A aguardada conclusão da trilogia Guardiões da Galáxia finalmente está entre nós. Após um período conturbado de pré-produção onde o diretor James Gunn foi demitido e depois readmitido pela Disney, o capítulo final de uma das franquias mais singulares do MCU promete muito. Mas será que entrega? Confira a resposta em nosso veredito a seguir.
O Famigerado Terceiro
Com menos de dez minutos de filme, somos apresentados logo a uma trama rápida, sem qualquer lembrança ou recapitulação de acontecimentos que justifiquem a chegada de Adam Warlock (Will Poulter) ao planeta Lugarnenhum. O público precisa forçar a memória para lembrar da cena extra do segundo filme dos Guardiões, lançado há mais de cinco anos. E mesmo assim, o ritmo da luta se perde. O confronto parece deslocado e sem nexo, sendo necessário um personagem apontar o que de fato aconteceu.
A saga do filme se inicia então, com a equipe do Senhor das Estrelas, Peter Quill (Chris Pratt), em busca de um objetivo: salvar a vida de Rocket (Bradley Cooper), enquanto passeamos por memórias do personagem e, seguindo a marca registrada da franquia, uma nova playlist (ainda que o ritmo das músicas traga mais questões do que agregue às cenas).
E com tudo isso de início, é possível sentir que franquias que conseguem chegar ao público em seu terceiro volume e agradar a todos podem ser contadas nos dedos. Guardiões da Galáxia, infelizmente, não consegue entrar para esta seleta lista. Com furos de roteiro, um ritmo complicado e humor cansado, a Marvel perde mais uma chance em sua nova fase.
Diretor Criativo
James Gunn, atualmente novo diretor de criação da DC, quis finalizar seu querido projeto com a Marvel com chave de ouro. Sendo responsável, mais uma vez, não apenas pela direção, mas também o roteiro, Gunn acabou pecando bastante em tentar abraçar o mundo dos heróis com as pernas, e entrega um terceiro volume sem relevância para o futuro da Marvel ao mesmo tempo que é previsível para os fãs.
Os efeitos especiais ganham um novo espaço mediante a falta de ritmo no roteiro, e acabam sendo o maior parabéns para o diretor nesse final de saga. As cenas de luta são agregadas a esses efeitos, e fazem com que o público ainda sinta a emoção de estar vendo uma produção do MCU enquanto deixam claro que não é apenas isso que leva as pessoas ao cinema.
A falta de novidades e surpresas na história, porém, pesa de uma forma palpável, e é notória a necessidade de atualização na fórmula.
Veredito
Eu não participei, oficialmente, de nenhum bolão sobre quem morreria em Guardiões da Galáxia, mas já adianto um ponto: é decepcionante o quanto se tornam previsível as reviravoltas da Marvel, então a expectativa que o público pode estar botando no novo filme do MCU pode ser frustrante.
O filme entrega um ponto final para vários personagens, e anuncia o fim desta fase e grupo de Guardiões, o que dá espaço para Kevin Feige trabalhar em novos desenrolares para as diferentes equipes formadas nos quadrinhos.
Finalmente, se faz necessário dizer que existem duas cenas pós-créditos no filme. Se são relevantes? Apenas o futuro dirá, mas não há, assim como o filme, qualquer relevância para o atual cenário que se desenvolve no fim da franquia.
Pontos Positivos
- Efeitos Especiais
- Cenas de Luta
Pontos Negativos
- Falta de Ritmo
- Furos de Roteiro
Nota: 6.5