Criado nos anos 1930, o super-herói Superman retorna às telonas em uma nova versão dirigida por James Gunn (trilogia Guardiões da Galáxia). Estrelado por David Corenswet, Rachel Brosnahan e Nicholas Hoult, o longa promete renovar o legado do herói mais icônico da DC Comics. Já assistimos e compartilhamos agora nossas impressões.

Enredo

Clark Kent (Corenswet) é um jovem jornalista do Planeta Diário em Metrópolis. O que ninguém sabe é que ele, na verdade, veio do planeta Krypton e possui poderes extraordinários, que usa para salvar vidas e combater o mal. 

Seu heroísmo, no entanto, interfere nos planos do bilionário Lex Luthor (Hoult), que decide eliminá-lo de uma vez por todas.

Uma nova luz para a DC

Depois de uma série de produções problemáticas da DC na Warner e do desgaste da estética sombria dos filmes de Zack Snyder, Superman chega como uma grata surpresa. O novo longa traz cores e resgata de forma escancarada os primeiros quadrinhos do super-herói. 

O roteiro evita o tom excessivamente melancólico e investe em uma versão mais humana e emocional do herói, que se conecta melhor com as gerações mais jovens. David Corenswet entrega um Superman sensível, inspirador e carismático, que consegue dialogar com o presente sem perder suas raízes.

Narrativa envolvente

A trama é bem estruturada e dinâmica, oferecendo ritmo e emoção na medida certa — ao menos na maior parte do tempo. Em alguns momentos, o filme dá a impressão de estar encerrando, mas ganha novo fôlego com reviravoltas inesperadas. Embora essas retomadas mantenham a atenção do público, o excesso de “finais falsos” pode gerar cansaço. Uma edição mais enxuta tornaria a experiência ainda mais fluida.

Outro ponto a se ressaltar é como o roteiro consegue dar a Lois Lane (Brosnahan) sua devida importância, trazendo ainda outro personagem que contrapõe a sua personalidade, o que produz uma dinâmica interessante em tela. 

Veredito 

Superman é uma excelente reinvenção do herói, equilibrando reverência ao material original com uma linguagem mais contemporânea. O roteiro é envolvente, mas se tivesse alguns minutos a menos, seria ainda mais impactante.

Os personagens são muito bem feitos, com destaque para a dinâmica entre Lois Lane e Mr. Terrific (Edi Gathegi). Os dois possuem um timing de comédia que vai além do texto proposto, revelando o quão entregues e dedicados estão os atores.

A direção de James Gunn é mais uma vez algo de louvor. Tirar o peso das cores escuras e de cenas de closes foi uma escolha acertada. Ao mostrar criaturas diferentes e ainda resgatar a Fortaleza da Solidão, Gunn dialoga de forma clara com os quadrinhos. Um verdadeiro presente para os fãs.

Pontos positivos:

• Direção 
• Elenco
• Plot
• Personagens 
• Referências

Pontos negativos:

• Ritmo irregular em alguns momentos; poderia ser mais conciso

NOTA: 9/10