Uma das franquias de terror mais populares dos anos 2000 está de volta. Após 14 anos desde o último filme, Premonição 6 – Laços de Sangue tenta resgatar uma legião de fãs saudosos. Já conferimos o longa e vamos contar nossas impressões.
Enredo
Stefani (Kaitlyn Santa Juana), uma estudante universitária promissora, começa a ser atormentada por pesadelos envolvendo a avó que nunca conheceu. As visões perturbadoras afetam sua rotina e desempenho acadêmico, levando-a a retornar à casa dos pais em busca de respostas.
No entanto, sua tentativa de entender os sonhos logo se transforma em um mergulho em eventos sobrenaturais e ameaças que vão além da compreensão.
Entre o novo e o familiar
Premonição 6 resgata a essência dos primeiros filmes da franquia, com um roteiro que reconhece – e até brinca com – os absurdos do universo em que se passa. As mortes continuam sendo o ponto alto, mais verossímeis na maior parte do tempo, com exceção de uma ou outra cena mais forçada.
O primeiro ato se desenvolve de forma mais lenta, mas serve bem à construção do cenário e dos personagens. Os outros dois parecem voar de tão imersos que ficamos no enredo, chegando a um clímax surpreendente e muito bem adequado à mitologia da série.
Uma ponte para novos públicos
Lançada em 2000, a franquia Premonição foi escrita por Jeffrey Reddick para fazer parte do seriado de ficção científica Arquivo X (1993-2002), mas acabou sendo adaptada para um filme pela New Line Cinema. Imediatamente a saga se tornou uma das mais populares do terror slasher.
Neste novo capítulo, há diversas referências aos filmes anteriores — algumas explícitas, outras mais sutis — que funcionam como uma homenagem aos fãs antigos. Ainda assim, o enredo é acessível o suficiente para quem nunca assistiu aos títulos anteriores, servindo como uma boa porta de entrada para novos espectadores.
Os personagens são carismáticos, e suas mortes, mesmo previsíveis em alguns momentos, ainda causam impacto. O público se conecta a ponto de sentir as perdas ao longo da trama.
Veredito
Premonição 6 é um sopro de renovação para a franquia. O roteiro é bem estruturado, mistura nostalgia com uma abordagem mais atual, e acerta ao explorar o suspense sem exageros. A direção cria um clima de constante tensão, com cenas de morte violentas, porém sem apelar para o gore gratuito.
Os personagens são bons e o elenco consegue dar vida a cada um deles de modo a combinar com a proposta. A trilha sonora é simplesmente incrível e, assim como o terceiro filme, tem músicas marcantes que fazem parte do enredo.
O principal ponto fraco fica por conta de soluções simplistas em alguns momentos e diálogos excessivamente explicativos, que poderiam confiar mais na inteligência do espectador.
Pontos positivos:
- Direção
- Trilha sonora
- Roteiro
- Elenco
Pontos negativos:
- Algumas soluções previsíveis
- Diálogos expositivos
NOTA: 8,5/10