Ocarina Of Time: Um mangá de pura Nostalgia

06/03/2018 - POSTADO POR EM HQs/Livros

Em novembro de 1998, no Japão, foi lançado “The Legend of Zelda – Ocarina of Time” para Nintendo 64, o quinto jogo da franquia “Zelda” e o primeiro com a inovação dos gráficos em 3D, um grande diferencial para a época. Não precisa nem dizer que foi um enorme sucesso. Crianças e adolescentes do mundo todo queriam experimentar essa nova sensação de se sentir na pele de Link, em um novo mundo com três dimensões.

O sucesso foi tanto, que logo surgiu a proposta de fazer um mangá, quadrinizando a história do game, imortalizando-a ainda mais na mente e no coração dos fãs. Para tal, Akira Hamekawa (pseudônimo de uma dupla de mangakás do Japão), foi convidado para reproduzir as aventuras do herói de verde para as páginas dos quadrinhos.

A missão foi aceita, e o mangá foi produzido. Este ano, a Panini nos trouxe essa maravilhosa obra, que é um verdadeiro item de colecionador para os amantes de mangás e jogos.

*Este texto pode conter spoiler da história

Ocarina of Time

O primeiro volume publicado – “Ocarina Of Time” – traz o personagem Link (isso mesmo, para quem ainda não sabe, o personagem principal, aquele de roupinhas e gorro verdes, se chama Link, e não Zelda. Zelda é a princesa) em uma série de aventuras na terra de Hyrule, para impedir que o vilão Ganondorf obtenha a Triforce e domine todo o reino.

Para contar essa aventura, o mangá foi dividido em duas partes: Arco da Infância, contendo a história principal e uma história extra (Skull Kid e as Máscaras – Partes 1 e 2) e Arco da idade adulta, contendo a história principal da fase adulta do herói, e mais uma história extra (Rouro dos Watarara).

Arco da Infância

A aventura se inicia na floresta dos Kokiri, onde cada habitante do local tem sua própria fada, menos o Link. Isso o leva a ser discriminado, sendo muitas vezes chamado de “incompleto” e “sem-fada”. Apesar das confusões cotidianas, tudo parece tranquilo e agradável na floresta, até que a Grande Árvore Deku, uma espécie de líder dos Kokiri, sofre um ataque que o leva a ser destruído. No entanto, antes que Deku se vá, ela deixa uma missão para Link: o jovem deve reunir as três jóias espirituais, para assim poder abrir a porta do Templo do Tempo, onde supostamente estaria a entrada do reino sagrado em que se encontra a Triforce. Link então passa a ser auxiliado por Navi, uma fada enviada pela grande árvore Deku. Ele também recebe a esmeralda dos Kokiri e sai em busca das outras duas joias (o rubi dos Goron e a safira dos Zora).

Durante sua busca, ele conhece vários aliados e enfrenta muitos inimigos, chegando até mesmo a se encontrar com a pequena princesa Zelda, que passa a ser uma grande amiga, e a égua Epona, sua montaria durante alguns momentos da aventura. Porém, Ganondorf decide invadir o reino, o que leva Zelda a fugir, deixando a cargo de Link abrir as portas do Templo do Tempo e do Reino Sagrado, para assim frustrar os planos do vilão.

Ao fugir, a princesa Zelda deixa para trás a Ocarina do Tempo (que dá nome ao jogo e ao mangá), um instrumento (uma espécie de flauta) que deve ser tocado dentro do Templo do Tempo, para abrir as portas do que dão acesso à Triforce.

Depois de todos os desafios pelo caminho, Link consegue reunir as joias espirituais e toca a Ocarina do Tempo. A partir daí, encontra a Master Sword, uma espada lendária. Só que ao tocar na espada, o espírito de Link adormece por sete anos e desperta como o herói do Tempo. Nesse ínterim, Ganondorf conseguiu invadir o reino sagrado e roubar uma das partes da Triforce. Link, então, recebe uma nova missão: desfazer a maldição que recaiu sobre os cinco templos, despertar os cinco sábios para enfim conseguir aprisionar o “mal” que se instaurou sobre o reino de Hyrule. Começa aí o segundo arco.

Foto: Divulgação

Arco da fase adulta

Link, agora bem maior do que antes, continua suas aventuras na tentativa de despertar os sábios e derrotar Ganondorf. Ele permanece com Navi ao seu lado e encontra novos aliados pelo caminho, incluindo um personagem muito misterioso (que de início não sabe se está do lado de Link ou de Ganondorf), chamado Sheik.

O arco da fase adulta é marcado por mais aventuras e ação do que na parte anterior, além de conter uma série de surpresas e reviravoltas (o que não vamos entrar em detalhes para não dar spoiler), tornando o texto cada vez mais surpreendente e interessante, que prende a atenção do leitor no decorrer da história. Quem jogava “Ocarina of Time” nos anos 1990 e 2000, sabe o que acontece no final, mas quem não conhece essa obra ou nunca finalizou o jogo, vale super a pena mergulhar nas páginas desse mangá e descobrir o desfecho da grande aventura de Link e da Princesa Zelda.

Foto: Divulgação

 

Universo expandido

Além de “Ocarina of Time”, a Panini divulgou que publicará “Oracle of Seasons”, “Majora’s Mask”, “The Minish Cap” e “Four Swords”, outras edições com as histórias do universo de “The Legend of Zelda”. As edições serão publicadas bimestralmente, em formato 15 x 21 cm; com aproximadamente 380 páginas, algumas delas coloridas. O preço de capa é de R$ 29,90 e vem com um marcador de páginas de brinde. Uma edição linda que faz jus ao título de “Perfect Edition”.

Foto: Divulgação

Veredito

A obra está muito bonita, com um excelente acabamento e, pelo conjunto da obra, está bem em conta, fazendo com que valha a pena cada centavo gasto. Sem contar que se trata de uma coleção relativamente curta, o que possibilita concluí-la de forma rápida e sem gastos exorbitantes. Cada edição tem uma história completa e isolada das demais, o que possibilita comprar somente aquelas que forem de sua preferência. No entanto, garanto que depois de ter uma dessas nas mãos, você vai querer todas as outras!

Foto: Divulgação