A icônica saga Like a Dragon retorna com um dos títulos mais inusitados da série: Pirate Yakuza in Hawaii. Combinando a já conhecida mistura de ação, drama e humor excêntrico, o jogo transporta os jogadores para um cenário tropical recheado de conflitos mafiosos e, desta vez, piratas. Mas será que essa nova abordagem faz jus ao legado da franquia?
Confira agora a nossa análise do jogo que já está disponível para PC, PS5, PS4, Xbox One e Series S|X.
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História
Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii leva Ichiban Kasuga para uma nova e inesperada jornada longe das ruas do Japão. O protagonista, que já enfrentou desafios grandiosos em Yokohama, agora se vê envolvido em uma conspiração internacional no arquipélago havaiano. O que começa como uma simples viagem para encontrar um antigo aliado rapidamente se transforma em um turbilhão de eventos, colocando Ichiban no centro de uma disputa entre máfias locais, mercenários estrangeiros e até piratas modernos que operam em alto-mar.
A trama mistura drama intenso, ação cinematográfica e o humor absurdo característico da franquia. Ichiban logo descobre que um poderoso sindicato do crime japonês está expandindo suas operações para o Havaí, utilizando rotas marítimas ilegais para o tráfico de armas e substâncias ilícitas. No meio desse conflito, ele cruza o caminho de novas figuras carismáticas, como um ex-policial havaiano desiludido, uma empresária misteriosa ligada ao submundo e um excêntrico capitão pirata que governa uma frota clandestina.
Entre reviravoltas inesperadas e momentos emocionantes, a história também explora a luta de Ichiban para encontrar seu próprio propósito após os eventos dos jogos anteriores. Em meio a perseguições frenéticas, batalhas contra gangues e investigações sobre os segredos do crime organizado, o protagonista se vê diante de escolhas difíceis que podem mudar não apenas seu destino, mas o equilíbrio de poder no submundo do Havaí.
Apesar do tom grandioso, o jogo mantém o coração da franquia, com missões secundárias que trazem desde situações hilárias até momentos genuinamente comoventes. O enredo de Pirate Yakuza in Hawaii consegue equilibrar sua narrativa séria com o caos e a excentricidade que tornaram Like a Dragon uma das séries mais queridas do gênero.
Jogabilidade
O sistema de combate mantém o estilo RPG por turnos introduzido em Like a Dragon, mas agora incorpora mecânicas inspiradas na temática pirata. Kasuga e seus aliados utilizam armas improvisadas, habilidades aquáticas e até ataques com criaturas marinhas. Além disso, a exploração marítima se torna um novo elemento estratégico, permitindo confrontos navais contra gangues rivais, adicionando uma camada extra de ação ao jogo.
As missões secundárias continuam sendo um dos destaques da franquia, trazendo situações absurdas e imprevisíveis. Os jogadores podem se envolver em caças ao tesouro, ajudar personagens excêntricos ou até enfrentar surfistas mafiosos em batalhas caóticas. No entanto, apesar da variedade de atividades, a movimentação no mundo aberto pode parecer um pouco limitada, e a navegação pelos mares, embora divertida, carece de mais profundidade para explorar melhor o potencial do cenário tropical.
Complementando a experiência, Pirate Yakuza in Hawaii traz novos minigames que ampliam a diversidade do gameplay. Um dos destaques é o modo de corridas de jet ski, onde os jogadores enfrentam circuitos aquáticos repletos de obstáculos e desafios inusitados, como escapar de tubarões.
Outra adição empolgante são as lutas de gangues, que transportam Ichiban e sua equipe para combates frenéticos em pontos turísticos icônicos do Havaí, como praias movimentadas e até luaus tradicionais. O sistema combina ação em tempo real com estratégia, exigindo que o jogador posicione seus aliados de forma eficiente e escolha os momentos ideais para desferir golpes especiais.
Além dessas novidades, o jogo mantém os minigames clássicos que os fãs adoram, incluindo cassinos, fliperamas retrô e o sempre icônico karaokê, agora com novas músicas e performances mais exageradas. Essas atividades secundárias enriquecem a experiência, proporcionando momentos hilários e inesperados.
Gráficos e trilha sonora
Visualmente, o jogo impressiona com um Havaí vibrante, praias paradisíacas e cidades cheias de vida. Os detalhes das ruas, dos bares e até das tatuagens dos personagens demonstram o cuidado da desenvolvedora em criar um mundo rico e detalhado.
A trilha sonora mistura músicas tradicionais havaianas com batidas eletrônicas e temas épicos de piratas, criando uma atmosfera única. Já a dublagem continua excelente, com atuações que reforçam tanto o drama quanto a comédia do jogo.
Veredito
Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é uma aposta ousada que, apesar de algumas limitações, mantém a essência caótica e envolvente da série. Os fãs que estiverem dispostos a embarcar nessa jornada tropical encontrarão uma aventura repleta de ação, humor e, claro, muita excentricidade.
Pontos positivos:
- História cheia de reviravoltas e personagens carismáticos.
- Combate divertido com novas mecânicas piratas.
- Missões secundárias criativas e absurdas.
- Visual impressionante e ambientação vibrante.
Pontos negativos:
- Mundo aberto poderia ser mais interativo.
- Exploração marítima limitada.
Nota: 9.0