Análise de GRIS

06/01/2023 - POSTADO POR EM Jogos
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Em comemoração ao seu aniversário de quatro anos, GRIS ganhou uma versão otimizada para a nova geração de consoles em dezembro de 2022. O jogo indie foi lançado em 2018 e desde então vem ganhando cada vez mais fãs com sua proposta encantadora que mistura elementos 2D com arte

O estúdio Nomada e a distribuidora Devolver Digital nos enviaram uma cópia do título para testarmos e escrevermos sobre o que achamos. É importante falar que entre as novidades estão: 

  • Xbox Series S: 2K-120fps
  • Xbox Series X: 4K-60fps ou 2K-120fps
  • PS5: 4K-120fps + recursos DualSense, incluindo haptics, alto-falante e muito mais.

Confira agora a nossa análise! 

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>> Leia também o veredito de Need for Speed Unbound 

Jornada de vida

Em GRIS, temos a oportunidade de controlar a personagem com o mesmo nome do jogo. A jovem está perdida em seu próprio mundo e precisa se reencontrar para superar uma forte depressão. Simbolizando a doença, o jogo inicia com cores frias, e somente após cumprir desafios, as cores vibrantes dão as caras e tomam de conta gradativamente. A mensagem é clara: não há um fundo do poço que você não possa sair. 

Com três horas de duração, a experiência é serena e bastante contemplativa, onde não há espaço para perigo e muito menos para morte. Isso não significa que o título é fácil, pelo contrário. É necessário ficar atento aos detalhes para conseguir escalar e resgatar itens especiais que desbloqueiam caminhos secretos

Então, a gameplay está basicamente focada em exploração e quebra-cabeças. Os comandos são simples e intuitivos, como pular, andar e usar poder. Qualquer adulto ou criança pode jogar sem nenhuma dificuldade “motora”. Na versão de PlayStation 5, o Nomada apostou em usar toda a capacidade do controle DualSense, garantindo uma experiência mais imersiva e sensorial do que nos consoles da geração passada e PC.

Imagem de divulgação de GRIS

Gráficos e trilha sonora 

Não vou mentir para vocês, mas sempre tive vontade de jogar este título devido aos seus gráficos. Basta assistir a qualquer trailer ou vídeo de gameplay e você ficará deslumbrado. O estúdio soube trabalhar a mecânica de 2D, com elementos visuais “aquarelados”, com primor técnico e visual invejável. Tudo funciona bem e não há presença alguma de gargalos ou bugs. O jogo em sua essência é leve e poético em cada detalhe. 

Não é à toa que parei em alguns momentos apenas para contemplar o cenário e tirar fotos para compartilhar nas redes sociais e usar como papel de parede nos meus dispositivos. Você certamente deve fazer isso, porque é uma parte importante da jornada da nossa protagonista Gris. Cada objeto e cor traz um significado importante para esta narrativa, e você pode não deixar passar. 

A trilha sonora não fica para trás. Ela se encaixa bem em cada momento e contagia o jogador a sentir felicidade, tristeza ou esperança. É um verdadeiro show à parte. No PlayStation 5, um diferencial é o som externo do DualSense. Quando estamos no “deserto”, por exemplo, o controle emite o barulho dos redemoinhos de areia, fortalecendo a dificuldade em andar sobre uma tempestade. 

Imagem de divulgação de GRIS

Veredito 

GRIS é um dos melhores jogos indie dos últimos anos. O estúdio Nomada acertou em cheio ao decidir aprimorar essa experiência para a nova geração de consoles. Tudo está mais bonito e rico em sensações e vibrações do que nunca visto antes. Para mim, a jornada mais completa está no PlayStation 5, principalmente com as inovações propostas e aplicadas no DualSense. Então se tiver a oportunidade, vá de PS5 sem medo de ser feliz. 

Pontos positivos:

– Narrativa profundamente emocional 

– Cenários e quebra-cabeças desafiadores

– Gráficos e trilha sonora excelentes

– DualSense com vibrações e sons diferenciados

Nota: 10/10