Indiana Jones e as Relíquias do Destino é o mais novo e (talvez?) último filme da saga. A franquia é uma das mais famosas do cinema e foi criada por Steven Spielberg e George Lucas na década de 1980. Conferimos o longa e vamos contar nossas impressões.
Enredo
O famoso professor de arqueologia Indiana Jones (Harrison Ford) começa a perceber que chegou a hora de se aposentar e que seu ritmo de vida talvez esteja um pouco diferente para os tempos que vive. Por conta disso, ele encontra dificuldade de se adaptar e se encaixar à realidade.
No meio dessa crise, Indy fica sabendo que um antigo artefato com um grande potencial de destruição caiu em mãos erradas. Nisso, ele se junta a novos e velhos amigos para conseguir recuperá-lo nesta última missão.
Reencontro nostálgico
O roteiro do filme apela para a nostalgia em todo momento. O que fica bem óbvio com as cenas de rejuvenescimento digital de Indiana. Felizmente o momento está muito bem feito, o único problema está na voz, que não condiz com a idade do personagem.
De toda forma a ação das cenas iniciais está excelente, a forma como é conduzida para a problemática é de tirar o fôlego, com sequências dinâmicas e fluidas. Infelizmente o último ato peca, trazendo momentos forçados e que parecem não se encaixar.
A temática da despedida foi muito bem trabalhada, principalmente quando se coloca em cheque que o corpo humano tem suas limitações com o passar do tempo, mas isso não significa que as pessoas fiquem obsoletas. As metáforas explícitas fazem total sentido e é um questionamento muito presente sobre se encaixar. Além disso, a comparação da liquidez dos tempos modernos com a solidez das relações sociais é completamente pertinente e bem elaborada.
A despedida
Não é segredo para ninguém que Harrison Ford é um apaixonado por seu personagem na franquia Indiana Jones. Ele foi cogitado inicialmente para interpretar o arqueólogo por Spielberg, mas George Lucas o barrou, cedendo posteriormente ao ver como o protagonista caiu como uma luva no ator.
Harrison hoje aos 80 anos interpretou papéis memoráveis, como Han Solo na saga Star Wars e Deckard na franquia Blade Runner. Apesar de aclamado pelo papel do cafajeste Han, o ator implorou para que o seu personagem fosse morto e parecia não curtir tanto interpretá-lo.
A verdade é que, apesar da idade e do fim da saga Indiana Jones, Harrison Ford não pretende de forma alguma se aposentar. Talvez essa seja a principal mensagem que o cinema pode trazer, talvez para um personagem específico um ator pode até não ser a melhor opção, mas existe uma infinidade de outros que ele pode se adequar. E assim esperamos que Ford esteja presente em várias outras produções nos próximos anos.
Veredito
Indiana Jones e as Relíquias do Destino é um ótimo filme de encerramento da franquia. Bem superior ao título que o antecedeu. A direção é dinâmica, optando por takes que valorizam e complementam o texto. O roteiro é bem feito e só apresenta problemas no ato final.
O elenco está excelente, e a escolha dos atores está perfeita. Além de Harrison Ford é preciso destacar a excelente atuação da atriz Phoebe Waller-Bridge, que traz um toque de comédia através da ironia na sua linguagem corporal. Pra completar, o vilão interpretado por Mads Mikkelsen é realmente ameaçador e muito bem executado.
O CGI do filme tem qualidade e chama a atenção como as cenas de rejuvenescimento digital estão críveis. O único problema delas é na voz específica de Indiana, que não bate com a realidade mostrada, mas talvez possa até passar despercebido por muitos.
Pontos positivos:
- Roteiro
- Direção
- Cgi
- Elenco
Pontos negativos:
- Problemas no ato final em algumas cenas
- CGI de rejuvenescimento em desacordo com o áudio do tempo que está sendo mostrado.
NOTA: 8/10