Prequel do clássico A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971), o filme Wonka promete narrar a origem do famoso chocolateiro. A produção encabeçada por Timothée Chalamet conta com um elenco de peso, trazendo nomes como Hugh Grant, Sally Hawkins e Olivia Colman. Conferimos o longa e vamos contar nossas impressões.

Enredo

Willy Wonka (Timothée Chalamet) é um jovem rapaz sonhador e muito determinado a transformar suas ambições em realidade. 

Recém-chegado a uma cidade dominada pela ganância, Willy deseja está em busca de concretizar seu maior sonho: construir uma fábrica de chocolate. Porém, ele precisa enfrentar as dificuldades financeiras e uma elite raivosa.

Magia musical

Wonka é uma grata surpresa neste fim de ano. O musical claramente foi feito com bastante esmero, tendo como diferencial as músicas presentes apenas em momentos-chaves. A direção de Paul King é excelente, com vários enquadramentos incríveis e que criam um verdadeiro espetáculo de encher os olhos.

A trama se desenrola de forma fluida, trabalhando muito bem cada um dos atos, sem deixar pontas soltas nem perder tempo com enrolações, o que torna o filme muito gostoso de se assistir. O elenco chama atenção não apenas pelo currículo, mas pelo trabalho de excelência e aqui quero chamar atenção para a interpretação maravilhosa de Hugh Grant como Umpa Lumpa.

Filmes natalinos

Essa é a época dos filmes mais bobos, que geralmente trazem uma mensagem positiva no final, tudo isso usando como o plano de fundo o Natal. O problema é que normalmente eles tem um enredo tão clichê que o espectador nem se interessa.

Wonka não é um filme de Natal, não na sua concepção, mas carrega aquele enredo quentinho e gostoso de assistir nessa época. A trama pode parecer simples nos primeiros minutos, mas por ser muito bem trabalhada, essa sensação some e você se encanta com a história.

Veredito

Com uma trama muito bem trabalhada e dirigida, Wonka nos traz um enredo leve, sem grandes enrolações. Apesar de ser um musical, o filme não é daqueles que a cada movimento uma música é cantada, nem com canções chatas, trazendo elas apenas em partes realmente pertinentes.

O único problema do está no começo do último ato, que acaba sendo um pouco inferior ao restante, mas logo a trama se recupera e o ritmo é restabelecido.

O figurino e a direção de arte estão impecáveis, principalmente os cenários, que parecem até tirados de um sonho, e o mais legal é que tudo respeita o icônico filme de 1971. Além disso, não dá para deixar a passar despercebido o trabalho de Timothée Chalamet, com uma voz incrível e sua versão de Willy que faz sentido, ele deixaria Gene Wilder (o intérprete original do personagem) orgulhoso.

Pontos positivos:

• Enredo excelente;
• Ótima direção; 
• Figurino Excelente
• Cenografia incrível

Pontos negativos:

• O ritmo do começo do último ato destoa do restante do filme.

NOTA: 9/10