Atômica: A verdadeira cor de uma agente

30/08/2017 - POSTADO POR EM Filmes

Nesta quinta-feira, 31 de agosto, chega aos cinemas o filme de ação “Atômica”, dirigido pelo diretor David Leitch – que já nos entregou obras incríveis do gênero, como “John Wick: De Volta ao Jogo” (2014). Nós fomos conferir e viemos deixar nossas impressões sobre o que achamos:

Contextualizando

Ambientado em uma Berlim no final dos anos 80, com um muro dividindo o país prestes a cair, Lorraine Broughton (Charlize Theron) embarca em uma tarefa para recuperar um dossiê inestimável que pode derrubar um grande esquema de espionagem. Uma vez lá, ela faz contato com o agente David Percival (James McAvoy, da franquia X-Men) e procura não só evitar que o documento caia em mãos erradas com a Guerra Fria prestes a acabar, como desvendar a identidade de um dos maiores agentes duplos já conhecidos pela CIA e pelo MI6.

A personagem principal logo se vê em uma desvantagem, chegando em um território onde sua identidade mal se mantém em segredo, enquanto ela não faz ideia em quem possa confiar. E a trama toda mantém esse ar misterioso de quem pega quem na mentira primeiro, com muita espionagem e jogos mentais. Em algumas partes pode até ficar confuso para o espectador, pois durante o filme tem momentos em que você pode se perder por uma leve falta de diálogo entre o roteiro e a direção, mas nada que realmente comprometa seu enredo.

Batendo como uma mulher

As cenas de ação em “Atômica” fizeram com que eu (#Jessica) vibrasse na mesma intensidade com a qual pulei de alegria vendo Keanu Reeves vingar suas perdas em “John Wick” e Liam Neeson deixando seu rastro de porrada em “Busca Implacável” (2008) – pra mim, os reis dos filmes de ação da última década. Ultimamente é bem comum encontrar nesse gênero cinematográfico cenas onde mulheres têm coreografias de luta extremamente focadas em torná-las femininas e sensuais – sim, até lutando, mulher tem que parecer impecável para o cinema. E é um trabalho extremamente bom o que Charlize Theron tem feito em seus últimos filmes – vale lembrar dela como Furiosa em “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), onde ela tem convertido o cenário do protagonismo feminino.

Foto: Divulgação

Sweet Dreams

Tudo que é bom a gente guarda para o final, então é hora de falar dos pontos mais fortes deste filme: trilha sonora  e fotografia. As cores são incríveis e remetem bastante aos anos 80 e um ritmo muito frenético, misturando a tonalidade azul da coloração com as luzes bem vibrantes. Visualmente ele te prende do começo até o fim, pois não cansa os olhos. E definitivamente não cansa os ouvidos.

2017 foi um ano com várias obras repletas de trilhas sonoras excepcionais, e “Atômica” possui uma coletânea igualmente rica de músicas. Repleta de clássicos dos anos 80 com um mix de rock clássico e uma pegada alemã, a trilha não só complementa o cenário da cidade e ajuda os espectadores a se sentirem mais introduzidos no filme, como também enaltece todas as cenas nas quais elas participam, principalmente nas cenas de luta e de perseguição, onde parece que cada movimento foi coreografado com o ritmo das músicas.