Estreia nos cinemas nesta quinta, 29 de setembro, A Queda (2022), novo filme que mistura suspense e sobrevivência dirigido por Scott Mann. Conferimos o longa e contamos a seguir as nossas impressões.
História
Becky (Grace Fulton) é uma viúva que, ainda recém casada, perdeu seu marido enquanto os dois escalavam uma montanha. Os dois estavam acompanhados da melhor amiga do casal, Hunter (Ginny Gardner). Becky se entrega ao luto até reencontrar Hunter, que a convida para escalar uma antena de 600m de altura, conhecida por ser supostamente a maior dos EUA. As duas acabam ficando presas no topo e não conseguem descer.
O roteiro do filme é bem simples, não tendo muitos conflitos e indo direto ao ponto. Logo no início, vemos a cena em que Becky perde o marido e logo temos um salto temporal de 51 semanas após o incidente. Apesar de não explorar tanto a vida de Hunter, o filme usa pequenos incidentes, como uma foto ou vídeo de celular, como um gatilho para contar um pouco mais da personagem.
Imagem: Divulgação
Se a ideia de subir uma antena parece um tanto estranha, é preciso levar em conta que Hunter é uma espécie de influencer de aventuras, o que torna a trama mais aceitável. Além disso, é preciso levar em consideração que hoje é bem comum ter histórias de pessoas que chegaram ao extremo por likes nas redes sociais, e infelizmente alguns desses casos tiveram desfechos bem tristes.
As protagonistas ficam presas no topo por volta da marca de 40 minutos do filme, e daí para frente temos unicamente cenas delas na torre, com um outro personagem visto de longe. Esses momentos são bem interessantes por mostrar takes de cima e que podem até deixar o espectador com bastante agonia. Infelizmente, temos algumas cenas que é nítido o uso de computação gráfica, dando até para ver alguns serrilhados. Outro ponto negativo está na subtrama entre as melhores amigas, que parece desnecessária e forçada.
Imagem: Divulgação
Aventuras
Essa não é uma trama inovadora no cinema, mas chama bastante atenção, principalmente na época em que vivemos por colocar em evidência até onde o ser humano pode chegar por likes. Por mais que o espectador pense “o que diabos elas foram fazer lá” ou “isso nunca aconteceria na vida real”, esse é o tipo de enredo que quem está assistindo compra principalmente pela curiosidade.
Além da aventura, tramas desse tipo demandam um orçamento bem menor, já que são poucos personagens e ambientes, mas que podem possibilitar diálogos interessantes, com as interações por vezes sendo o foco do filme. No caso de A Queda, por ser um suspense que deseja ter um viés de terror, o foco principal é despertar mesmo a agonia e não se aprofundar na história.
É claro que nem tudo são flores, e é também nesse tipo de enredo que temos muitos erros na construção de roteiro, em especial tendo como diálogos muito expositivos e até redundantes, deixando a história até chata.
Imagem: Divulgação
Veredito
A Queda é um filme cheio de gatilhos, por isso esse já não é um título para qualquer pessoa. É preciso estar em um momento tranquilo da vida e não ter medo de altura para assisti-lo. Dito isto, é um filme bem interessante e prende bastante o espectador que deseja saber como vai ser o destino das moças.
Infelizmente, a computação gráfica não é tão bem executada e atrapalha em dois momentos específicos ao mostrar a altura em que elas estão. O filme tem um plot twist no final bem interessante. Apesar de o enredo dar algumas pistas, é difícil acreditar nele no decorrer da trama.
Pontos Positivos:
- Plot twist
- Argumentos
- Cenas de ação
Pontos Negativos:
- Computação gráfica em algumas cenas
- Diálogos expositivos
- Subtrama desnecessária
Nota: 7