Lista: 5 motivos para assistir Moxie: Quando as Garotas vão à luta

11/03/2021 - POSTADO POR EM Filmes

Lançamento no catálogo da Netflix, Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta é uma comédia dramática baseada em um romance de mesmo nome. Com um elenco adolescente bem diverso, o filme promete abrir uma conversa sobre feminismo para o público jovem. 

Conferimos a produção e vamos listar aqui os motivos para você não deixar passar essa dica.

1 – Feminismo para a nova geração

Quem entende sobre a história do movimento feminista sabe que essa corrente passou por diversas “ondas” ao longo dos anos, sendo a mais recente iniciada na década de 90. Além disso, é possível notar que pautas progressistas têm se tornado cada vez mais relevantes ao longo dos anos. 

Essas discussões acabam atravessando gerações, o que as levam a adquirir novos contornos, as feministas de hoje em dia não necessariamente irão queimar sutiãs em praça pública, mas ainda querem ter suas vozes ouvidas. Assim é importante ver filmes como Moxie mostrando como as jovens de hoje irão se comportar frente a comportamentos misóginos e de que maneira podem combater

O longa mostra a adolescente Vivian Carter (Hadley Robinson) se dando conta do comportamento tóxico que os garotos de sua escola têm com as meninas, o qual o colégio não faz nada para reparar. Então ela decide iniciar uma zine para denunciar esse sexismo, o que culmina em uma revolução interna. 

Imagem: Divulgação

2 – A direção é de Amy Poehler

Conhecida por programas como Saturday Night Live e Parks and Recreation, a atriz e comediante Amy Poehler é co-produtora, diretora e ainda atua no filme como mãe da protagonista. Sua personagem acaba servindo como uma das inspirações para Vivian começar sua zine, pois descobre sobre seu o passado como uma riot grrrl, integrante do movimento punk feminista dos anos 90. 

Em vídeo divulgado pela Netflix, Amy Poehler afirma que suas inspirações para o filme foram o longa de 1979 Norma Rae – filme sobre uma mãe solteira que se junta ao movimento sindical – e a banda Bikini Kill, que possui a música Rebel Girl na trilha sonora de Moxie.

Imagem: Divulgação

3 – Sororidade na prática

Outro ponto importante abordado pelo longa é a parceria criada entre mulheres. É incrível a quantidade de filmes e séries que ainda promovem a rivalidade feminina, principalmente se for para brigar por um interesse amoroso. Isso nada mais é que um reflexo da nossa própria sociedade, que se acostumou em colocar garotas umas contra as outras em competições pela atenção masculina.

Moxie deixa isso totalmente de lado ao mostrar as garotas como aliadas acima de tudo, brigas podem acontecer, mas são por motivos que não tem nada a ver com esse tipo de rivalidade. O filme enaltece a amizade e exibe diálogos muito importantes entre as meninas, pois vemos elas discutindo sobre como se sentem em relação ao sexismo que sofrem constantemente, recebendo apoio de suas colegas em retorno.

Mesmo aquele estereótipo de garota popular e líder de torcida não encontra lugar aqui. Há uma personagem com essa descrição, porém sua atitude não é raivosa com as demais meninas em nenhum momento, culminando em uma cena quase de terapia grupal,  na qual ela expõe suas fragilidades.

Imagem: Divulgação

4 – Discurso leve e divertido

Algo muito positivo em Moxie é que o filme, apesar de tratar de um assunto muito sério, consegue fazer isso com um discurso leve. Durante todo o momento de mudança demonstrado no colégio, as garotas estão se divertindo, elas se sentem bem apoiando umas às outras e fazendo com que suas vozes sejam ouvidas.

Há momentos mais sérios durante a narrativa, até porque estamos falando de um movimento revolucionário e, portanto, difícil de se realizar, mas eles nunca assumem um tom desnecessariamente solene. 

Imagem: Divulgação

5 – Diversidade e representatividade

Uma questão muito discutida acerca do movimento feminista e que ainda é algo que está sendo trabalhada pela corrente é a inclusão. Mesmo que sendo parte de um grupo que foi por muito tempo inferiorizado, não há como negar que a mulher branca e heterossexual ainda terá mais privilégios que mulheres negras e LGBTQIA+.

Assim o que vemos na trama é a tentativa de trazer o maior número possível de garotas participando da luta na escola. Ainda que a protagonista seja a garota branca e hétero, no seu time há negras, lésbicas, gordas, magras, cadeirantes e trans. Dessa maneira o filme busca ser o mais representativo possível, mostrando que o feminismo deve abraçar essa faceta diversa.

No fim, Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta é um filme muito necessário, embora possua falhas pontuais, principalmente a partir da segunda metade, que o impedem de ser uma obra mais completa. Apesar disso, ele consegue conversar bem com seu público-alvo, além de apresentar uma temática relevante e que merece sempre ser discutida, ainda mais para as novas gerações

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