Estrelado por Anya Chalotra, a Yennefer de The Witcher, o novo jogo da Bandai Namco combina ação, furtividade e poderes sobrenaturais em um universo místico. Mas será que Unknown 9: Awakening realmente entrega o que promete? Confira nossa análise e descubra o que achamos do jogo, que já disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series S/X, Xbox One e PC.
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História
Em Unknown 9: Awakening, a história segue a jornada de Haroona, uma jovem quaestor com habilidades místicas que permitem manipular o Umbral, um misterioso plano espiritual que existe em paralelo à realidade. A trama se desenrola na Índia de 1910, onde Haroona, treinada pela mentora Reika, aprende a controlar seus poderes para enfrentar ameaças vindas de uma facção secreta e rebelde chamada Ascendentes.
Os Ascendentes pertencem a uma sociedade secreta chamada LYS, que deseja usar o Umbral para reescrever a história em benefício próprio, transformando-se em inimigos implacáveis para Haroona. Além disso, o próprio título do jogo, Unknown 9, faz referência a entidades enigmáticas que regem os ciclos da vida, tanto no mundo real quanto no Umbral, sendo que esses seres têm um papel central no desenrolar da história.
Ao longo de sua busca, Haroona começa a perceber que sua missão é mais complexa do que apenas vingança e proteção: ela se envolve em uma trama que desafia o equilíbrio entre os mundos e a leva a questionar os segredos por trás de sua própria origem. Embora o enredo apresente conceitos interessantes, o excesso de detalhes e uma narrativa densa dificulta a imersão, e deixa tudo muito chato e cansativo.

Jogabilidade
A jogabilidade combina ação, furtividade e elementos sobrenaturais, oferecendo a Haroona uma variedade de habilidades místicas baseadas no Umbral. Como quaestor, ela é capaz de se tornar invisível por curtos períodos, incorporar-se em inimigos para controlá-los e desferir ataques de energia. Essas mecânicas sobrenaturais prometem tornar o combate mais dinâmico, mas, na prática, a execução acaba sendo limitada.
Embora a ideia de alternar entre furtividade e ação direta seja interessante, o jogo peca na fluidez dessas transições. A inteligência artificial dos inimigos é simplista, o que reduz o desafio das seções de furtividade, pois os oponentes seguem padrões previsíveis. O combate também enfrenta problemas com a câmera, que muitas vezes se posiciona de forma a dificultar a visão em momentos cruciais, principalmente em confrontos mais intensos.
A árvore de habilidades de Haroona permite algumas melhorias, mas com progressão quase linear, não oferecendo tantas opções estratégicas. No geral, a repetição das ações ao longo do jogo e a limitada flexibilidade das habilidades tornam a experiência previsível, minando o potencial das mecânicas de exploração e combate que poderiam fazer a jogabilidade de Unknown 9: Awakening se destacar.

Gráficos e trilha sonora
Os gráficos se destacam pela ambientação inspirada em uma Índia alternativa de 1910, com cenários que vão de ruas vibrantes e templos místicos a selvas densas e ruínas históricas. O design de ambientes e o estilo artístico são ricos e contribuem para a criação de uma atmosfera única, misturando o místico ao histórico. No entanto, a qualidade técnica dos gráficos é inconsistente: enquanto algumas áreas impressionam pela riqueza de detalhes, outras sofrem com texturas de baixa resolução e animações pouco fluidas. As expressões faciais dos personagens, em especial, não acompanham a carga emocional da narrativa, o que compromete a imersão. Realmente, fica algo bem feio, e gera um questionamento: o jogo realmente foi polido para ser lançado?
Já a trilha sonora, apesar de encaixar bem com o tema sobrenatural e os ambientes exóticos, acaba sendo pouco memorável. As músicas, embora adequadas, não intensificam os momentos de ação ou os mistérios do enredo da maneira esperada, soando genéricas, especialmente nas cenas de combate. Falta um impacto sonoro que torne a experiência mais marcante e complemente o suspense e a mística da narrativa. Esses detalhes fazem com que a trilha sonora de Unknown 9: Awakening passe quase despercebida, em vez de realçar o mundo intrigante do jogo.
Veredito
Unknown 9: Awakening apresenta um universo interessante e ideias ambiciosas, mas sofre com uma execução técnica e narrativa instável. Embora o jogo ofereça uma base para futuras sequências, ele não consegue cumprir plenamente suas promessas, deixando a sensação de um potencial que ainda precisa ser desenvolvido para criar uma experiência realmente cativante.
Pontos positivos:
- Ambientação intrigante;
- Personagem com habilidades sobrenaturais.
Pontos negativos:
- Gráficos inconsistentes;
- Jogabilidade repetitiva e limitada;
- Trilha sonora pouco impactante;
- Narrativa densa e confusa.
Nota: 5.5