Seguindo a mesma linha da lista de filmes coreanos, o Roteiro fez um apanhado de obras do cinema de outro país para você conhecer: a Itália.
Nação mais vencedora na categoria de Filme Estrangeiro no Oscar (13 estatuetas), o cinema da Bota encanta gerações com suas produções cheias de vida e de carisma. Confira 5 indicações de longas para conhecer melhor o cinema italiano!
Ladrões de Bicicleta (1948)
Dirigido por Vittorio de Sica, o longa é símbolo do neorrealismo italiano, movimento cinematográfico focado em histórias mais próximas ao dia a dia do cidadão comum, que enfrentava diversas dificuldades econômicas num país pós-Guerra.
Para comprar uma bicicleta necessária para um emprego, um pai de família penhora as roupas de cama da casa. Porém, o instrumento de trabalho é roubado, e a vítima busca por toda a cidade ao lado de seu pequeno filho pela última esperança de seu ganha-pão. A realidade dos mais pobres mostrada sem pena através do olhar sensível do diretor diante do seu povo.
Noites de Cabíria (1957)
Não poderia faltar Federico Fellini na lista. Um dos principais cineastas da história, o italiano conhecido por “8 ¹/2” e por “A Doce Vida” ganhou seu 2º Oscar com “Noites de Cabíria”, estrelado por sua musa, Giulietta Masina.
Interpretando uma garota de programa, Masina vaga pela agitada noite romana em busca de curtição e, acima de tudo, mais estabilidade financeira e emocional. Até que encontra alguém que julga ser o amor enviado pelo destino, e decide largar tudo para viver um romance ao seu lado.
O desejo pela paixão e o sofrimento por não encontrá-la em meio à caótica Roma noturna nos mostra outra obra marcante de Fellini com mais uma atuação memorável de Masina.
Foto: Divulgação
Um Dia Muito Especial (1977)
Ettore Scola reúne em “Um Dia Muito Especial” talvez os nomes mais conhecidos do cinema italiano: Sophia Loren e Marcello Mastroianni. O dueto interpreta, respectivamente, uma dona de casa (Antonietta) que apoia o regime fascista da época (1938), e um radialista (Gabriele) despedido do emprego por ser gay.
O longa se passa, em sua maior parte, no apartamento de Antonietta, que recebe seu novo amigo durante uma passeata em homenagem a Adolf Hitler, em visita à capital italiana.
O contexto político, entretanto, fica em 2º plano aqui, com o foco no drama pessoal de cada personagem, que compartilham suas apreensões quanto aos conceitos de família e do amor. Um trabalho sensível de Scola e uma parceria de grande qualidade entre os experientes atores.
Foto: Divulgação
Cinema Paradiso (1988)
Um dos filmes mais famosos do país da Bota, “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore, é sinônimo de coração quente para quem o assiste. Somos transportados à um vilarejo na Sicilia onde a maior diversão é na frente da telona. Para o menino Totó (Salvatore Cascio) , o cinema é ambiente mágico no qual ele passa a amar, junto do projetista Alfredo (Philippe Noiret).
Com a trilha sonora composta pelo lendário Ennio Morricone, vemos a união do garoto com o senhor e seu entusiasmo em trazer alegria para seu simples povo. Uma história relembrada por Totó já adulto, mas com muito carinho e saudades.
A Grande Beleza (2013)
Último filme italiano a vencer um Oscar, “A Grande Beleza”, de Paolo Sorrentino, contempla um universo, como o próprio protagonista Pep Gambardella (Toni Servillo) diz, de mundanos da alta sociedade artística romana.
Pep é jornalista e escritor, com somente um livro publicado, quando jovem. Lutando contra um bloqueio criativo, o personagem frequenta as principais festas de Roma até decidir, em 65º aniversário, revisar o rumo de seu drama com tons cômicos. Após um reencontro com um romance antigo, ele busca novamente a inspiração para criar uma nova história em meio ao caos que virou sua vida.