Lançado em 2003, Sexta-feira Muito Louca foi um reboot de Um Dia Muito Louco (1976) que conquistou o público. Agora, surfando na onda da nostalgia, a Disney lança Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda (2025), com a volta do elenco original. Já assistimos ao filme e contamos nossas impressões.
Enredo
Anna (Lindsay Lohan) é agora mãe solteira de Harper (Julia Butters), uma adolescente de 16 anos. Enquanto sua mãe, Tess (Jamie Lee Curtis), vive a aposentadoria tentando se adaptar às novas tecnologias.
A rotina tranquila em Los Angeles muda quando Anna se apaixona por Eric (Manny Jacinto), pai viúvo de Lily (Sophia Hammons), uma colega da filha, e decide se casar. A novidade não agrada às adolescentes, e um novo incidente de troca de corpos coloca toda a família à prova.
Apelo para a nostalgia
O roteiro de Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda aposta fortemente no saudosismo dos fãs dos anos 2000, revisitando momentos icônicos do original. Algumas dessas reformulações funcionam, outras não têm o impacto esperado.
A química entre Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis continua sendo o maior trunfo do filme, responsável pelas melhores cenas e boa parte do humor. Já as novas personagens não recebem o mesmo cuidado no texto. Por exemplo, o nariz empinado de Ella (Maitreyi Ramakrishnan), jovem cantora agenciada por Anna, torna certas sequências pouco divertidas e afasta o espectador.

Repetições
A ideia de trazer novamente o casamento como plano de fundo é desnecessária. Na verdade, existem outros cenários possíveis para que a trama pudesse se desenrolar.
A volta de Chad Michael Murray como o galã do primeiro longa é um bom fan service, rendendo, inclusive, uma das melhores piadas do filme. Porém, de forma geral, sua presença pouco acrescenta à trama e poderia ser cortada sem prejuízo.

Veredito
Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda diverte, mas depende excessivamente do que já funcionou no passado. Faltam novidades que tragam frescor à narrativa, que por vezes gira em círculos em torno de conflitos já resolvidos.
O elenco funciona bem: Curtis e Lohan entregam atuações carismáticas e com ótimo timing cômico. Já as novatas Maitreyi, Julia e Sophia, no entanto, não conseguem se destacar, seja pela pouca experiência, seja pela construção simples de suas personagens.
Outro ponto fraco é a trilha sonora: apesar de incluir uma música original e retomar a banda do primeiro filme, não atinge o impacto marcante da produção de 2003, deixando a sensação de que falta um elemento essencial.
Pontos positivos:
- Reformular momentos importantes
- Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis
Pontos negativos:
- Roteiro repetitivo e com conflitos desnecessários
- Personagem Ella mal desenvolvida
- Trilha sonora sem força
NOTA: 6,5/10