Nesta quarta-feira (04), a tão aguardada versão de Edward Cullen a respeito do primeiro livro da Saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer, estará disponível aos fãs depois de mais de uma década. Publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, a publicação é intitulada Sol da Meia-Noite. 

A série foi um fenômeno mundial, tanto na literatura como no cinema, ganhando diversos prêmios e alavancando um sucesso de bilheteria atrás do outro. Pensando nisso, nós do Roteiro Nerd preparamos uma lista sobre quais as nossas expectativas a respeito deste lançamento. Mas Antes de tudo, vamos lembrar um pouco a respeito da história original.

Isabella Swan (Bella) é uma garota completamente normal que decide morar na entediante cidade de Forks, com seu pai, Charlie, o chefe de polícia; enquanto sua mãe, Renée, segue com o novo marido. Chegando lá a protagonista conhece Edward Cullen, um rapaz que salva sua vida de forma misteriosa. Intrigada cada vez mais pelo jovem, Bella acaba descobrindo que seres sobrenaturais existem e se vê apaixonada por um vampiro.

“De três coisas eu estava convicta:
Primeira, Edward era um vampiro.
Segunda, havia uma parte dele – e eu não sabia que poderia essa parte teria – que tinha sede do meu sangue.
E terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele.”

Crepúsculo, contracapa.

Antes de Bella

Uma das expectativas é saber como era o comportamento de Edward antes da chegada de Bella. No filme, passa a impressão de que ele é bastante popular, e no começo do livro também temos essa visão pelo olhar da garota, mas depois de um tempo, percebemos que não. 

Edward e sua família, de fato, conseguem se misturar muito bem entre os demais alunos, mesmo com sua beleza que se destaca. Então, ainda que eles sejam alvo de fofoca da escola, os vampiros não são de fato reparados diariamente, até a chegada da protagonista de Crepúsculo.

“Com pesar, percebi a provável causa – ninguém mais tinha ciência da presença de Edward como eu. Ninguém o observava da forma como eu fazia. Que pena.”

Crepúsculo, páginas 58 e 59.

Seu passado

Parece algo que já foi explorado bastante em todos os livros, mas talvez sejamos surpreendidos neste aspecto. Edward foi transformado em 1918, aos 17 anos, no auge da Gripe Espanhola em Chicago (um tema bem relevante nos dias atuais), seus pais morreram ali, próximo a ele, na enfermaria… Será que ele reprimiu alguma parte desse passado que ele não achava relevante para Bella?

Os sussurros

Talvez só quem tenha lido recentemente vai se lembrar o quanto Edward tem o hábito de sussurrar seus pensamentos, e Bella tem a incapacidade (humana talvez?) de entender bem o que ele estava dizendo. Isso pode deixar quem está lendo curioso para ouvir essa perspectiva, e saber se vai trazer uma novidade para a história.

As mudanças de humor e ceticismo

Edward tem constantes mudanças de humor em Crepúsculo. Porém não por menos já que o personagem está faminto, e em constante batalha com sua moralidade. O fato dá diferentes tons ao livro, seguindo até mesmo uma linha de raciocínio contraditória em algumas cenas, mas não pela falta de autopreservação que vemos em Bella, e sim pela sua consciência. 

Já o filme traz muito do romance presente no livro, ao contrário da narrativa literária, que possui um tom sarcástico e cético. O que reflete um humor ácido, principalmente nos diálogos entre Bella e Edward. Nós já entendemos como funciona a linguagem da garota, será interessante ver esses discursos analisados pela perspectiva do vampiro. 

“- Você tem distúrbio de personalidade múltipla? – perguntei séria.”

Crepúsculo, página 68.

Os Cullens, as noites e fora da escola

Nós conhecemos a família de Edward de uma forma bastante limitada pela visão de Bella, ainda em Crepúsculo, e vamos sabendo um pouco mais no decorrer dos demais livros da saga, mas sempre em relação à protagonista. Será uma novidade ver como eles interagem como família e clã antes da chegada da humana, durante seu cotidiano.

As noites parecem ser um grande palco para essas interações, mesmo que Edward passe a visitar a protagonista depois de um tempo. Já esse é outro aspecto que vamos ver sendo narrado e descobrir um pouco mais sobre o olhar do vampiro.

Há várias cenas de Edward fora da escola e longe de Bella até metade do livro, quando ele finalmente “quebra as regras”. Saber o que ele estava fazendo será um dos grandes mistérios a serem revelados em Sol da Meia-Noite. Mesmo que o rapaz já tenha comentado sobre estar caçando ou visitando “outros parentes”, não sabemos como essas cenas realmente se passam ou o que ele editou para facilitar suas respostas.

Um adolescente eterno

Mesmo que ele já possua mais de 100 anos, Edward ainda é um adolescente fisicamente. Será que seus hormônios também pararam no tempo e o acompanham junto com seus pensamentos? É uma pergunta que poderá ser respondida com o novo livro. As cenas de contato físico entre ele e Bella em Crepúsculo são bastante limitadas, por questões óbvias, mas ele deixa claro que a vê com desejo, parece que vamos saber o quanto.

“- Seus instintos humanos…- comecei. Ele esperou.- Bom, você me acha atraente nesse sentido, afinal?
Ele riu e desarrumou de leve meu cabelo quase seco.
– Posso não ser humano, mas sou um homem – garantiu-me ele.”

Crepúsculo, página 227.

Música e hobbies

Edward é um artista, músico, e gosta bastante de compor. Talvez sejamos presenteados com cenas mais poéticas nesse aspecto, e descobriremos suas demais referências, além de Debussy e música clássica. Além do mais, o jovem parece ter muito tempo livre, e com isso, podemos descobrir outros passatempos não citados em Crepúsculo ou antes mesmo de Bella aparecer.

Início da família

Será que iremos saber mais sobre as primeiras impressões que Edward teve com seus familiares? Seria algo também incrível de ler. Já que o rapaz foi o primeiro a ser transformado por Carlisle, ele teve que dar a boas-vindas a cada membro do clã, e nós sabemos a história de todos eles, mesmo que não de forma profunda. Será que o novo livro irá abordar esses passados também, mas na visão do vampiro?

O instinto protetor Vs a falta de autopreservação

Não há como questionar que Edward é bastante protetor quando se trata de Bella. O filme parece trazer isso de uma forma até exagerada, se comparada ao livro, já que ele sempre a deixa escolher (e não de uma forma coerciva), mas ele está lá. 

Enquanto Bella não parece ter nenhum instinto de autopreservação, mesmo quando o rapaz se afasta dela com a intenção de deixá-la segura. Essa dualidade no ponto de vista da protagonista não é posto muito em perspectiva, mas ele deixa claro que fica frustrado com essa tendência dela a encontrar perigo aonde quer que vá.

“- Está se referindo ao fato de que não consegue andar numa superfície plana e estável sem encontrar alguma coisa em que tropeçar?”

Crepúsculo, página 158.

Leitura de Mentes

O vampiro contou para à garota como ele percebeu que lia mentes e como funciona, em teoria. Mas uma alta expectativa, sem dúvida, é saber como funciona na prática, e como o rapaz a utiliza. Há algumas cenas em Crepúsculo com Edward e seus familiares que é basicamente telepática, e que ele, propositalmente edita para não preocupar Bella, mas que finalmente saberemos seu conteúdo em Sol da Meia-Noite.