, surge quando menos se espera, e outras, quando você está esperando por ela. Não é a primeira nem a última vez que a morte faz uma já visita, mas ela não deixa de ser dura e implacável.

De Sangue e Cinzas, pág 15.

Mitologia vampiresca

Uma das melhores coisas da história apresentada por Jennifer L. Armentrout, é o fato de que o leitor só irá perceber que se trata de uma história vampiresca se ele conhecer a mitologia associada ao personagem. Enquanto isso, somos apresentados a uma guerra de reinos com criaturas mágicas.

O ritmo do livro pode ter falhas em seu início, mas quando tudo se encaixa e passamos a falar do fantástico na escrita, o dinamismo na história muda. Esse acaba sendo um dos motivos pelo qual a série se tornou popular, mesmo com um tema tão batido.

Características dos vampiros permanecem de forma a ser fiel ao senso comum, mas a origem da criatura sofre uma modificação que torna o enredo mais complexo, sem estragar nenhum conhecimento prévio que se tem do assunto. Por esse motivo, o romance ainda é o principal tema do livro, mas a mitologia vampiresca ressalta o plano de fundo e os personagens em um casamento muito bem escrito.

E muito embora eu fosse a Donzela, a Escolhida, nunca seria vista como divina. De acordo com o Duque, eu não era bela.
Eu era uma tragédia.

De Sangue e Cinzas, pág 54.

Veredito

De início, a história começa sem delongas à introdução do casal, e já deixa claro sua proposta: o romance. Mas é necessário ressaltar que o livro é introdutório em grande parte dele, talvez por esse motivo acabamos achando a história lenta e com um ritmo cansativo em De Sangue e Cinzas.

Os acontecimentos que fazem a série ter força só são deixados claros já quase no final, o que é um grande sacada, pois irá fazer o leitor querer pegar o livro seguinte imediatamente.

Os personagens são cativantes, com backgrounds bem desenvolvidos e também reais motivações, além de serem realistas com suas histórias, não sendo engolidos por outras narrativas em momento algum. De Sangue e Cinzas é recomendado aos fãs de livros vampirescos, romance e que gostam de reinos de fantasia, com personagens de moral cinzenta e protagonistas violentos.

Pontos positivos:

• Mitologia vampiresca
• Personagens bem desenvolvidos

Pontos negativos:

• Enredo bastante introdutório

NOTA: 8.5/10