Dia das Mães: 5 filmes sobre a relação mãe e filhos

14/05/2023 - POSTADO POR EM Filmes

O Dia das Mães, comemorado no Brasil sempre no 2º domingo do mês de Maio, é neste domingo (14) e o Roteiro Nerd preparou uma lista de filmes para você assistir junto à família e curtir essa data especial.

Os títulos da lista abordam a maternidade como tema central, com histórias de diferentes épocas e nacionalidades. Já vai adicionando à sua lista nos streamings!

Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert (2015)

Um dos melhores longas brasileiros da última década. Muylaert explora as dificuldades da diarista Val (Regina Casé) ao tentar se aproximar de sua filha Jéssica (Camila Márdila), que não vê há anos e agora está vindo de outro estado para prestar vestibular da USP, ficando na casa dos patrões de sua mãe.

Uma ruptura de contratos sociais entre classes distintas e de um exímio domínio espacial da diretora para construir uma estrutura de opressão não verbalizada em cena. 

Onde assistir: Netflix.

Mamã, de Xavier Dolan (2015)

Diane (Anne Dorval) luta para educar seu violento filho Steve (Antoine Olivier Pilon), um adolescente com histórico problemático na escola.

Dolan não economiza no tom desesperado de sequências em que a mãe tenta desenvolver uma vida tranquila, mas sem sucesso devido ao comportamento do jovem. Um trabalho sensacional de direção de atores, que fisgam totalmente nossa atenção mesmo em situações absurdas

Onde assistir: MUBI.

Os Filhos do Medo, de David Cronenberg (1979)

Uma série de assassinatos causada por estranhas crianças/criaturas conecta uma clínica de terapia não convencional. 

É inevitável não se impressionar com a ousadia do Cronenberg no quesito body horror. Faz terror com pouco: basta um corte rápido e uma trilha aguda pra dar um baita susto no público logo no começo, só com uma simples técnica de montagem.

O longa mantém esse clima de mistério pelas “crianças” até o fim. Não é revelado exatamente o que elas são. O estrago que elas fazem e a ligação com a mãe delas são suficientes para vários questionamentos que nos imergem ainda mais naquele sanatório. 

Onde assistir: somente mídia física.

A Filha Perdida, de Maggie Gyllenhaal (2021)

As tranquilas férias de Leda (Olivia Colman) são incomodadas ao enfrentar uma situação que a lembra de seu passado com suas filhas, hoje distantes. 

Uma ótima estreia de Gyllenhaal na direção, adaptando o livro de Elena Ferrante e criando uma vibe intimista, de muita observação, quase voyeur com a excelente Colman. Pouco sabemos de sua família e muito menos dos traumas da protagonista, que parece não ter uma boa experiência com maternidade. São sempre perguntas não respondidas, sugeridas pelos olhares e pelas posturas.

Onde assistir: Netflix.

Sonata de Outono, de Ingmar Bergman (1978)

Uma mãe (Ingrid Bergman) se reencontra com sua filha (Liv Ullmann) após sete anos e discute o relacionamento complicado entre elas, sacrificado por orgulho.

Uma intensa sessão de psicanálise, exposta quase num formato teatral, em que a falta de carinho da mãe gera alfinetadas dramaticamente tão pesadas que apenas atrizes do nível de Bergman e de Ullmann poderiam entregar.

Onde assistir: Telecine (através da Globoplay).