No futuro, o desenvolvimento tecnológico vai nos proporcionar viajar por entre os planetas e galáxias de maneira mais rápida. Esses mundos serão dominados por um Império e diferentes raças humanóides irão surgir.
É assim o universo de Duna, filme de Denis Villeneuve, que estreia hoje (21) no Brasil. Nesse texto você vai poder ver as nossas impressões da obra, pois tivemos a oportunidade de participar da cabine de imprensa do longa. Confira!
Em um planeta distante
Essa é uma daquelas histórias que possuem um vocabulário próprio e muitas particularidades. Se você quiser entender melhor, é só ler aqui o texto que escrevemos anteriormente.
Duna, nos mostra os conceitos de Império, Casas, Especiaria e do planeta Arrakis, que também é chamado de Duna. Vamos conhecer Paul (Timothee Chalamet), o jovem filho do Duque Leto Atreides (Oscar Isaac), cuja Casa está de mudança para comandar Arrakis.
Mesmo sendo um planeta poderoso, Duna também é um lugar traiçoeiro, já que seus antigos comandantes eram uma Casa inimiga dos Atreides, os Harkonnen. Com isso, a família de Paul pode estar indo em direção à uma grande glória ou grande queda.
Imagem: Divulgação
Personagens de Duna
Paul é o sucessor de seu pai, o líder da Casa Atreides que governa o planeta Caladan. O jovem foi treinado militarmente e intelectualmente para ser um grande líder, mas, como esperado pela audiência, não é isso que deseja ser.
Em uma cena muito bonita, e já divulgada em teasers, o Duque diz a seu filho que, mesmo que ele não queira ser um líder, ainda continuará sendo a única coisa que precisa ser – seu filho. Isso nos mostra como a família tem uma relação bem construída.
Lady Jéssica (Rebeca Ferguson), é mãe de Paul e concubina do Duque. Ela foi criada e treinada pelas Bene Gesserit, organização de mulheres que buscam atingir um nível de aperfeiçoamento genético que faça nascer a pessoa perfeita (mental e corporalmente) para tomar o poder e levar o Império a um lugar melhor.
Imagem: Divulgação
Ficção científica de qualidade
Como fã de ficção científica, acredito que teremos uma grande franquia pela frente, até porque Villeneuve já mostrou que sabe comandar o gênero com seus longas A Chegada (2016) e Blade Runner 2049 (2017).
No entanto, é preciso torcer para que a saga realmente continue, visto que já houveram outras tentativas de levar Duna aos cinemas e nenhuma teve sucesso. Além disso, precisamos lembrar que o filme não cobre toda a história de Frank Herbert, sendo apenas a primeira parte do livro.
Imagem: Divulgação
Veredito
A ambientação e o figurino são excelentes, no geral. Dá pra notar que houve um zelo na hora de criar esse novo universo. Algumas particularidades podem ser levantadas aqui, como por exemplo, o verme gigante.
Ele é um ser temido e adorado ao mesmo tempo. Na versão anterior, o verme foi criado como a tecnologia permitia, utilizando muito de efeitos práticos. Agora, as coisas que conseguimos fazer enquanto cinema tornaram possível que a criatura ficasse tão real quanto poderia ser.
As atuações são satisfatórias e é um bom entretenimento. Esperei mais participação da Zendaya, mas ela aparece pouquíssimo – acredito que deve ganhar mais destaque na sequência do filme. Estou muito ansiosa para que mais longas sejam lançados e que a história de Duna seja, finalmente, contada no cinema por completo.
Pontos positivos
- Boas atuações;
- Ótima ambientação;
- Efeitos visuais incríveis
Pontos negativos
- Longa duração
NOTA: 9