Análise de Oxenfree II: Lost Signals

17/07/2023 - POSTADO POR EM Jogos

Oxenfree II: Lost Signals chegou com força total no Nintendo Switch, PlayStation 4 e 5, Netflix, PC e Mac via STEAM. Publicado pela Netflix e desenvolvido pela Night School Studios, o jogo promete uma experiência intrigante, mergulhando os jogadores em um mistério sobrenatural repleto de reviravoltas e elementos de ficção científica.

Embora seja uma sequência, as pessoas que não jogaram o título original de 2016 ainda podem desfrutar dessa nova aventura, sem sentir que estão perdendo informações importantes. A história e os personagens são apresentados de maneira coesa, tornando o jogo acessível para todos.

Dito isso, vamos agora para a nossa análise

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História intrigante 

Em Oxenfree II: Lost Signals, somos Riley Poverly, uma pesquisadora ambiental que retorna à sua cidade natal, Camena, para investigar sinais sobrenaturais de frequência de rádio que estão causando distúrbios em equipamentos eletrônicos. Ela logo descobre uma longa história de eventos fantasmagóricos na vizinha Ilha Edwards e se envolve em um mistério assustador.

Com cinco horas de duração, a narrativa vai além de simplesmente contar uma história linear. Os eventos passados, presentes e futuros se entrelaçam, criando uma trama complexa, repleta de camadas. Por isso, é bastante importante prestar atenção em todos os detalhes para que se possa entender o rumo da narrativa.

O jogo desafia a nossa percepção, oferecendo múltiplos caminhos e possibilidades, que se entrelaçam de maneira única. À medida que Riley se aprofunda no mistério das interferências no tempo em Camena, somos confrontados com escolhas difíceis e suas significativas consequências.

Os diálogos são bem escritos, trazendo interações entre os personagens que exploram temas como amizade, família, perda e redenção. As emoções são transmitidas com autenticidade, fazendo com que os jogadores se conectem emocionalmente com os personagens e se sintam imersos na história. Inclusive, não precisa se preocupar com o idioma, já que o jogo está totalmente legendado em português brasileiro

Porém, não vou mentir para vocês. Mesmo a premissa sendo interessante, o ritmo é lento, e isso pode afastar pessoas que desejam um terror mais instantâneo. Tudo só fica mais grave quando o estúdio resolve apostar em telas de carregamento a cada novo cenário ou lugar. Pra mim, isso é frustrante, principalmente porque joguei no PS5 e não faz sentido termos tantas telas de carregamento, o que desestimula até a exploração e deixa toda a experiência mais maçante

Imagem de Oxenfree II: Lost Signals

Jogabilidade sem grandes inovações

Logo de cara precisamos dizer que a jogabilidade e a fórmula narrativa são semelhantes ao que vimos em 2016, o que pode decepcionar quem esperava uma evolução significativa nas mecânicas. Agora, tirado o elefante na sala, vamos comentar pontos que chamaram a nossa atenção. 

A habilidade de Riley de “mover o mundo” permite que ela altere o tempo e o espaço ao seu redor, abrindo novas possibilidades de combate, exploração e resolução de quebra-cabeças.Essa mecânica adiciona um elemento de ação e suspense à jogabilidade, mantendo os jogadores constantemente engajados e desafiados.

A exploração também desempenha um papel importante na jogabilidade. À medida que exploramos a cidade de Camena, encontramos diversos locais e áreas para investigar, cada um com seus próprios desafios. A liberdade de exploração permite descobrir pistas assim como informações adicionais sobre a história e seus personagens, aprofundando ainda mais a imersão na trama.

Felizmente, Oxenfree II: Lost Signals oferece suporte completo aos recursos do controle DualSense do PS5. Os gatilhos adaptáveis permitem uma experiência tátil mais imersiva, pois se ajustam de acordo com a ação no jogo. Durante momentos de tensão, como enfrentar entidades sobrenaturais ou resolver quebra-cabeças complexos, podemos sentir uma resistência maior nos gatilhos, proporcionando uma sensação realista de interação com o ambiente.

Além disso, o feedback tátil do DualSense adiciona mais uma camada de imersão. Os jogadores sentirão vibrações sutis e precisas que correspondem aos eventos. Essas sensações táteis ajudam a transmitir a atmosfera, bem como a intensidade das situações em que Riley se encontra.

Imagem de Oxenfree II: Lost Signals

Gráficos e trilha competentes 

A Night School Studio fez um bom trabalho na criação de uma ambientação em Oxenfree II: Lost Signals. Camena é retratada com riqueza de detalhes, desde suas paisagens pitorescas até seus locais sinistros. Os visuais em 2D trazem um estilo artístico único, reforçando a atmosfera misteriosa do jogo. Porém, tudo tem seu preço, pois presenciamos queda de FPS que pode comprometer a jornada das pessoas. Não é algo muito sério, mas certamente dá raiva. 

A trilha sonora também merece destaque, contribuindo para a imersão dos jogadores no mundo. As composições atmosféricas se adaptam perfeitamente às situações de suspense e aos momentos emocionais, acentuando a experiência narrativa. Além disso, a dublagem de alta qualidade (em inglês) dá vida aos personagens, transmitindo suas emoções e personalidades de maneira convincente.

Imagem de Oxenfree II: Lost Signals

Veredito

Oxenfree II: Lost Signals é um título que mergulha os jogadores em uma narrativa intrigante, repleta de mistério e reviravoltas. A atmosfera imersiva, enriquecida pelos visuais detalhados e a trilha sonora sensacional, contribui para momentos emocionantes ao longo da jornada.

Apesar desses aspectos positivos, o jogo apresenta algumas deficiências que podem diminuir seu brilho, como ritmo lento da história, quedas de taxa de quadros e tempo de carregamento prolongado. No geral, Oxenfree II: Lost Signals é uma continuação que deve passar por média e agradar os fãs do jogo original

Pontos positivos:

  • História intrigante
  • Gráficos e trilha competentes 
  • Legendado em português brasileiro 
  • Suporte ao DualSense

Pontos negativos:

  • Ritmo lento da história 
  • Jogabilidade sem grandes inovações
  • Quedas de FPS
  • Tempos de carregamento prolongados

NOTA: 7.9/10