Análise: Jumanji: Bem-vindo à Selva

26/12/2017 - POSTADO POR EM Filmes

“Jumanji: Bem-Vindo à Selva”, que estreará no dia 4 de Janeiro do próximo ano, é um reboot do clássico homônimo de 1995 estrelado pelo eterno e carismático Robin Williams. O novo filme do universo “Jumanji” adapta a aventura marcante e cheia de humor da obra original, trazendo uma ambientação contemporânea protagonizada por um elenco cheio de estrelas, como Dwayne Johnson (The Rock), Karen Gillan, Jack Black e Kevin Hart.

A história e o que traz de novo

O filme de 2018 trará de volta o jogo de aventura que dá nome ao filme, mas dessa vez, o tabuleiro transforma-se em um cartucho de videogame que dá início a uma aventura digital de imersão na selva. Os jovens que protagonizam essa aventura são as representações de personagens adolescentes clichês – o nerd, a patricinha, a menina tímida e o jogador de futebol americano popular –, mas tomam identidades bastante divergentes ao adentrarem no videogame como avatares, que na obra são representados pelos já citados atores estrelados, e possuem habilidades e fraquezas a serem controladas.

Ao contrário da obra de 1995, a adaptação se apega mais ao tom de humor, com várias cenas de ação exageradas e, às vezes, gratuitas, fugindo do clima de ameaça iminente e da pegada um pouco mais dramática de seu antecessor. Basicamente, é uma comédia despretensiosa de aventura para família.

Foto: Divulgação

Um filme que não se leva a sério

O humor no filme é um de seus pontos centrais, pois o próprio roteiro parece não se levar a sério. Ele não busca ser uma história complexa, cheia de camadas e dramas, mas sim uma experiência visual divertida e acessível ao grande público, com várias cenas de ação exageradas e comédia pastelão.

O vilão da história não tem grande desenvolvimento, pois o mesmo, como os outros personagens e criaturas da selva digital, é um NPC (personagem não-jogável), ou seja, ele cumpre apenas seu papel como antagonista codificado do videogame. As ameaças e fases do jogo também não representam grande perigo e acabam sendo resolvidas com soluções bastante improváveis e preguiçosas, fazendo uso exagerado de resoluções à la “deus ex machina”.

Por fim, a relação estabelecida entre os personagens cai em inúmeros clichês e diálogos bastante superficiais. O romance e a amizade entre os protagonistas dificilmente são comprados pelo telespectador. Além disso, as reflexões e tentativas de trazer alguma lição ao público são mal desenvolvidas a ponto de se tornarem irrelevantes. O final em nada acrescenta.

Foto: Divulgação

Game Over

Finalmente, “Jumanji: Bem-vindo à Selva” é feito para ser um filme leve e divertido, que não se leva a sério em momento algum. Ele não busca ser uma obra profunda e reflexiva, mas uma experiência engraçada e aventureira. De narrativa bastante simples, tem um roteiro padrão e já bastante repetido em Hollywood, mas traz como diferencial a dinâmica dos personagens e atuações bem-humoradas e “pastelonas” de atores já conhecidos. Não é memorável como a obra original, mas, apesar de várias falhas, consegue ser divertido, leve e dinâmico.

Foto: Divulgação