Com o sucesso estrondoso de Monster Hunter World (2017) e sua expansão Iceborne (2019) no PS4 e Xbox One, a franquia da Capcom traz agora um título temporariamente exclusivo para o Nintendo Switch: o Monster Hunter Rise, que só deve ganhar uma versão para PC em 2022.
Mesmo não sendo uma sequência direta de World, Rise chega com tudo que funcionou no game de 2017 e ainda apresenta diversas melhorias para os jogadores, além de estar completamente legendado em português.
Na eshop brasileira da Nintendo, a Edição Standard digital está disponível por R$ 249,90, enquanto a Edição Deluxe digital custa R$ 299,90. A segunda opção contém um pacote de DLC com conteúdo bônus, incluindo conjunto de armadura em camadas “Kamurai”, itens cosméticos e mais.
Confira agora se vale a pena ou não jogar esse novo capítulo da franquia!
História de sempre
Gosta do Japão Feudal? O jogo recria todo esse conceito e aplica na Aldeia Kamura, bem aos moldes de Ghost of Tsushima (2020), exclusivo de PS4. O local é historicamente atacado pela calamidade conhecida como Frenesi, onde cada monstro é uma simples e pura reimaginação do folclore japonês.
Para restaurar o equilíbrio e a paz, os caçadores partem em missões sozinhos ou com até três outros jogadores em partidas cooperativas locais ou online. Além disso, também podem aproveitar a versatilidade do Switch, que permite caçadas em qualquer lugar, a qualquer hora e com qualquer um.
Como todo e qualquer título de Monster Hunter, a história serve como plano de fundo para muita luta e conflito contra grandes monstros, e tudo bem porque gostamos exatamente disso! Então, espere um enredo simples e bastante objetivo, que nem decepciona mas também não inova.
Inovação em combate
O sexto título da franquia não brinca em serviço e apresenta inúmeras novidades. Diferente de World, agora você tem dois grandes amigos para lhe ajudar em qualquer desafio: Amicães e Amigatos, conhecidos de longa data.
A novidade é justamente o companheiro canino, que serve como montaria para percorrer o mapa com mais agilidade, sendo algo incrível para caçar e encontrar os alvos com mais facilidade. Além disso, o mesmo também permite que você escale determinadas montanhas, realize ataques, recolha itens e, até mesmo, afie sua arma.
Outra inovação são os Cabinsetos. O acessório de combate permite que os caçadores se desloquem velozmente pelo ar em qualquer direção, e podem ser combinados com cada uma das armas para criar ataques únicos. A técnica é uma mão na roda e torna o encontro entre caça e caçador mais dinâmico e feroz.
E tem mais, viu! Ao atingir os monstros com esses ataques dos Cabinsetos, é possível deixá-los suscetíveis à uma nova técnica chamada “Montaria de Serpe”. Ela permite que os jogadores tomem o controle de um monstro temporariamente e realize técnicas como punições montadas e ações leves e especiais. Sem dúvida alguma, esta é uma das coisas que deixará o seu gameplay muito mais divertido e inesquecível.
E sobre os equipamentos: a lógica não foge muito de World, mas consegue descomplicar ainda mais para novos jogadores. Você derrotará monstros, obterá peças e então forjará seus equipamentos. Feito isso é só correr até o ferreiro mais próximo e estudar quais armas ou armadura produzir, até porque os recursos são limitados e todas as decisões precisam ser estratégicas.
Desempenho invejável
Qualquer pessoa que jogar Rise vai concordar que a Capcom fez uma grande bruxaria, no nível da Feiticeira Escarlate, para conseguir rodar um jogo dessa proporção no Nintendo Switch. É incrível como os gráficos são impecáveis e funcionam organicamente, sem apresentar qualquer tipo de travamento ou delay, tanto no modo portátil quanto na TV.
Durante sua jornada, não importará para onde esteja olhando, seja árvores, monstros ou casas, você encontrará algo nunca visto antes no Nintendo Switch. É possível até dizer que o jogo está no topo dos títulos com gráficos mais bonitos do console.
Mesmo com toda essa entrega visual, o jogo ainda possui telas de load mais rápidas e eficientes do que em World, título dedicado para consoles mais potentes do que o Switch. Inclusive, você poderá andar livremente pela aldeia e não encontrará nenhuma tela de load, apenas transições simples de tela. A mágica é real!
Modo online
Matar qualquer monstro sozinho será algo sofrível e levará um bom tempo para conseguir encerrar o combate. Por isso, existe o modo online, onde é possível jogar com até 3 amigos, garantindo uma experiência totalmente diferente da caçada solo.
Em algumas partidas, percebemos que o sistema ainda se mantém complexo e pode distanciar alguns jogadores novatos na franquia. Apesar dos tutoriais bastante intuitivos, é fácil se perder na logística e deixar o modo online de lado, principalmente se não tiver uma boa internet.
Porém, não podemos deixar de ressaltar como é gostoso explorar todo o mapa, descobrir esconderijos e enfrentar os monstros juntos com os amigos. Realmente, é algo para se viver.
Veredito
A Capcom realmente não está para brincadeiras com Monster Hunter Rise. Certamente, o sexto título da franquia deve fazer tanto sucesso quanto o Monster Hunter World e apaixonar muitos jogadores, sejam novatos ou veteranos. O resultado é único e você dificilmente encontrará um jogo tão bom em gráficos e desempenho para o Nintendo Switch. Não tem jeito, você precisa jogar esse título e fazer muitas expedições à Kamura.
Pontos positivos
- Novas técnicas e inovação em combate
- Presença de Amicães e Cabinsetos
- Gráficos incríveis
- Desempenho impecável no Nintendo Switch
- Variedade de monstros satisfatória
Pontos negativos
- Modo online ainda precisa melhorar e ficar mais descomplicado para novos jogadores
NOTA: 10