O que achamos de Thor: Ragnarok

30/10/2017 - POSTADO POR EM Filmes

Nesta quinta-feira, 26, estreou um dos filmes mais aguardados de 2017: “Thor: Ragnarok”. Convidados pelo Shopping RioMar Fortaleza, fomos conferir em uma sessão especial neste sábado, 28, e compartilhamos aqui o que achamos do longa que está sendo um grande divisor de águas em questão de opiniões entre os fãs.

Enredo

O filme se passa no mesmo espaço de tempo de “Capitão América: Guerra Civil” (2016) (Por isso, o Thor – Chris Hemsworth – não parece no longa do Primeiro Vingador). Enquanto a poderosa Hela (Cate Blanchett) está em Asgard pronta para destruir a civilização, o Deus do Trovão está preso do outro lado do universo, em um planeta onde ocorre uma disputa mortal entre gladiadores. Lá, ele encontra seu antigo aliado, o Incrível Hulk (Mark Ruffalo), e juntos eles precisam arranjar uma forma de fugir para evitar que Hela dê início a uma profecia antiga chamada de Ragnarök.

De acordo com a mitologia nórdica, o Ragnarök é um evento que prevê uma grande batalha – incluindo a morte de grandes deuses, e a ocorrência de inúmeros desastres naturais, resultando na extinção da civilização. Logo depois, o mundo ressurgirá de novo e fértil, sendo repovoado por sobreviventes. Na obra da Marvel, ele é tratado como o destino de Asgard, onde a batalha de Hela possa ser o estopim do acontecimento.

Comédia

O diretor Taika Waititi é famoso por trabalhar com comédias – como o incrível “O Que Fazemos Nas Sombras” (2014) – e definitivamente manteve a sua marca. Isso é muito bom, considerando que a fórmula de filmes da Marvel é bem consistente, impedindo um pouco que diretores possam dar um toque realmente seu. Ele ainda costuma atuar em suas produções, e em “Thor” não foi diferente: ele deu a vida ao personagem Korg, um alienígena presente no universo do Hulk.

Mas aí você pensa: meio que todo longa de super-heróis da Marvel é um pouco engraçadinho, né? Bem, sim, só que é um humor que não estamos muito acostumados dentro do universo deles. O título mistura várias situações absurdas com momentos banais do cotidiano e transforma em uma situação constrangedora e engraçada mais do que uma piada em si, além das atuações de personagens como o de Jeff Goldblum (Jurassic Park), que também deram o toque especial.

Para quem não é muito fã de obras que buscam muito apoio em momentos engraçados, não vai ser uma experiência muito boa. É realmente piada do começo até o fim (intercalando com o último ato, que sempre é mais sério que o resto), só que bem mais trabalhadas do que as que estamos acostumados a ver.

Foto: Divulgação

O Deus do Trovão

Em “Ragnarok”, podemos ver que o desenvolvimento do personagem Thor é gritante em relação à sua primeira aparição. Vemos um homem – semideus – já mais responsável e preocupado com o futuro de sua nação, preparado para aceitar um cargo que antes considerava algo além da sua capacidade e vontade, e também que não cai mais duas vezes nas mesmas armadilhas. Seu relacionamento com Loki (Tom Hiddleston) também evolui, demonstrando um amadurecimento de ambos. Ele descobre muitas coisas que mudam sua visão sobre a família, Asgard, e seus próprios poderes. Então, a terceira produção traz muito mais autoconhecimento para o herói do que as suas antecessoras.

Foto: Divulgação

Universo Marvel

Como um filme isolado, sem necessidade de associar com os diversos heróis do universo deles, é bom, bem divertido e mais agradável do que os anteriores. Mas, quando se coloca dentro do cenário geral, mesmo deixando um leve gancho para o próximo Vingadores, ele é meio deslocado, e talvez não seja legal pra quem gosta do jeito Marvel de ser.

Minha opinião pessoal (#Jessica) foi de que o longa é bom, partindo do conhecimento de que eu não gosto dos dois anteriores, e que por mais que eu não me incomode com o jeito que a Marvel produz suas produções foi bem divertido ver uma obra onde o diretor realmente teve uma liberdade criativa para fazer algo legal – se você ver, até o material de divulgação de “Thor: Ragnarok” foi singular. Dá vontade de ver de novo, algo que eu só tinha sentido quando vi o primeiro “Vingadores” (2012), e acho que vale a pena sim assistir no cinema (até o 3D foi melhor do que em muitos que saem por aí).

Foto: Divulgação