Sobrenatural: A Porta Vermelha é o quinto filme da franquia Sobrenatural (2010 – ). Dessa vez Patrick Wilson, além de estrelar o longa, assumiu também a direção, sendo sua primeira vez na função. Conferimos o longa e vamos contar nossas impressões.
ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DOS FILMES ANTERIORES DA FRANQUIA.
Enredo
Após perder a mãe, Josh (Patrick Wilson) decide deixar seu filho, Dalton (Ty Simpkins), na faculdade onde iniciará os estudos, como forma de se reconectar com ele.
Logo no início do curso, o garoto passa a ter sonhos estranhos e se sente atormentado por não conseguir lembrar de forma clara de seu passado.
Terror fraco, muito drama
A narrativa de Sobrenatural: A Porta Vermelha é lenta, carecendo de sustos e cenas aterrorizantes para manter o espectador engajado. O roteiro tem um pouco de mérito e é funcional até um certo ponto, mas deixa de responder perguntas levantadas pelo mesmo. Além disso, ele ignora algumas teses construídas nos filmes anteriores da franquia.
No geral, o longa acaba sendo bem esquecível, já que como terror ele não funciona, faltando o terror psicológico anteriormente abordado na saga. Além disso, a trama apela demais ao emocional, se tornando quase um drama, mas cujos conflitos não são elaborados como deveriam.
Até quando teremos continuações?
Sequências são sempre polêmicas, pois existe um peso para manter ou até mesmo elevar a qualidade do que veio anteriormente. Quanto mais continuações você faz, mais fica difícil segurar essa régua, então a questão principal acaba sendo saber quando parar. Até onde o enredo tem pano pra manga e quando merece um encerramento digno de ser lembrado. Talvez esse seja o problema da franquia Sobrenatural.
Sabemos que existe um spin-off sendo encaminhado e este último filme deixa claro isso. Porém já fica nítido que a franquia precisa de um fim, pois o rumo que ela está tomando não está sendo satisfatório.
Veredito
Sobrenatural: A Porta Vermelha é um filme morno que não assusta, mas tem seu mérito. Isso fica mais por conta do plot que deu origem ao enredo, já que a ideia de “enfrentar os demônios interiores” é bem legal e poderia ser melhor explorada.
O roteiro do filme deixa a desejar principalmente por enrolar muito e apelar para a emoção. A direção é bem interessante, mas às vezes toma uma ou outra decisão errada, mostrando demais ou com cortes secos. Isso pode se dever à inexperiência de Wilson na função, mas isso só saberemos se ele seguir nessa empreitada.
O elenco mais uma vez entrega um trabalho maravilhoso, em especial Patrick, que mostra um personagem claramente atormentado não só por “demônios”, mas também pelas próprias escolhas do passado.
Pontos positivos:
- Elenco
- Plot
Pontos negativos:
- Roteiro lento
- Filmes sem susto
- Direção com decisões erradas
NOTA: 6/10