Saiba o que achamos sobre Sobrenatural: A Última Chave

18/01/2018 - POSTADO POR EM Filmes

A franquia de terror Sobrenatural ganha seu quarto filme, “Sobrenatural: A Última Chave”, nesta quinta-feira, 18. Dirigido por Adam Robitel, o longa conta uma história que precede os acontecimentos da primeira obra e traz de volta a personagem médium Elise Rainer (Lin Shaye) lidando com criaturas do além. A nova produção da série aposta em um clima tenso, cheio de jumpscares, alívios cômicos e assombrações bastante gráficas.

A HISTÓRIA

De volta a casa onde viveu sua infância, a medium Elise encontra-se diante de lembranças de sua juventude e família, precisando enfrentar os demônios que a atormentaram e continuam a viver naquele lugar, para livrar o homem que agora vive na casa, Ted Garza (Kirk Acevedo). Além disso, ela precisa encarar pessoas e acontecimentos que haviam ficado em seu passado.

A VOLTA DE ELISE

Uma das integrantes do elenco principal de “Sobrenatural” ganha protagonismo em “A Última Chave”, onde a conhecemos mais profundamente e temos contato com sua história por meio de flashbacks e lembranças que ela mesma nos apresenta. Conhecemos a infância difícil de Elise, que além de lidar muito nova com seu dom de falar com espíritos, viveu sob a relação abusiva de um pai violento e experienciou a morte prematura da própria mãe.

Lin Shaye, atriz que interpreta a personagem, não alcança seu melhor, mas faz um bom trabalho de atuação. Entretanto, seu papel é ainda mais relevante ao mostrar que mesmo aos 74 anos de idade é capaz de protagonizar um longa de uma franquia de terror tão popular quanto essa, revelando que é possível manter a qualidade e o alcance mesmo fugindo dos padrões impostos por Hollywood.

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O MAL QUE PODEMOS VER

A obra de “Sobrenatural”, em todos os seus filmes, é bastante marcante por seus jumpscares e sua viagem ao Além, como um ambiente psíquico a parte da realidade (algo que me lembra muito o mundo invertido de “Stranger Things” #Aline). Além disso, a obra faz questão de mostrar, de fato, o que espreita nas trevas. Aqui não ficamos apenas no subentendido, na instigação, nós de fato vemos os demônios, de forma gráfica e horrenda, e estes interagem diretamente com os personagens.

Nesse quarto filme da série, além da já conhecida viagem ao mundo espiritual e do desenvolvimento ao redor de possessões e contatos demoníacos, somos apresentados à uma história um pouco mais complexa, que se desenvolve através das relações familiares e de segredos escondidos. Isso, na minha opinião, dá um novo ar à trama, chegando à nos surpreender com o desfecho, mas que ainda deixa a desejar (#Aline).

Assim, a obra segue o padrão ainda muito engessado do gênero de terror no cinema, com roteiros que carecem desenvolvimento e focam mais em assustar do que contar uma história diferente e envolvente.

VEREDITO

Por fim, “Sobrenatural: A Última Chave” é uma produção de terror similar aos seus antecessores, que traz boas cenas de susto e tensão, mas não inova muito em seu roteiro. Ele não ousa, mas, mesmo assim, traz alguns elementos interessantes ao gênero, o que não faz, entretanto, com que se sobreponha ao que já existe. Entrega o que se propõe e traz um filme com boas cenas de terror, alguns alívios cômicos e um desfecho que convence. Não é espetacular, mas justifica a sua popularidade entre os fãs de terror hollywoodiano.

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